Bom dia, Azurras - nº 4.547
E O AVAÍ?
Quando foi rebaixado
pela primeira vez em sua história, em 2019, o Cruzeiro estava mergulhado numa
crise financeira, com a terceira maior dívida entre os clubes brasileiros,
atrás somente de Atlético-MG e Corinthians.
Foram três anos
consecutivos de Série B, até se transformar em SAF, e voltar como campeão numa
série em que para os patamares da Raposa pouco acrescentam, não sem antes
gastar em folha salarial a quantia de R$ 2,7 milhões.
Depois de ter sido
rebaixado em 1991 e 2004, em 2021 o Grêmio experimentou outra vez o sabor
amargo da Série B, e caiu ano passado com uma folha salarial superior aos R$ 15
milhões. Com uma dívida considerável, mas com receita suficiente para
equilibrar as ações, volta para a elite do futebol brasileiro nos moldes
tradicionais de gestão, apesar de gastar R$ 10,5 milhões de folha salarial.
Campeão brasileiro
em 1988, o Bahia amargou rebaixamentos em 1997, 2003, 2014 e novamente em 2021.
Com uma folha salarial de R$ 1,9 milhão, e com gestão tradicional, é um dos
exemplos a ser seguido, assim como Fortaleza e Ceará, e claro, Athletico-PR.
Todavia, mesmo voltando para a elite, o Tricolor baiano já está acertado com o
City Football Group, transformando-se em SAF este ano.
Depois de dois anos
na Série B, e com quatro rebaixamentos no currículo, 2008, 2013, 2015 e 2020, o
Vasco da Gama está outra vez na Série A, classificand0-se na quarta colocação,
mas com a terceira folha salarial da competição, R$ 3,5 milhões. Ainda este
ano, o clube de São Januário já anunciou sua transformação para SAF.
Quem deve estar
voltando para a Série B, ainda gerido nos moldes tradicionais, é o Ceará, cuja
folha salarial na atual Série A está na faixa de R$ 5,2 milhões. Diga-se de
passagem, o Vovô tem uma gestão profissional, dívidas saneadas, tal qual seu
maior rival, além de ter a força e apoio de mais de 50 mil associados, mas nem
isso parece ser suficiente para evitar o iminente rebaixamento, após estar na elite
desde 2018.
Diante desses cinco
exemplos, dos quais quatro clubes voltando para a elite do futebol brasileiro e
um provável rebaixado, fica a pergunta de como será 2023, ano do Centenário do
Avaí Futebol Clube?
É sabido que a folha
salarial deste ano na Série A foi menor que a da Série B no ano passado. No
entanto, pelo volume de contratações equivocadas na atual competição, há o
temor da imensa Nação Avaiana de que o clube esteja engessado por mais uma
temporada.
Ao invés de textos
melosos, assumindo a culpa, reconhecendo erros sem apontá-los, a direção do
Avaí precisa agir com mais clareza, a tal transparência, até mesmo com o
intuito de “não vender ilusões”, visto que muitos torcedores já falam em título
no Catarinense e na Série B.
Antes de qualquer
sonho, é preciso, sim, responder: e o Avaí?
DEFINIÇÃO
Com a vitória de ontem à noite do Botafogo
sobre o Atlético-MG, 2 a 0, em pleno Mineirão, agora faltam apenas duas rodadas
para terminar o Brasileirão, que já tem definido como rebaixados Juventude e
Avaí.
A briga para fugir da degola está entre Cuiabá,
Atlético-GO e Ceará, com grande margem de vantagem, 4 pontos, para o clube de
Mato Grosso.
O Cuiabá vai até Belo Horizonte enfrentar o
Atlético-MG e define seu destino jogando na Arena Pantanal contra o Coritiba,
já garantido na Série A. O Atlético-GO recebe o Athletico-PR e depois vai até
BH jogar contra o América-MG, que ainda sonha com a Libertadores. E o Ceará
amanhã estará na Ressacada, para depois receber o já rebaixado Juventude.
Creio que a rodada que começa amanhã possa
definir os outros dois rebaixados, que imagino, devam ser Atlético-GO e Ceará.
SÉRIE B FORTE
Ninguém precisa me rotular de “desmancha
prazeres”, mas basta dar uma “ispiada” na atual composição do Brasileiro de
2023, ainda faltando dois integrantes, para saber que tem muita gente com
otimismo exacerbado...
Domesticamente, creio que o Avaí está melhor
estruturado que a Chapecoense. No entanto, como já frisei em outro texto, o
Criciúma termina a temporada jogando futebol e sem as lamúrias, muito comum no
Sul da Ilha, com dívidas.
