DERROTA PARA O PRÓSPERA, PREOCUPANTE, by RC
Sim, preocupante a derrota de ontem frente ao
Próspera, pela contagem mínima. Não que isso signifique uma intenção de
desprestígio à imagem do adversário. Preocupante foi a postura do Avaí como equipe em
vias de assumir confrontos em nível de série A.
A palavra "burocrático",
quando utilizada em relação ao futebol apresentado em campo por uma equipe,
significa aquela apresentação em que os jogadores dispensam a imaginação, a
criatividade, o empenho, o coração, a alegria, a ousadia, a responsabilidade. Ou
seja, fazem do time uma espécie de laranja chupada, da qual não se extrai sumo
algum. Cada qual recebe a bola, carimba e passa adiante. Foi o que se viu no
sábado, na Ressacada.
Por incrível que possa parecer, o
Próspera venceu o Avaí com a estratégia preferida do Claudinei, todo mundo
atrás e jogando por uma bola. Numa escapada fez o gol. Depois, num
lançamento para a ponta esquerda fez o segundo, gol de qualidade, onde o
jogador mostrou um talento que não se vê em nenhum atleta Avaiano. Uma
pena que tenha sido anulado. O autor do gol não merecia o castigo por
conta de uma simples reladinha da bola no braço. Aliás, mandasse eu no
Avaí iria atrás desse atleta, Gabriel Henrique, para fazer um teste
visando contratação para a série A. Todo time precisa ter uns dois
jogadores com talento para o drible, porque o drible, quando a estratégia
fracassa, como nesse jogo, abre, desarma, defesas.
Na verdade o Próspera mostrou mais entendimento,
mais consciência, mais dinâmica e bom aproveitamento dos pontos frágeis do
Avaí. Colocou seu atacante mais agudo puxando contra-ataque bem aberto pela
esquerda. Por ali caía com frequência, desequilibrando e estabelecendo o
pânico na defensiva Avaiana.
Sobre as faltas cobradas pelo Lourenço,
há ali um equívoco. O Lourenço não tem nenhum percentual do talento de um
Marcelinho Carioca, de um Zico, de um Zenon, do próprio Marquinhos. O Lourenço
chuta forte, e só, então não precisamos queimar o rapaz, que entendo muito
útil por sua combatividade em campo. O que falta e que o Claudinei não se toca,
é treinamento, descobrir alguém que saiba colocar a bola jeitosamente na
forquilha e fazê-lo treinar e também jogadas ensaiadas. Só coletivo é
pouco, jogador tem que gostar de treino, é por onde consegue ampliar sua
capacidade. Na derrota do clássico, um dos gols do murrinha foi de jogada
ensaiada.
Dito tudo isto, vale acrescentar que parece haver também um ranço no ar acerca de questões além do gramado e da bola. Esperemos os próximos capítulos. Não é fácil, também, esta vida de torcedor.
Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: Frederico Tadeu / Avaí FC
Não fosse a pandemia e a distanciamento da torcida, não teríamos aturado o Claudinei esse tempo todo.
Certo, com a pressão intensa no estádio o processo de dispensa seria acelerado. - RC
Parece-me nos jogos do Avaí nesse ano, que o time além da notável (e normal) falta de fôlego, também demonstra certa falta de vontade.
Não entendo o que acontece, mas sem um certo "tesão" não se vence. Só entrar em campo sendo o representante catarinense na série A, não garante, nem nunca vai garantir que o adversário vai aceitar e esperar pelo Avaí.
Bem pelo contrário, os adversários vão entrar com sangue nos olhos e passar por cima do nosso time, como estão fazendo.
A saída do Claudinei, na minha avaliação foi acertada, mas a decisão de mantê-lo e depois de 6 jogos mandá-lo embora, não foi.
Se havia a possibilidade de não deixar o técnico fazer "experiências" no catarinense, com um time que no segundo tempo de todos os jogos morre, então porque renovar?
Se havia a possibilidade de demissão depois de meros 6 jogos, porque não trazer alguém novo treinador desde o princípio? Porque perder tempo?
Todos conhecemos o estilo do Claudinei. E ficou ainda mais claro depois do clássico, que as convicções dele não mudariam.
Ainda falando sobre o clássico, comentei com meus amigos desde o princípio do jogo que o Avaí estava correndo demais atrás da bola, com um time velho e mal preparado fisicamente, e que os próprios jogadores do time do estreito haviam deixado claro que estavam bem fisicamente para o segundo tempo.
Deu no que deu.
Queria eu poder dizer que é só questão de preparação. Longe disso. Não quero colocar a culpa nos profissionais dessa área.
O time não faz uma jogada ensaiada, a tática é "o atacante que se vire" com chutões da defesa para o ataque e cruzamentos para área o tempo todo.
Mas, por incrível que pareça, não é novidade. Basta pegar os melhores momentos do jogo do acesso e veremos q está igual. A diferença é que naquela tarde tivemos maior sorte e o time estava correndo muuuuuuuuito mais.
Em resumo, a saída do Claudinei foi acertada? Foi! O erro foi a renovação.
Agora espero que não me tragam um cara sem vontade de vencer.
Por favor, não me venham com Mano Menezes, Alberto Valentin ou etc... Precisamos de alguém estilo Lisca, que venha para sacudir o time e trazer ânimo aos jogadores.
Por mais que eu ache que eles deveriam estar motivados apenas por terem a chance de jogar no Avaí, na prática sabemos que não é assim.
Então, Diretoria, a cota de erros para o ano já está no limite. Ah, e mais... Precisamos de um camisa 10 urgentemente!
Torcendo por dias melhores!
Rodrigo Schramm.
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