terça-feira, 9 de março de 2021

Bom dia, Azurras - nº 3.949

MUNDO DE INCERTEZAS – BDA nº 3.945 – 05/03/2021

Ontem comentei nesse espaço que em função da grave situação pela qual atravessa o país, principalmente Santa Catarina, em função da pandemia, o Campeonato Catarinense da Série A 2021 está suspenso para as próximas rodadas, como efetivamente está.

 

Na tarde de hoje, haverá um Conselho Técnico com todos os clubes para discutir o restante da competição, que pode haver algumas mudança, ainda que tudo o que seja decidido hoje possa sofrer enormes alterações amanhã...

 

E digo isso por uma razão bem simples, até baseado no que escrevi ontem. Num primeiro momento, os decretos municipais falam em proibição por 15 dias, mas ninguém tem essa “garantia”...

 

O prazo pode ser prorrogado e outra vez os clubes teriam que se adequar às normas estabelecidas pelos governos do Estado e do Município, sem contar que “outros” fatores, numa abrangência nacional, também possam acontecer.

 

Ontem quando disse que temia pela sequência da competição, até porque esse prazo de 15 dias em nada resolverá a questão da pandemia, foi pelo simples fato de que o Catarinense não terminará na data aprazada...

 

Quiçá durante o Brasileiro!

 

 

 

 

SEM PREVISÃO – BDA nº 3.945 – 05/03/2021

Ouvi atentamente a entrevista do nosso querido amigo Rodrigo Capella, concedida ao ótimo ‘Marcou no Esporte”, do Fabiano Linhares, onde o causídico afirmou das possibilidades que a FCF, na reunião de hoje, irá propor alterações no regulamento do Catarinense.

 

A ideia inicial é fazer as Quartas de Final e as Semifinais em jogo único, na casa da equipe com melhor campanha, mas reitero o que escrevi acima: tudo o que for decidido hoje pode sofrer enormes alterações amanhã...

 

Verdade seja dita, a pandemia fez com que as coisas fujam do controle de quem quer que seja...





NÃO QUEREM QUE A BOLA ROLE

Lamentável sob todos os aspectos, o que vem acontecendo nos bastidores da política de Santa Catarina, que vem atingindo mortalmente o futebol do Estado, numa interferência jamais vista.

 

A incerteza tomou conta de tudo, e pior que isso, comandada por um péssimo “ator”, que posou de vítima pela expansão da pandemia, mas que na verdade pouco fez em prol da saúde da população de sua cidade...

 

Como sempre escrevi aqui, desde a paralisação do Campeonato Catarinense em 2020, fui contra o retorno do futebol, da sequência da nossa competição doméstica no ano passado, mas mesmo assim, voltaram...

 

Diante de vários protocolos assinados, de uma série de medidas de precaução, o futebol voltou em Santa Catarina, no Brasil e no Mundo...

 

Evidentemente, os números de contaminados pelo COVID 19 hoje são infinitamente maiores que há um ano, e isso sem considerarmos que a taxa de ocupação em hospitais, onde não há mais espaço para quem quer que seja...

 

Creio que efetivamente deveríamos paralisar com o futebol, afinal de contas, o momento não é dos mais favoráveis, mas sejamos sinceros, o que foi feito de concreto para que a situação de combate ao coronavírus não chegasse ao ponto pelo qual estamos passando?

 

Concordando ou não, a verdade é que a cada rodada os atletas das equipes fazem exames para saber se estão contaminados ou não, bem diferente de outros setores...

 

Por isso mesmo, não será interrompendo o Campeonato Catarinense que surgirão novas vagas nas UTI’s hospitalares, até porque, como citei acima, não fizeram absolutamente nada nesse sentido...





O QUE FIZERAM?

Ontem comentei estávamos começando uma semana diferente, visto que depois do anúncio da suspensão do Campeonato Catarinense a partir da última quinta-feira, teríamos a realização das partidas que foram adiadas das segunda e terceira rodadas, conforme decisão do Conselho Técnico na sexta-feira.

 

Porém, numa manobra que começou com o prefeito de Chapecó, apoiado de imediato pelo de Criciúma, a “sabotagem” começou a funcionar, recebendo novos adeptos, como os prefeitos de Tubarão e Cancun. Ops! De Florianópolis...

 

E sem me alongar, tirando-se por base o dia 15 de março de 2020, quando tivemos a última rodada da fase de classificação do Catarinense, seria interessante perguntar aos prefeitos dessas quatro cidades citadas, quais as medidas concretas que fizeram em prol da saúde de seus municípios? Quantos quartos a mais de UTI foram construídos ou equipados?

 

Verdade seja dita, estão fazendo de conta que administram seriamente suas respectivas cidades...