Além disso, temos o Sport, que mesmo não
alcançando o acesso, tinha um investimento de R$ 2,1 milhões de folha salarial
na Série B e certamente não vai seguir o mesmo destino de seus rivais, Náutico
e Santa Cruz.
Com 30% das vagas pertencendo aos clubes
paulistas, e com uma federação que investe em seus clubes, ninguém pode fechar
os olhos para a força dessas equipes.
Sampaio Corrêa e Londrina terminam 2022 em
alta, mas são incógnitas tal qual o tradicional Vitória, que conseguiu “fugir”
da Série C.
A Série B de 2023 é mais forte do que pensam!
MELANCÓLICO
Na quinta-feira teremos o Conselho Técnico do
Campeonato Catarinense de 2023, uma competição altamente deficitária, que serve
apenas e tão somente para afundar ainda mais os cofres dos clubes.
Aliás, o futebol de Santa Catarina viveu um ano
melancólico, em todas as séries. Vejamos:
- Série A: Avaí (rebaixado);
- Série B: Brusque (rebaixado), Chapecoense
(14º) e Criciúma (8º);
- Série C: Figueirense (segunda fase, indo para
o 3º ano na C);
- Série D: Marcílio Dias (6º), Juventus (7º) e
Próspera (8º) (todos na primeira fase, de grupos, com 8 clubes participantes).
O futebol Catarinense precisa ser reinventado e
não é nessa “confraria” de Balneário Camboriú que se resolverão suas mazelas.
CALENDÁRIO
Ao que tudo indica, o Catarinense deve começar
em 15 de janeiro, e minha maior preocupação é a movimentação que estou vendo no
Sul da Ilha, ou a falta dela.
Amanhã teremos a partida contra o Ceará, e finalizando
o ano, Flamengo, no Rio de Janeiro. Em seguida, imagino, os “craques” avaianos
devem receber férias, logicamente que com boa parte sem retorno...
Creio que, ainda que tenham o cuidado de não
melindrar esses “boleiros”, está na hora do Avaí divulgar seu calendário para
2023, ou será que ainda dependem da contratação de um diretor de futebol e
outro técnico?
Aliás, por falar em “boleiros”, creio que cabe
a indagação do gente boa Ademir Agenor da Silva: os insucessos de anos
anteriores era falta de “suporte”... E este ano, faltou o que?
RAPHINHA
Confesso aos amigos que estou divorciado da
Seleção Brasileira desde 2006, naquela Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. No
entanto, como avaiano, não deixei de sentir orgulho com a convocação do atacante
Raphinha, que começou no Sul da Ilha.
Não vou contestar a convocação feita por Adenor
Leonardo Bachi, o Tite, mas também esperava que o zagueiro Gabriel Magalhães,
hoje no Arsenal, também tivesse sido convocado.
Vai pra cima deles, Brasil!
Saudações AvAiAnAs!
Título da série B em 2023 depois de um ano horroroso como esse, torcida tem é que botar o pezinho no chão, primeiro desfazer a cagada de 2022, contratar um bom técnico e um executivo de futebol, depois pensar em algo maior.
S/ Patrocínio forte e C/ torcida pequena, efeito ioiô vai continuar!
Sim, o AVAI tem uma torcida pequena. Inegável!. Estamos falando em quantidade, antes que os ofendidos se manifestem.
É pequena em quantidade, é ainda menor em número de sócios, e é quase nanica em média de publico no estádio.
Mesmo clubes com torcidas enormes estão buscando alternativas de patrocínio como Botafogo, Vasco e Bahia.
Já outros clubes com o perfil do AVAI como Bragantino e América-MG ja estão encaminhados, cada um com sua solução.
É preciso o Conselho empurrar a Diretoria administrativa a buscar solução nesse sentido. A solução não virá pela torcida, que, repito, não tem volume (padrão série A), para bancar elencos competitivos.
Vejam o exemplo dos organizados times de Fortaleza, com médias de publico de 40 mil torcedores e associados na faixa de 45 mil cada um.
O adversário desta quarta, por exemplo, tem um meia chamado Vina (jogaria sem as duas pernas, fácil nesse deserto que foi nosso meio de campo). Ganha "só" 300 mil/mês...tem um elenco SEIS vezes mais caro que o nosso e pode cair se não ganhar amanhã.
Torcida berra muito, chora muito atras do computador, solta rojão de protesto,...mas não dará a solução, A solução terá de vir da Direção via Conselho.
Ou faz, ou é ladeira abaixo.
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