sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Bom dia, Azurras - nº 4.592

UMA ESTRANHA REALIDADE

A situação do Avaí está muito clara, e desde o início do mês, quando da reunião do Conselho Deliberativo do clube, a direção executiva apresentou aos conselheiros números bastante realista, com uma receita R$ 29.263.457,26 em 2023.

 

Todavia, e isso era apenas uma primeira parte, também foi colocado, os custos para a próxima temporada, que estão orçados em R$ 48.009.442,77, o que representa um prejuízo de R$ 18.745.986,00...

 

Naquela oportunidade, e deixei bem claro neste espaço da “Bom dia, Azurras”, pode parecer estranho esse déficit cavalar de quase R$ 19 milhões, mas, bom que se diga, são números reais, que podem mudar de acordo com as circunstâncias.

 

E ao que tudo indica, devem mudar mesmo. Por exemplo, o lateral direito Guga foi negociado com o Fluminense, o que deve “pingar” algum din-din no cofre do Sul da Ilha, ainda que não imediatamente, mas amenizando esse saldo devedor.

 

Naquela oportunidade, não havia qualquer valor superestimado na venda de jogadores, ou mesmo no que pode a vir a ser faturado em relação aos patrocínios. Os números são esses, mas podem seguir sofrendo sensíveis alterações, como por exemplo, na venda de um Lovat, Raphinha, Gabriel, Tucão, Lipe, ou até mesmo na entrada de patrocínio oriundo dos acertos com a Forte Futebol, esse último item prometendo novidades para os próximos meses.

 

Ainda que essa realidade do Avaí possa parecer muito estranha, o clube segue seu caminho, tentando voltar aos trilhos, conforme ressaltou o volante Bruno Silva, a partir de 31 de dezembro livre no mercado, em elogios ao que vem sendo feito pela diretoria executiva.

 

Resta-nos torcer para que os ventos nos favoreçam...

 

SEM QUERER ENXERGAR

Não vai aqui nenhuma defesa para a diretoria executiva, mas diante do que foi colocado na reunião do Conselho Deliberativo no último dia 8 próximo passado, ficou claro que a situação do clube financeiramente não é boa, e pior que isso, muitos torcedores fazem questão de não enxergar.

 

E faça-se parênteses, sem acusar quem quer que seja, até mesmo para fechar o ano de 2023, caso os números permaneçam estagnados, o clube precisará recorrer para alguma linha de crédito, mencionada pela diretoria executiva em torno de R$ 25 milhões.

 

Mesmo fechando os olhos para essa triste realidade, o torcedor se acha no direito de “exigir” o título do Campeonato Catarinense, bem como da Série B, tudo por conta de estarmos vivenciando o ano do Centenário...

 

Muita calma nessa hora...

 

PARALELO

Para a competição doméstica, e já comentei isso na “Bom dia, Azurras”, surge o Tigre como potencial força em Santa Catarina. Cláudio Tencati deu uma cara ao time, o clube está sem dívidas e com torcida parceira lotando o estádio independente do adversário.

 

Na Série B, ainda que o Avaí sempre seja candidato ao acesso, é bom lembrar que recentemente precisamos de duas competições, 2020 e 21, para conseguir o acesso, sem contar que temos muitos clubes com poder aquisitivo maior, entre eles, Sport, Ceará, Vitória, os clubes paulistas, e até os de Santa Catarina...

 

Portanto, devagar com o andor que o santo é de barro...

 

DIFERENÇA

Já disse aqui que as contratações feitas pelo Avaí para 2023 não tem empolgado. E faço questão de citar uma delas, no meu entendimento, não deveria ter sido contratado, o atacante Ricardo Bueno.

 

Pela idade e pelos números recentes, creio que seria mais promissor investir num atacante como Léo Gamalho, que acertou com o Vitória e será nosso adversário outra vez na próxima temporada.

 

A pergunta que fica é: o Leão da Ilha teria condições de bancar os R$ 120 mil mensais pagos pelo Leão da Barra ao atacante?

 

Nem é preciso perguntar lá no Posto Ipiranga, né?

 

UM EXEMPLO

Pelo que tenho notado, a torcida está muito apreensiva, por vezes crítica em excesso, pelo Avaí estar trazendo o que se pode chamar de “ilustres desconhecidos”...

 

Isso é natural, até porque ainda não jogaram por aqui e o receio aflora, mas lembro bem da chegada do zagueiro Emerson, em 2008 (único jogador que levei para jantar na minha casa), que acabou sendo bicampeão Catarinense, além de ter participado da melhor campanha do Avaí na Série A. Ele veio do “glorioso” Sertãozinho, do interior paulista...

 

Este ano, só para ilustrar, choveram críticas na contratação de Raniele, e sobraram elogios para Jean Pyerre, Guerrero e Lisca. Só quem vingou foi o criticado...



Saudações AvAiAnAs! 

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