ARGENTINA, GANHOU O MELHOR, by RC

Não podia ser melhor em termos de qualidade, de espetáculo e emoção, a decisão  desta Copa do Mundo de 2022.

A  Argentina, passado o "acidente" da derrota para a Arábia Saudita, botou a bola no chão e passou a cantar de galo, melhor dizendo, de campeã, a cada jogo. Ao que parece, sua preparação obedeceu aos melhores requintes de qualidade, haja vista o visível esmero da sua preparação para as decisões em penalidades. Alguma Mãe Diná, quem sabe, soprou-lhes que a decisão seria através dessa modalidade. O fato é que foram de longe os mais eficazes nessa decisão, os batedores e também o goleiro, lançando-se este como um gato sobre a bola, constituindo-se num fator decisivo para a conquista do título tão almejado.

Estranhamente, o time francês pareceu ausente em todo o primeiro tempo e em grande parte do segundo. Apenas no segundo, quando já perdia por dois a zero, les enfants conseguiram empatar com dois gols relâmpagos. Entusiasmados com a obtenção da igualdade, o time se soltou, equilibrou as ações e poderia ter vencido e conquistado a taça, tais as chances que também criou.

A igualdade no marcador e o súbito crescimento dos franceses estremeceram  a paz dos argentinos. O jogo agora disputava-se palmo a palmo, como era de se esperar desde seu primeiro minuto. No banco da equipe argentina os semblantes não mostravam mais a paz da apaziguadora vantagem de dois gols; sumira, como num passe de mágica. No gramado os argentinos acusaram o golpe, mas aos poucos foram reconquistando o equilíbrio. A disputa então ganhou toda a grandeza e vibração ansiada pela legião bilionária de aficionados em todo o mundo, satisfeitíssimos (menos os franceses, é claro) pela qualidade dos craques em campo, notadamente o Atacante Messi pelos argentinos, bem como Mbape, pelos franceses. Ganhou o melhor, me parece.

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: FIFA.com