Bom dia, Azurras - nº 4.592
UMA ESTRANHA
REALIDADE
A situação do Avaí está muito clara, e desde o início do mês,
quando da reunião do Conselho Deliberativo do clube, a direção executiva
apresentou aos conselheiros números bastante realista, com uma receita R$
29.263.457,26 em 2023.
Todavia, e isso era
apenas uma primeira parte, também foi colocado, os custos para a próxima
temporada, que estão orçados em R$ 48.009.442,77, o que representa um prejuízo
de R$ 18.745.986,00...
Naquela oportunidade,
e deixei bem claro neste espaço da “Bom dia, Azurras”, pode parecer estranho
esse déficit cavalar de quase R$ 19 milhões, mas, bom que se diga, são números
reais, que podem mudar de acordo com as circunstâncias.
E ao que tudo indica,
devem mudar mesmo. Por exemplo, o lateral direito Guga foi negociado com o
Fluminense, o que deve “pingar” algum din-din no cofre do Sul da Ilha, ainda
que não imediatamente, mas amenizando esse saldo devedor.
Naquela oportunidade, não havia qualquer valor superestimado na
venda de jogadores, ou mesmo no que pode a vir a ser faturado em relação aos
patrocínios. Os números são esses, mas podem seguir sofrendo sensíveis alterações,
como por exemplo, na venda de um Lovat, Raphinha, Gabriel, Tucão, Lipe, ou até
mesmo na entrada de patrocínio oriundo dos acertos com a Forte Futebol, esse
último item prometendo novidades para os próximos meses.
Ainda que essa
realidade do Avaí possa parecer muito estranha, o clube segue seu caminho,
tentando voltar aos trilhos, conforme ressaltou o volante Bruno Silva, a partir
de 31 de dezembro livre no mercado, em elogios ao que vem sendo feito pela
diretoria executiva.
Resta-nos torcer para
que os ventos nos favoreçam...
SEM QUERER ENXERGAR
Não vai aqui nenhuma
defesa para a diretoria executiva, mas diante do que foi colocado na reunião do
Conselho Deliberativo no último dia 8 próximo passado, ficou claro que a
situação do clube financeiramente não é boa, e pior que isso, muitos torcedores
fazem questão de não enxergar.
E faça-se parênteses,
sem acusar quem quer que seja, até mesmo para fechar o ano de 2023, caso os
números permaneçam estagnados, o clube precisará recorrer para alguma linha de
crédito, mencionada pela diretoria executiva em torno de R$ 25 milhões.
Mesmo fechando os
olhos para essa triste realidade, o torcedor se acha no direito de “exigir” o
título do Campeonato Catarinense, bem como da Série B, tudo por conta de
estarmos vivenciando o ano do Centenário...
Muita calma nessa
hora...
PARALELO
Para a competição doméstica, e já
comentei isso na “Bom dia, Azurras”, surge o Tigre como potencial força em
Santa Catarina. Cláudio Tencati deu uma cara ao time, o clube está sem dívidas
e com torcida parceira lotando o estádio independente do adversário.
Na Série B, ainda que o Avaí sempre
seja candidato ao acesso, é bom lembrar que recentemente precisamos de duas
competições, 2020 e 21, para conseguir o acesso, sem contar que temos muitos
clubes com poder aquisitivo maior, entre eles, Sport, Ceará, Vitória, os clubes
paulistas, e até os de Santa Catarina...
Portanto, devagar com o andor que o
santo é de barro...
DIFERENÇA
Já disse aqui que as contratações
feitas pelo Avaí para 2023 não tem empolgado. E faço questão de citar uma
delas, no meu entendimento, não deveria ter sido contratado, o atacante Ricardo
Bueno.
Pela idade e pelos números recentes,
creio que seria mais promissor investir num atacante como Léo Gamalho, que
acertou com o Vitória e será nosso adversário outra vez na próxima temporada.
A pergunta que fica é: o Leão da Ilha
teria condições de bancar os R$ 120 mil mensais pagos pelo Leão da Barra ao
atacante?
Nem é preciso perguntar lá no Posto
Ipiranga, né?
UM EXEMPLO
Pelo que tenho notado, a torcida está
muito apreensiva, por vezes crítica em excesso, pelo Avaí estar trazendo o que
se pode chamar de “ilustres desconhecidos”...
Isso é natural, até porque ainda não
jogaram por aqui e o receio aflora, mas lembro bem da chegada do zagueiro
Emerson, em 2008 (único jogador que levei para jantar na minha casa), que
acabou sendo bicampeão Catarinense, além de ter participado da melhor campanha
do Avaí na Série A. Ele veio do “glorioso” Sertãozinho, do interior paulista...
Este ano, só para ilustrar, choveram críticas na contratação de Raniele, e sobraram elogios para Jean Pyerre, Guerrero e Lisca. Só quem vingou foi o criticado...
Saudações AvAiAnAs!
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