Bom dia, Azurras - nº 4.472
GOLAÇO
O Avaí alcançou
importante vitória no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, ao ter seu pedido
de reunião das execuções cíveis em trâmite contra o clube, denominado de “Regime
Centralizado de Execuções (RCE)”, numa só Juízo, que ficará responsável por
distribuir os valores pagos pelo clube ao diversos credores.
Conforme se sabe,
e o panorama não é novo, o pedido de centralização ocorreu por ser a única
possibilidade jurídica de gerenciar o alto endividamento do clube nos anos
anteriores, assim como cumprir com os atuais compromissos assumidos pela atual
gestão.
A disparidade
existente entre o que foi gasto tempos atrás e com o que o clube arrecada, bem
como com o que tem que ser pago, alcançou um volume complicadíssimo de ser
suportado, e até por isso se buscou a tutela jurisdicional.
Não tenho dúvidas
de que foi o golaço do Avaí!
Parabéns aos
envolvidos!
VITÓRIA
MAIÚSCULA
As
palavras do presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, diretamente do Rio de
Janeiro, onde estava numa reunião na CBF, mostram com clareza solar o “legado”
deixado pelas administrações anteriores:
“Pessoalmente acredito ser uma grande vitória do Avaí na luta pela
reestruturação financeira. As penhoras estão batendo à porta diariamente. As
rendas dos jogos contra o Flamengo e Corinthians, por exemplo, foram penhoras
por dívidas do passado. A situação estava insustentável.”
Esses detalhes dos “bastidores”
quase não chegam ao público, e até por isso, algumas críticas acabam sendo pra
lá de injustas, muito em função do desconhecimento.
Vida que segue!
COBRANÇA
Por essas e outras, sem contar
os mais de R$ 12 milhões pagos pelo clube neste início de ano, que colocações
feitas por alguns conselheiros e torcedores acabam ganhando corpo.
Não é possível que tenham
ocorrido “barbaridades financeiras” sem que ninguém seja responsabilizado por
atos tão irresponsáveis, a famigerada “gestão temerária”...
Os protestos de conselheiros
como Rhamsés Camisão, ou do sócio torcedor Paulinho Gwoszdz tem sua razão de
ser, e se o clube hoje não tem como investir mais no futebol, que se busque as
devidas indenizações. Simples assim.
Aliás, essa “bola” está com o
Conselho Deliberativo...
ESCLARECIMENTO
E sem sombra de
dúvidas, além de ter feito um golaço no “campo da Justiça”, o Avaí também deu
um “baile” ao elaborar uma FAQ, que são as iniciais de um expressão em inglês, “Frequently
Asked Questions”, que numa tradução literal significa “Perguntas Respondidas
Frequantemente”, ou simplesmente “Perguntas Frequentes”.
Por isso mesmo,
peço licença aos autores, mas farei uma reprodução “ipsis litteris” do que está
no site do clube nas próximas sete notas.
Vamos lá!
O que é o
Regime Centralizado de Execuções?
“É um instrumento
jurídico que possibilita a reestruturação econômica de clubes de futebol que
estejam enfrentando dificuldades financeiras. O Regime Centralizado das
Execuções foi instituído pela Lei 14.193/2021 e consiste em um acordo efetuado
entre a associação futebolística e seus credores para a quitação de dívidas
cíveis de maneira conjunta em um mesmo procedimento.
Isto ocorre através da instauração de um concurso
de credores, no qual é estabelecida uma ordem de preferência para o recebimento
das dívidas. Para tanto, todos os processos de execução movidos contra o clube
são concentrados em um único Juízo (Juízo Centralizador) que será responsável
por distribuir esses valores aos credores na forma prevista no plano de
pagamento.”
Regime
Centralizado de Execuções é o mesmo que Recuperação Judicial ou Ato
Trabalhista?
“Não é o mesmo que recuperação
judicial. Embora o procedimento guarde algumas semelhanças com o processo de
recuperação judicial disciplinado pela Lei 11.101/2005, como a negociação
coletiva para a reestruturação do passivo e a possibilidade de que os credores
concedam descontos para receber o dinheiro antecipadamente, no Regime
Centralizado das Execuções não há a possibilidade de decretação da falência
como ocorre no processo de recuperação judicial, por exemplo. O procedimento se
assemelha mais ao Ato Trabalhista, já existente no Avaí, porém a diferença é
que no Regime Centralizado de Execuções são incluídas as dívidas de natureza
cível.”
Quais as
vantagens do Regime Centralizado de Execuções?
“A existência
de vários processos de execução de natureza cível em tramitação em Juízos
diferentes faz com que em cada um destes processos possam ocorrer bloqueios de
maneira desordenada sobre os bens do clube, prejudicando gravemente sua
reestruturação financeira.
Com a adoção do Regime Centralizado de Execuções,
enquanto o clube cumprir os pagamentos previstos, é proibida por Lei qualquer
forma de constrição ao patrimônio ou às receitas, por penhora ou ordem de
bloqueio de valores de qualquer natureza ou espécie sobre as suas receitas.