AUMENTOU

Além dos prefeitos das quatro cidades citadas, apareceram ou “adeptos” do movimento iniciado em Chapecó, como ocorreu com o de Concórdia e por último, o de Joinville.

 

Dizem até, e já virou piada, que o prefeito de Chapecó anunciou que prefeito de Itajaí, aquele que sugeriu aplicação de ozônio pelo reto como tratamento para a COVID 19, também não iria autorizar que equipes de outras cidades jogassem em sua cidade, tal qual agiu o prefeito de Concórdia...

 

Aliás, a revelação do apressado prefeito de Chapecó, aquele admirador do “BSB Sexy”, desmascarou os bastidores de uma articulação que ninguém está entendendo, até porque, como disse acima, o futebol não irá fazer surgir novas vagas nos hospitais...





CASUÍSTA

Assim é que se pode definir a atitude do prefeito de Concórdia, cuja prefeitura é proprietária do Estádio Municipal Domingos Machado de Lima, onde atua o Concórdia Atlético Clube, o “Galo do Oeste”.

 

No Conselho Técnico da FCF, na sexta-feira, com todos os clubes participantes, ficou determinado que a partida Chapecoense x Avaí, válida pela segunda rodada, seria realizado na quinta-feira, dia 11, em Concórdia, muito provavelmente com a anuência dos dirigentes do Galo.

 

Ocorre que ontem, Rogério Pacheco, o prefeito de Concórdia, que havia feito um decreto com medidas que visam o combate ao COVID 19, mas sem tocar no futebol, resolveu mudar o decreto, acrescentando que por lá só estão permitidos jogos do Galo do Oeste, fomentado que foi pelo vizinho chapecoense...





ARREPENDIDO

Segundo o blog de Nilton Veronesi, do “Noticom”, de Tubarão, o prefeito de Criciúma, Clesio Salvaro, parece estar arrependido da “tabelinha” que fez com seu colega chapecoense, ao menos é o que dessume-se de suas declarações ontem. Disse Salvaro:


O dia de hoje foi de muitas reuniões, de muitas perguntas, de muitas respostas, no sentido de ‘prefeito vai parar tudo novamente?’, eu respondia ‘olha, eu sou terminantemente contra o tal do lockdown, eu acho que não é por aí.’ Eu acho que o local de trabalho: o comércio, a indústria, a escola, o paço municipal, aonde você trabalha é o local mais seguro. Nós temos conversado com muitas pessoas que foram infectadas pelo vírus e onde pegaram? Exatamente em festas familiares, festa com os amigos, é ali que a coisa acontece, é ali que tem a transmissão. E vou dizer, nos dois últimos sábados, tenho aqui registrado, a quantidade de carros que passaram pelas sinaleiras com câmeras aqui em Criciúma é quase que maior do que em outros finais de semanas que não tinha o lockdown. Então o lockdown não funciona. Parar o comércio não funciona. Por isso quero dizer, que no que depender do prefeito Clésio Salvaro e deste governo, não vai ter esse negócio de parar tudo. Agora sim, nós vamos pedir que as pessoas tenham mais um pouco de consciência. Que respeite a sua e a vida do próximo. Pra que ir um monte de gente no mercado fazer compras? Vai uma pessoa só. Vai no comércio, compra e volta para casa. Vamos parar com as festas de final de semana. Pelo menos até chegar a vacina. Somente a vacina vai devolver a nossa vida como era antes. Vamos ao trabalho. A vida em primeiro lugar. A saúde com os cuidados redobrados e vamos continuar trabalhando. Abraço a todos.”





SEM RUMO

Depois do que escrevemos acima, nos resta aguardar sobre as movimentações que estão ocorrendo nos bastidores do futebol Catarinense, cujos protagonistas são políticos carreiristas.

 

Lamentavelmente, de exemplo no combate ao COVID 19, Santa Catarina perdeu o controle e a situação está a cada dia pior, e não serão esses 15 dias sem futebol que resolverá a situação. Da mesma forma na Ilha, onde tivemos um prefeito que passou a campanha eleitoral fazendo “can-cun” o tempo inteiro e depois de eleito resolveu despachar da mexicana Cancun, optando pelo lockdown...

 

Medidas precisam ser tomadas, sim, mas com todo o respeito, não é paralisando o futebol que corrigirão as inércias das administrações públicas no que concerne à saúde.

 

Santa Catarina pede socorro, é verdade, mas tem prefeito que nada fez nesse período de pandemia e agora quer jogar pra torcida...





