Bom dia, Azurras - nº 4.583

SOMOS PALHAÇOS

Ouvi dizer que “o circo pega fogo quando damos confiança ao palhaço”. Num primeiro momento, fiquei sem entender a colocação, mas na condição de torcedor avaiano, um “feedback” automático voltou-se para o início do ano, onde numa marola de “renovação”, a Nação Avaiana mudou a diretoria legitimamente no voto na esperança de ter um 2022 de glórias.

 

A primeira experiência, em pleno janeiro, abrindo a temporada, diante de quase 11 mil torcedores, um revés na Recopa, depois de algumas molecagens nas redes sociais de dirigentes avaianos.

 

Veio o Catarinense, e concomitantemente, a Copa do Brasil. No primeiro caso, foram necessárias 11 rodadas para evitar o rebaixamento para a Série B doméstica, e no segundo, derrota dentro de casa na segunda fase para o “glorioso” Ceilândia. Mas nossos dirigentes seguiram “firmes”, arrotando o discurso decorado e batido, que só convencia a mídia de pauta combinada...

 

O Brasileirão serviria para a “redenção” dos três desastres anteriores, mas a falta de habilidade, de “feeling”, acabaram deixando a carroça passar e perderam a permanência na elite do futebol brasileiro por apenas uma simples vitória sobre o Cuiabá, ou seja, sacramentaram um ano desastroso, tão desastroso quanto qualquer dirigente que sem ter argumentos concretos, rotula suas desavenças de “palhaços”...

 

Não tenho dúvidas de que aqueles que, organicamente, sem qualquer campanha publicitária, quebraram o recorde do clube em número de associados, 14.000 sócios, hoje estão colocando o chapéu de palhaço, arrotado pelo despreparo de um dirigente desqualificado.

 

O circo pode pegar fogo ao se dar confiança ao palhaço, mas muitos não conseguiriam sair de suas insignificâncias não fosse a existência desses mesmos palhaços.

 

BASTIDORES

Ao que tudo indica, e está mais do que confirmado, a não permanência do Avaí deu-se por uma questão de inércia da diretoria avaiana, que não conseguiu perceber que apenas dar o “suporte” aos boleiros, com salários em dia, não seria o suficiente para criar uma motivação de “comerem a grama”...

 

Como já dito em algumas entrevistas, até mesmo o “prêmio” pela permanência foi aumentado, mas talvez já fosse tarde demais...

 

É aquela história, ninguém compra um cachorro para ficar assistindo TV na sala, enquanto o dono fica latindo na frente do portão para proteger o patrimônio. Quem deveria latir, e não o fez, deixando que o patrimônio do clube sofresse um desfalque de “apenas” R$ 15,2 milhões, quantia faturada pelo Cuiabá por ter ficado com a vaga que “deveria” ser do Avaí...

 

INTRIGAS

Desejo, sinceramente, que para a temporada de 2023, que começa com a reapresentação de hoje, aquele problema com a “água” do Sul da Ilha seja definitivamente resolvido.

 

Aliás, esse é um problema interno sempre detectado no departamento de futebol, com todos os que saem reclamam do mesmo “fato”...

 

Não sei se seria o fato de acionar a CASAN, mas convém lembrar que num passado recente, teve gente que deu de ombros para o problema e acabou com “sede”, se é que me entendem...

 

FUGINDO DO INCÊNDIO

Talvez por isso, uma fuga desenfreada do “incêndio no circo”, refletida no número de associados. Para se ter uma ideia, em 23 de novembro próximo passado, o Avaí tinha 12.239 sócios, e ontem à noite, enquanto escrevia, a marca caiu para 11.777...

 

Em 20 dias, a perda de 462 sócios, que talvez tenha aumentado em função da falta de jogos, e obviamente, da Copa do Mundo...

 

A sangria de sócios continua. A despeito de um certo número de aproveitadores que só se tornam sócios por ser mais barato ver os “flamengos” da vida, fato é que nada se tem visto para reverter a situação...

 

Torcer na Copa, tudo bem, o que não significa que devem ficar, todos, com os olhos no Qatar, certo?

 

VAI SER DADA A LARGADA

O tão comentado ano do Centenário do Avaí Futebol Clube começa hoje, quando o elenco remanescente deste ano “recheado” de fracassos, bem como novos contratados, devem se apresentar no Sul da Ilha, onde já se encontra o técnico Alex de Souza.

 

Se o nome do novo técnico gerou grande expectativa para 2023, ao menos por enquanto, os nomes que “navegam” nas redes sociais como novos contratados não tem emocionado quem quer que seja...

 

Ontem, por exemplo, o clube prestou uma homenagem ao volante Bruno Silva, de relevantes serviços prestados ao clube, com 240 jogos disputados com a camisa do Avaí, sem contar as inúmeras polêmicas em que esteve envolvido. Este ano, por exemplo, foram 45 jogos com a camisa do Leão, 18 cartões amarelos, duas expulsões e um gol.

 

Mas a questão não é apenas dispensar que passou pela Ressacada, e sim quem está chegando para compor o elenco avaiano. O desejo é que, diferente do que ocorreu nas contratações deste ano, a diretoria avaiana não cometa o mesmo número de equívocos, afinal de contas, ninguém contrata querendo errar...

 

HOMENAGEM NA CAMISA

Não poderia passar despercebido, mas depois do “baile” argentino ontem em cima dos croatas, 3 a 0, repete-se um fato ocorrido na Copa da Rússia, em 2018, quando a Umbro lançou uma camisa do Avaí em homenagem à França, que acabou campeã.

 

Este ano a homenagem acariciou os “hermanos”, num vídeo estrelado pelo gente boa Ariel Pranteda, cônsul avaiano em Buenos Aires, no lançamento da terceira camisa, toda azul, e com a vitória de ontem, a Argentina já está na grande final de domingo.

 

Esse Avaí faz coisa!

 

DIA DE DECISÃO

Esta quarta-feira marca a decisão da Copa Santa Catarina Sub 17, quando a equipe do Avaí recebe o Barra, às 15 horas, no CETEFA João Nilson Zunino, precisando reverter o quadro de derrota por 2 a 1 na partida de ida, em Camboriú, no último domingo.

 

Ou seja, se o Avaí vencer a partida por diferença mínima, a competição será decidida nas penalidades. A garotada do Leão, para conquistar o título no tempo normal, precisa vencer por dois gols de diferença.

 

Caprichem, Leõezinhos!

 

HOMENAGEM AO PELÉ

Recebi um print do meu querido professor Manoel Cordeiro, dos bons tempos de Direito na UFSC, em que dizia:

 

“Para homenagear Pelé, Conmebol propõe à CBF que substitua 3 das 5 estrelas do escudo por 3 corações. Seria uma forma de homenagear a cidade de Três Corações, em Minas Gerais, onde o Rei nasceu.”

 

Tal fato já havia sido divulgado durante a participação da seleção canarinho na Copa do Qatar, mas o comentário que que veio junto no print foi o melhor:

 

“Então, vamos homenagear também o Garrincha , que nasceu em Pau Grande e foi decisivo nas duas primeiras Copas (1958, 1962).”

 

Pelé merece todas as homenagens. Essa é absolutamente desnecessária.

Saudações AvAiAnAs!