Bom dia, Azurras - nº 4.312

DENTRO DO PROGRAMADO

Quem leu a “Bom dia, Azurras” de ontem, não se surpreendeu com a entrevista coletiva concedida pelo presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, não que tivéssemos largado algum “furo”, mas por termos colocado o que ocorreu na reunião do Conselho Deliberativo na última terça-feira.

Por ser uma pessoa inteligente e equilibrada, a comunicação do mandatário avaiano foi clara, didática, para com a torcida e todos os “curiosos” de plantão, mostrando aquela realidade econômica e financeira do clube, que muitas “bocas alugadas” da mídia especializada fazem questão de omitir.

Como disse Júlio Heerdt, transparência era uma promessa de campanha, que está sendo aplicada, fato raro, raríssimo, quase inexistente na última gestão, onde a especialidade era esconder “números”...

Como comentei na quarta-feira, só no ano passado, o prejuízo deixado foi de R$ 32.414.000,00, à curto prazo. A dívida fiscal ultrapassa os R$ 54 milhões, e o mais grave, os parcelamentos estão sendo garantidos por liminares, o que é sempre um negócio de risco...

As cotas antecipadas, na ordem de R$ 9 milhões, face aos atrasos até em empréstimos e obrigações, fizeram chegar ao clube apenas R$ 7 milhões, muito pouco face aos atrasos salariais e recolhimentos que foram abandonados...

Evidentemente, apareceram alguns “crédulos” que dirão: “Mas o ex-presidente deixou o clube na Série A...”

 

Verdade! Mas ressalte-se, com a verba totalmente comprometida...

Dessa forma, a estimativa de receber R$ 25 milhões de receita da TV apenas oxigenarão o clube, que se manterá com um elenco mais barato que aquele que disputou o Brasileiro da Série B ano passado...

Bom que se diga, a permanência na Série A implica em ter uma verba extra de mais de R$ 13 milhões, e até por isso, há que se lutar para corrigir essa rota transversal que se viu até então...

De uma maneira geral, a entrevista foi positiva, ainda que pudesse ser mais contundente e reveladora, para dizimar de uma vez por todas essa crença de “bom gestor” de quem fez loucuras ao longo do tempo em que esteve à frente do Avaí Futebol Clube.

ERA SOBRE FINANÇAS

Parece que tem gente que não entendeu a entrevista de ontem, mas não custa reforçar para aqueles que precisam de um desenho a mais. Júlio Heerdt falou para a imensa Nação Avaiana sobre aquilo que estava programado: a auditoria feita no clube!

 

Nos seus praticamente 76 dias de gestão, não se pode negar que tem agido de forma extremamente positiva e transparente. O objetivo ontem era mostrar as condições do clube, em relação a situação financeira, contábil e administrativa.

 

Entrevista exitosa, ainda que muitos queriam ter algumas explicações sobre o futebol, que o próprio Júlio disse que tais dívidas não podem servir de bengala para a campanha pífia do Avaí até aqui.

 

Vida que segue.

 

R$ 100.000.000,00

Para quem acompanha o Avaí ao longo dos anos, e principalmente pela entrevista de Júlio Heerdt na manhã de ontem, ficou notório de que a “dança dos números” virou uma farsa no Sul da Ilha nos últimos anos.

 

Aquele mecanismo de ter um superávit financeiro, contrariando o resultado contábil, enganou muita gente...

 

Para se ter uma ideia, o ex-mandatário assumiu o Avaí com uma dívida aproximada de R$ 65 milhões, e pelo que disse o atual presidente, deixou o Avaí, com números de dezembro de 2021, com quase R$ 100.000.000,00 de dívida...

 

Cada um defende o que acha que deve... Ou quem!

ESQUENTOU

Conforme relatei na “Bom dia Azurras” de ontem, o presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, na entrevista coletiva de ontem, deu ainda mais detalhes sobre o que disse na reunião do Conselho Deliberativo na última terça-feira, sobre a estranha “caridade” do ex-presidente avaiano e ex da SC Clubes, ao propor que os clubes de Santa Catarina que participem das competições nacionais contribuíssem com um percentual à FCF, do que recebem pela transmissão e retransmissão das imagens do jogos...