EMPATE INDIGESTO

Não foi o resultado que se esperava, apesar de ter sido um bom jogo, com duas boas equipes, que sempre buscaram a vitória. Ocorre que o empate em 0 a 0 entre a equipe chilena Santiago Morning e Avaí Kindermann, pela segunda rodada do Grupo B da Copa Libertadores da América, acabou custando a liderança para as Leoas Caçadoras.

 

Ocorre que na outra partida do grupo, o argentino Boca Juniors aplicou sonoros 10 a 1 no boliviano Deportivo Trópico, assumindo a liderança do grupo pelo saldo de gols, 9 a 8.

 

A última rodada da fase classificatória marca Boca Juniors x Avaí Kindermann e Deportivo Trópico x Santiago Morning. Sem depender da outra partida do grupo, vencendo, as Leoas Caçadoras seguem na competição, que nesta fase classificam as duas primeiras equipes de cada grupo.

Foto; Andrielli Zambonin





Saudações AvAiAnAs!

10 Comentários:

ANDRÉ LUIZ disse...

A paralização do futebol realmente não ira fazer surgir novas vagas de UTI, mas te pergunto se um jogador, parente desses, funcionários precisarem terão leitos garantidos pelos clubes? Creio que não já que até ta ruim até para quem tem plano, esse viros não escolhe pessoas e o futebol não é diferente a não ser que creiem uma bolha como nas finais da NBA, pq jogador tem familia, concentra, vai para hotel, é um potencial transmissor tb, rodam mais do que eu

ANDRÉ LUIZ disse...

Outra coisa, no Jec teve susto e Chapequena tb, creio que por isso as prefeituras em conjunto com estes suspenderam os jogos, mas te pergunto eles podem treinar?

Marcos disse...

A pergunta do André Luiz é pertinente, mas eu emendo, alguma profissão tem leito garantido nos hospitais? Por acaso os trabalhadores da indústria e do comércio que tem que ir trabalhar tem leito garantido?

Lembrando que a testagem no futebol é muitas vezes superior a qualquer destes outros dois negócios.

Tem prefeito que bate no peito e diz que não vai falir o comércio da sua cidade e matém tudo quanto é boteco aberto até as 20:00, mas quer proibir jogos de futebol sem público as 16:00.

Sei...

André Tarnowsky Filho disse...

Xará,

Fizeste a pergunta e respondeste...
E eu te pergunto: se algum integrante da nossa Protegidos da Princesa precisar de um leito de UTI, terá?
Se alguém do teu escritório de advocacia precisar de um leito, terá?
Não, né?
Além disso, pelo que consta, no futebol o rigor com os exames tem sido a tônica para a identificação do vírus, fato que não ocorre em qualquer outra atividade.
Será que devemos parar tudo?
E o que dizer desses prefeitos que proibiram o futebol em suas cidades, mas permitem que as equipes sigam treinando?
Até no nosso Avaí tivemos jogador se machucando em treinos...

André Tarnowsky Filho disse...

Xará,

Foi o que abordei na resposta anterior.
Chapecó, por exemplo, proibiu o futebol, mas liberou o comércio e a volta às aulas, além de permitir que a Chape treine...
Há algo errado nessas escolhas políticas!

André Tarnowsky Filho disse...

Marcos,

Assino contigo.
Em síntese, foi o que quis dizer ao xará e teu comentário reflete minhas colocações.

Lugo disse...

Boa tarde.
Não acredito que estão questionando medidas que diminuam a circulação do vírus. Somente com a diminuição de circulação de pessoas e a diminuição de contato entre indivíduos é que se consegue fazer o controle da contaminação, enquanto não houver uns 89% de vacinados.
Todos estamos vendo o descaso com que as pessoas estão tratando a pandemia e seus efeitos. Não voltaremos a vida normal sem um efetivo trabalho de combate em todas as frentes.

André Tarnowsky Filho disse...

Bom dia, Lugo,

Não estou discutindo medidas que visem a diminuição do vírus, muito menos eficácia de vacinação.
O que não admito é prefeitos demagogos tomarem esse tipo de atitude, com decretos questionáveis, como o de Chapecó, por exemplo, que proíbe futebol e libera comércio e escolas...

LUGO disse...

André,
Dois errados não fazem um certo. Te assiste razão, no entanto a forma como colocado parece ser contrario ao isolamento necessário. Os clubes, principalmente os maiores, não fazem bate-e-volta, ficam na cidade por mais de um dia, dai tem hotel, deslocamento, paradas etc, tudo isso, sabemos, enseja a transmissão.

Carlos avaiano disse...

Boa tarde amigos
Este é o vírus da discórdia.
Desde sua chegada desastrosa, só se vê divergências nas opiniões.
Esse futebol sem público, só agrada os famosos torcedores de pijamas e o cofre da federação quando o clube inscreve atleta e paga as taxas com arbitragens

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