Bom dia, Azurras - nº 4.692

MÃO GRANDE

Depois que o meu querido amigo Haroldo Johson Corrêa, um autêntico craque camisa 10 nos meus tempos de juventude, enviou mensagem escandalizado com a contratação feita pelo Flamengo, de um menino de 11 anos da base avaiana, parece que o movimento na “ponte aérea FNS-GIG” não tem fim...

 

Como já coloquei há mais de uma semana, especificamente em relação ao Flamengo, há outro fator que “contribuiu” para isso, a saída do treinador das categorias mais novas, como no caso em tela, de Marcelo Pereira, irmão do ex-zagueiro do Avaí, Rafael Pereira. Marcelo foi contratado pelo clube carioca e vem trabalhando como uma espécie de “olheiro”, indicando alguns jovens em potencial.

 

E volto a repetir, num passado não muito distante, processo vivenciado pela atual gestão, já nas categorias mais “adultas”, o Avaí também sofreu com a saída de Diogo Fernandes, que deixou o clube, mas levou um banco de dados bem recheado para a Brazil Soccer, do empresário Eduardo Uram, onde o ex-coordenador da base avaiana está atuando.

 

Vale lembrar, a Lei Pelé só permite contrato como atleta profissional a partir dos 16 anos, e antes disso, o vínculo entre jogadores e clubes fica muito vulnerável, propiciando esse tipo de situação como a levantada pelo craque Haroldo.

 

De qualquer forma, a direção avaiana precisa tomar uma atitude nesse sentido, porque não é possível que pessoas com caráter duvidoso, e aqui falo pelas ações que vem tomando, possam causar um prejuízo ao clube difícil de ser mensurado no momento, mas que certamente desfalcarão o cofre do clube num futuro próximo.

 

ALEX

Depois de um bom tempo, até diria com relativo atraso, o Avaí divulgou a entrevista do técnico Alex de Souza com alguns sócios sorteados, fato ocorrido antes das partidas do Leão da Ilha pelas Quartas de Final, que reproduzimos ontem na postagem das 12 horas.

 

Não há como negar, é um técnico inteligente, que não se atropela com o português, nem deixa quem quer que seja sem resposta. No entanto, ainda que deixe tudo didaticamente explicado, parece que está havendo alguma diferença entre a teoria e a prática.

 

Mas quando falo nessa “diferença”, aqui não vai uma responsabilidade somente ao técnico, mas também para a direção do clube. De uma maneira geral, está explícito que houve um erro na formação do elenco, que nem mesmo conhece o que é cantado no hino do Avaí...

 

O “time da raça” ficou apenas para enfeitar textos da comunicação do clube nas redes sociais...

 

MÁ FÉ

Ainda repercute nas redes sociais as entrevistas concedidas pelo presidente do clube, Júlio César Heerdt, quer na TV Avaí, quer no Morro da Cruz. Ontem um amigo criticou a insinuação rasteira feita por veterano comentarista, no melhor estilo de quem quer levantar polêmica na busca de audiência, o grande mal da mídia convencional.

 

O que deixou esse avaiano espantado, é que a reação do mandatário avaiano foi muito diplomática, quando deveria ter sido mais contundente, tal qual a constatação feito pelo próprio presidente, de que o time atual do Avaí não tem sangue quente...

 

Ao que tudo indica, ele também não...

 

SEM GRIFE

Antes que algum torcedor resolva se insurgir contra esse jogadores “novos”, ou vindo de equipes teoricamente “menores”, deixo aqui alguns nomes para que vocês pensem um pouco mais: Douglas, o meia, Maicon, o lateral, Ralf, o volante, Jadson, o meia, Rildo, o atacante, Guerrero, outro atacante, e vários outros, que chegaram tão cheios de histórias, mas renderam o que para o Avaí?

 

No meu entendimento, NADA!

 

E olha que essa lista de “nomes com grife” pode aumentar ainda mais, principalmente se formos levantar os nomes dos “amigos” que orbitaram pelo Sul da Ilha de 2020 para cá...

 

A questão hoje não é escolher quem vem com ou sem grife, mas não trazer jogadores que precisarão de um longo espaço de tempo para começar a jogar, tal qual aconteceu com Jean Lucas, que nem participou do Campeonato Catarinense...

 

Alguns que estão chegando, caso do volante Xavier, dizem que está mais pra lutador de sumô do que para jogador de futebol...

 

Assim complica e atrasa o trabalho do técnico Alex de Souza, que tem seus méritos, mas não é mágico...

 

Que venham esses “novos” sem grife!

 

SOPRANDO VELINHAS

Dois dos concorrentes do Avaí no Campeonato Brasileiro da Série B estão “soprando velinhas nesta data querida”, o Guarani de Campinas, que completa 112 anos, e o “jovem” Atlético Goianiense, 86 anos.

 

O Bugre não foi bem na fase classificatória, mas com campanha suficiente para chegar na Taça Independência, onde caiu na semifinal, uma espécie de “consolação” para quem não brigou pelo título do Paulistão.

 

Já o Dragão começa a decidir na tarde de hoje o Goianão, contra o rival Goiás, da Série A, tendo ficado apenas um ponto atrás do alviverde na fase classificatória, 26 a 25, numa competição que também tem 12 clubes participantes.

 

Claro que são “mundos diferentes”, competições diferentes, mas se percebe que o Avaí teve um rendimento abaixo de seus concorrentes, sendo que o Bugre será o primeiro adversário do Leão na estreia da Série B...

 

CRICIÚMA NA FRENTE

Pelo que acompanhei, e até entendi como um bom jogo, típico de uma decisão, a primeira partida da grande Final do Campeonato Catarinense da Série A de 2023 ocorrida ontem à tarde, Criciúma 1x0 Brusque, no Estádio Heriberto Hülse, no Sul de Santa Catarina, decidida nos acréscimos pelo VAR, foi uma partida agradável de se assistir e que dará margem para muitas discussões.

 

O Criciúma começou impetuoso, dominando a partida, mas com o decorrer do tempo, o Brusque foi entendendo o jogo e equilibrando as ações. O panorama não mudou na etapa complementar, com muito equilíbrio, mas o time da casa sendo mais incisivo e buscando a vantagem.

 

Lamentavelmente, o gol da vitória só surgiu nos acréscimos, e pior que isso, depois de ter sido anulado dentro de campo. O VAR tratou de “escrever a verdade” sobre a legalidade do gol anotado por Lohan, o mesmo Var que viu ilegalidade no gol do Hercílio Luz uma semana atrás... 

 

No próximo sábado o segundo jogo ocorre em Brusque, com o time da casa precisando vencer por um gol para levar a decisão para os pênaltis, ou por dois gols para sagra-se bicampeão. Ao Tigre basta o empate para comemorar a conquista...

Saudações AvAiAnAs!