Bom dia, Azurras - nº 4.679

RUÍDO

Não tenho o hábito de ouvir as entrevistas coletivas após as partidas, muito menos ouvir o que diz a mídia convencional sobre o que ocorreu em campo. O que escrevo é baseado no que assisto nos jogos na Ressacada, onde sempre estou, e nas transmissões pela TV.

 

No entanto, tem chamado atenção as última entrevistas do técnico Alex de Souza, que normalmente faço a reprodução no “Blog do Tarnowsky”, no dia seguinte, como ocorreu ontem.

 

E justamente nas duas últimas entrevistas, após os dois empates com o Criciúma, tenho a nítida impressão de que há um grande ruído no relacionamento do treinador com a direção do clube.

 

Após o empate em 2 a 2, o técnico colocou no colo da diretoria a reintegração dos jogadores Wellington e Jean Cléber. E pelo que sei, faltou agilidade e habilidade para a direção se ver livre dos dois, que fizeram das suas para não terem sido aproveitados no início de temporada.

 

No último sábado, após o 0 a 0, foi a vez de encontrar uma justificativa para a reintegração de Marcos Vicente dos Santos, agora atuando junto da comissão técnica, inclusive no banco de reservas, durante a partida, e outra vez revelou-se ter sido opção da diretoria deixar o ex-jogador longe da atual comissão.

 

Pode não ser nada, mas que está estranho, isso está mesmo...

 

SINCERO

Do jeito em que estão as coisas, denota-se que Alex de Souza é extremamente sincero, sem colocar panos quentes em qualquer situação, o que convenhamos, não tá errado.

 

Outra vez, a diretoria avaiana mostra que houve um erro nas avaliações na área do futebol. O elenco do Leão mostra carências claras, não só técnica, como também fisicamente, onde não há qualquer imposição para ganhar as disputas.

 

As jogadas aéreas seguem sendo um problema, o sistema defensivo está tomando um monte de gols, sem contar a dificuldade em acertar o gol adversário...

 

O desastre do ano passado deveria ter servido de lição, mas...

 

Em relação ao Alex, ainda que alguns digam que é um “aprendiz”, vejo o Avaí com um padrão de jogo, mostrando que efetivamente estão treinando, mas não se pode colocar nos ombros do treinador a quantidade absurda de passes errados que ocorrem em todos os jogos, típico de elencos tecnicamente sofríveis. Com o que tem em mãos, Alex está fazendo um grande trabalho.

 

JEAN LUCAS

Na pobreza técnica do time do Avaí, que tem um camisa 10 que já não corresponde às expectativas, nem tem como jogar competitivamente um Brasileiro da Série B, como já ocorreu ano passado no Coxa, a luz no fim do túnel deveria ser o meia Jean Lucas, mas parece que também ocorreu um erro de avaliação.

 

O jogador vindo da Tombense chegou com status para assumir a titularidade, mas sabidamente, o Avaí o contratou contundido, para garantir o negócio, até porque o meia tem mercado.

 

Ao que tudo indica, o erro de avaliação está no tempo em que o atleta levaria para se recuperar. O Avaí pode ficar fora da competição na partida de amanhã e Jean Lucas corre o risco de não ter estreado no Catarinense...

 

VALE MUITO

A partida de amanhã em Criciúma é vital para a vida financeira das duas equipes, ainda que o time do Sul do Estado tenha uma condição muito mais confortável que no Sul da Ilha.

 

Quem passar, quem avançar para as Semifinais, terá apenas mais dois jogos para carimbar o passaporte para a Copa do Brasil de 2024.

 

Como se sabe, caiu aquela questão de se classificar pelo ranking de clubes, e para o pobre futebol de Santa Catarina sobraram três vagas, campeão e vice do Catarinense, e campeão da Copa Santa Catarina...

 

Ou seja, quem ficar fora das Finais, vai ter um segundo semestre “congestionado”, disputando o Brasileiro e a Copinha que dá vaga para a Copa do Brasil...

 

SEM DESCULPAS

Já escrevi ontem, mas não custa repetir. Depois de estar na Ressacada, além de ter assistido os melhores momentos, bem como vídeos isolados dos lances, ratifico o que está na “Bom dia, Azurras”: a arbitragem de Santa Catarina é horrorosa.

 

Lamentável que o clube, no caso o Avaí, tenha um gasto considerável com arbitragem de vídeo, para em que dois lances capitais, o pamonha Rodrigo D’Alonso Ferreira, que deveria chamar atenção do soprador de apito, Ramon Abatti Abel, mas não o fez.

 

O lance do pênalti em cima de Ricardo Bueno, bem como a saída do goleiro do Tigre, soqueando a bola fora da grande área, deveriam sofrer a intervenção do VAR, sendo que no segundo, até mesmo falha do auxiliar Kleber Lúcio Gil, que estava de frente para o lance e ficou inerte.

 

Não há justificativas para essa inércia da arbitragem, e nem mesmo se defender com os escudos FIFA. São fracos e incompetentes. A utilização do VAR serviu apenas para onerar as contas do Avaí. Simples assim.

 

CARTAS MARCADAS

Gostaria de saber da avaliação do Marco Antônio Martins, diretor de arbitragem da FCF, e sogro do Kleber Lúcio Gil, que disse que “hoje já estamos em outro patamar”, ao comentar no programa do Fabiano Linhares sobre seus comandados.

 

Aliás, naquele programa antes do jogo de sábado, provoquei o Fabiano dizendo que Ramon Abatti Abel, de Araranguá, era ligado à Liga Atlética da Região Mineira, de Criciúma. Marco Martins disse que Abatti não é mais, que agora está noutra Liga, mais ao Sul do Estado...

 

Como disse um ex-árbitro, hoje mestre cervejeiro de alta qualidade, na época do ex-presidente da FCF, aquele que o Fabiano gosta de imitar, “ele nunca pediu para favorecer ninguém, mas deixava claro a preferência pela vitória desse ou daquele clube...”

 

Quer queiram ou não, a FCF segue tendo seus esquemas, com favorecimentos absurdos, atropelando alguns dirigentes pouco vividos, como vem acontecendo com o Avaí nesses últimos dois anos...

 

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!