 

Diga-se de passagem, a referida reunião na FCF, com a presença dos clubes diretamente envolvidos, realizou-se no dia q0 de dezembro, seis dias após a eleição no Avaí, realizada no dia 4 de dezembro.

 

A transferência de valor para a FCF, sob o título de “fomentar o futebol Catarinense”, é uma vergonha, que pode custar ao Avaí a “bagatela” de

R$ 1.200.000,00...

 

Como disse ontem, teremos algumas batalhas jurídicas para desfazer essa irresponsabilidade do ex-mandatário, mancomunado com esse fazedor de macarrão instalado em Balneário Camboriú ...

REFLEXO IMEDIATO

Parece que o discurso do presidente do Avaí não foi bem recebido em Balneário Camboriú, muito menos no Kobrasol. Ao se manifestar contrariamente à “contribuição” dos clubes para a FCF, a retaliação veio na sequência...

 

Aqueles farsantes que interpretam uma tal de “audiência pública” para anunciar as arbitragens dos jogos, resolveram “escalar” Héber Roberto Lopes para comandar Brusque x Avaí...

 

Para quem não lembra, o careca londrinense foi vetado pelo Avaí desde aquela decisão de 2017, contra a Chapecoense, onde expulsou Capa com poucos minutos de jogo...

 

Retaliação pura e simples, após troca de telefonemas entre o bairro de São José e a Copacabana do Sul...

 

Safados!

CHOVENDO NO MOLHADO I

Ontem recebi um contato do gente boa e conselheiro do Avaí, Rhamses Dhatan Massar Camisão, com quem tive o prazer de viajar junto para o Rio de Janeiro para aquele Flamengo 0x0 Avaí, de 2009.

 

Ele reclamou da nota intitulada “CHOVENDO NO MOLHADO”, onde disse que “Mas parece que tem gente que não leu, ao ponto candidato à vice-presidente derrotado na chapa 1, que virou conselheiro por indicação do filho dele, ficar colhendo assinaturas para uma petição contra o bônus da Diretoria Executiva...”

 

Segundo ele, qualquer um pode ser indicado para conselheiro, desde que tenha seja feito por dois ou três dos pares, e aprovados pelo colegiado.

 

Ótimo! Então não foi apenas por indicação do filho que Gilson Kremer tornou-se conselheiro.

 

 

CHOVENDO NO MOLHADO II

No outro aspecto, a reclamação do mesmo Rhamses diz respeito que a coleta de assinaturas não foi com o intuito de derrubar o bônus da Diretoria Executiva, mas sim com o intuito de anular aquela votação, no entendimento dele, vergonhosa.

 

Como escrevi, já era assunto vencido. E como conversei por mensagens com Rhamses, o próprio presidente do Conselho Deliberativo, Luciano Leite Kowalski, reconheceu os erros e publicou uma nota no dia seguinte, que reproduzimos no blog naquela oportunidade.

 

ESCLARECIMENTO

Ainda que tenha recebido informações de conselheiros, há que se entender que o texto é meu, a opinião é minha, e disso não abro mão. No caso de Gilson Kremer, por exemplo, não vejo sentido um candidato perdedor da última eleição, nem ético, se colocar como conselheiro.

 

Da mesma forma, não vejo sentido em ver Carlos Eduardo Pereira Bonatelli, candidato à presidente na chapa 1, voltar aos quadro do Avaí, como enfatizei ao próprio Rhamses.

 

Por oportuno, assim como abri espaço ao Rhamses para se manifestar por aqui, com escrita própria, não vejo problemas em abrir o espaço para quem quer que seja.

 

Pra mim, a eleição já acabou, e nesse ponto eu e Rhamses estamos de acordo.

Saudações AvAiAnAs!