Bom dia, Azurras - nº 4.546

A CARTA

Conforme comentei ontem, publiquei a “Carta ao torcedor avaiano”, clique AQUI e confira, emitida pela direção do clube, que confesso, não me sensibilizou. Efetivamente, não há palavras para que amenizem esse sentimento de frustração, decepção e vergonha, que tomou conta de todos os torcedores, e não seria diferente em quem é remunerado para trabalhar pelo Avaí Futebol Clube.

 

Os resultados em campo foram desastrosos, desde o primeiro momento. E aqui, bom lembrar, a direção sabia que não poderia enfrentar uma Recopa sem um mínimo de treinamento, mas por forças externas, entenda-se o trabalho da FCF em prol do time do Estreito, o Avaí teve que entrar em campo.

 

Mesmo assim, desculpa é muito pouco pelo que foi apresentado no “conjunto da obra”. O que a imensa Nação Avaiana quer ver é um time vencedor, aquele time cantado no hino, “time da raça”, e que não fique apenas nos textos da comunicação do clube, assim como não ficou e não foi no discurso do presidente.

 

O apoio foi dado, e diga-se de passagem, sem que houvesse uma peça publicitária para que o torcedor comparecesse ao estádio ou ficasse sócio do clube. Foi um crescimento orgânico, que por razões óbvias, foi perdendo fôlego, ao ponto de chegar ao recorde de 14.000 sócios e hoje estar com 12.841, ou ter uma média de mais de 10.000 torcedores por partida e na última contar com apenas 3.022 testemunhas...

 

Claro que o ano foi de dificuldades e não poderia ter sido diferente pelo quadro que foi encontrado, quadro conhecido, diga-se de passagem. Logicamente que as dificuldades foram enormes, até mesmo pelo “status” de mau pagador propagado pelo mundo afora, inclusive chegando nas vias do STJD, quase perdendo o direito de jogar a Série A. De qualquer forma, ainda que “pagar salários” seja obrigação, não podemos soltar foguetes por cumprir o óbvio.

 

Se na Recopa as coisas saíram do controle, até mesmo com aquelas brincadeiras infantis de dirigentes no twitter, se no Catarinense o time ainda estava se conhecendo, em formação, e desconfiado, na Copa do Brasil o golpe foi duro, apesar de toda a chuva naquela fatídica noite...

 

Restava o Brasileirão, e verdade, tivemos uma início de campanha onde o time se mostrou competitivo, apesar de flagrantes carências. Quando mais se precisou da diretoria, foi que deixaram desandar a maionese, partindo para contrações com foco no marketing ou de apostas que nunca tinham visto uma Série A, competição que não perdoa deslizes, quer dentro de campo, muito menos fora dele...

 

Se o futuro nos reserva melhores resultados, não sei, mas certamente isso dependerá e muito das atitudes tomadas pela direção do clube, que em 2022 fez apenas um “déjà vu”, para os franceses, ou um “vale a pena ‘sofrer’ de novo”, para aqueles torcedores que estão na estrada há anos...

 

De pouco adianta pedir que se acredite e confie no Avaí, com textos melosos, românticos, se as atitudes da direção continuarem a seguir os desastres das gestões anteriores, e pior que isso, até mesmo contrariando o que foi dito no início da própria gestão. Não se discute aqui tiveram muitos acertos fora das quatro linhas, que efetivamente ocorreram, mas não se pode fechar os olhos para o desastre dentro de campo, onde o futebol, atividade fim, foi deixado de lado.

 

Repito o que escrevi ontem, citando discurso do presidente Júlio César Heerdt, onde ele disse não se pode esperar resultado diferente para atitudes idênticas. Era mais simples, fácil e autêntico seguir vida própria.

TELEGRÁFICAS

 

- Depois que Marcos Vicente dos Santos pediu o término da partida quando ainda faltavam 8 minutos de acréscimos, tem gente lembrando de Evando Camillato comemorando o empate com o Cruzeiro e o Avaí rebaixado...

 

- Promoção de ingressos para a partida contra o Ceará na quarta-feira, dia 8, repete os valores da partida contra o Red Bull Bragantino. Fica a pergunta: será que superaremos as 3.022 testemunhas?

 

- Duas rodadas para terminar o Brasileirão, e além de Juventude e Avaí, Ceará e Atlético-GO devem ser os outros rebaixados. Ontem a torcida do Coxa comemorou a permanência...

 

- Nos Brasileiros das quatro séries, o desempenho das equipes de Santa Catarina mostra bem a cara do mandatário da FCF, que fatura em cima dos clubes num campeonato altamente deficitário, nos cofres e nos campos...

 

- Acesso de Cruzeiro, Grêmio, Bahia (do Barroca) e Vasco da Gama, como a “poderosa” e os patrocinadores queriam, deixa a Série B mais leve, o que não significa que será mais fácil, como muitos imaginam...

 

- Para 2023, do jeito que terminaram os times este ano, olhos abertos com Criciúma (até no Catarinense), Sport (do Claudinei), Sampaio Corrêa, e os clubes de São Paulo.

 

- E o CSA, que estava de olho na vaga do Avaí no atual Brasileirão, em função daqueles atrasos salarias, foi rebaixado para a Série C e vai jogar contra o time do Estreito...

Saudações AvAiAnAs!