Isto permite a verdadeira reorganização das
dívidas e concede um fôlego para o caixa do clube, permitindo que honre com as
obrigações atuais e pague as dívidas vencidas, beneficiando a todos.”
Quais são as
etapas do Regime Centralizado de Execuções?
“O Regime Centralizado de Execuções possui um cronograma previsto em Lei.
Após aceito o pedido de RCE, haverá um juízo para a tramitação do processo
centralizador. É neste juízo que o clube deverá apresentar um Plano de Pagamento
aos seus credores, respeitando os limites da lei.
O Plano de Pagamento deverá ser apresentado pelo
clube no prazo de 60 dias, a contar da decisão que deferir o processamento da
medida, e deverá conter as seguintes informações e documentos:
I – o balanço patrimonial;
II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três)
últimos exercícios sociais;
III – as obrigações consolidadas em execução e a estimativa
auditada das suas dívidas ainda em fase de conhecimento;
IV – o fluxo de caixa e a sua projeção de 3 (três) anos; e
V – o termo de compromisso de controle orçamentário.”
Qual a ordem
de preferência dos pagamentos?
“No Regime Centralizado de
Execuções, consideram-se credores preferenciais, para ordenação do pagamento:
I – idosos;
II – pessoas com doenças graves;
III – pessoas cujos créditos de natureza salarial sejam inferiores a 60
(sessenta) salários-mínimos;
IV – gestantes;
V – pessoas vítimas de acidente de trabalho oriundo da relação de
trabalho com o clube ou pessoa jurídica original;
VI – credores com os quais haja acordo que preveja redução da dívida
original em pelo menos 30% (trinta por cento).
Cabe destacar que na hipótese de concorrência entre os créditos, os
processos mais antigos terão preferência.”
Como funciona
o plano de pagamento e qual o limite de sua duração?
“Como limites do Plano de
Pagamento, a legislação estipula o parcelamento em até 10 (dez) anos, desde que
ocorra o pagamento integral de 60% das dívidas cíveis dentro do prazo de 6
(seis) anos.
Tal proposta poderá ser linear ou não linear ao
longo dos anos. Também poderá prever antecipações de pagamentos aos credores, a
depender de eventos de liquidez, como: aumento da renda de bilheteria, aumento
do número de sócios, venda de atletas, avanço de fase em competições relevantes,
dentre outros.”
O que acontece
se o clube não pagar?
“A consequência do
descumprimento do plano de pagamento e das obrigações assumidas através do
Regime Centralizado das Execuções é o retorno das execuções ao seu curso
normal, voltando a ocorrer penhoras sobre os ativos do clube.”
OUTRO
GOLAÇO
Se o clube marcou um golaço na “dona
Justa”, a imensa Nação Avaiana, principalmente os associados do clube, estão
rindo à toa. Achei espetacular a inciativa da diretoria do clube em
disponibilizar três ônibus, ingresso incluso, para os sócios adimplentes.
Confesso que não lembro de uma
inciativa desse tipo no Sul da Ilha, e mais do que isso, é uma prova cabal de
que a diretoria não “jogou a toalha”, como insinuaram alguns torcedores...
É uma retribuição a quem está
sempre junto do clube. Para participar dessa “viagem”, clique AQUI, faça sua inscrição e boa sorte!
A VOZ DO
INTRÉPIDO
Não
é de hoje que a mídia convencional vem perdendo espaço, e credibilidade, na
medida em que caem na mesmice de “gracinhas sem graça”, e até mesmo de “pauta
combinada”...
Na
capital, a torcida do Leão da Ilha já tem um ótimo referencial para deixar de
lado os velhos e repetidos programas de esporte, com o impagável podcast “Isto
é Avaí”.
Em
Tubarão, as duas emissoras da cidade passam a ter a partir desta quinta-feira
uma concorrência forte com o podcast “A Voz do Intrépido”, cujo foco será
discutir as coisas do Leão do Sul, o Hercílio Luz Futebol Clube, que contará
com o comando de dois figuraços, Vicente Atanásio e Nelson Tonon.
Vida
longa ao programa!
O TIGRE ESTÁ
DE VOLTA
Depois
de vencer o Nação, em Joinville, 2 a 1, o Criciúma repetiu a dose em seus
domínios, mas dessa vez vencendo por 3 a 1 na noite de ontem, e carimbou o
passaporte para a final do Campeonato Catarinense da Série B de 2022, sendo o
primeiro finalista, e mais do que isso, garantiu seu retorno para a elite de
Santa Catarina em 2023.
No
próximo fim de semana, sábado, 27, do confronto Atlético Catarinense x
Internacional, às 15 horas, no estádio Renato Silveira, em Palhoça, conheceremos
quem será o segundo finalista e que também estará na Série A Catarinense de
2023.
Como
se sabe, a partida de volta da final será jogada em Criciúma.
Parabéns,
Tigre!
Foto: Celso da Luz / CEC
Saudações AvAiAnAs!
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