Bom dia, Azurras - nº 4.759
DERROTA PREVISÍVEL
Difícil
escrever sobre o Avaí do técnico Gustavo Morínigo, que normalmente é mais
aguerrido que o time de seu antecessor, mas na medida em que o treinador insiste
em cometer os mesmos erros, certamente nosso caminho está sendo trilhado em
direção à degola...
Não
quero fazer-me de “dono da verdade”, mas no último fim de semana, na
participação que fiz no programa “Marcou no Domingo”, deixei bem claro que o
Avaí não tem elenco para jogar com três atacantes, tudo em função de um grupo
de jogadores muito mal montado.
Por
oportuno, se sabia que o Avaí teria muitas dificuldades em Recife, onde o
embalado Sport mantinha 100% de aproveitamento, além de estar muito à frente na
tabela de classificação mesmo com dois jogos a menos. Por aproveitamento,
seguramente estaria no cobiçado G4.
Porém,
mesmo conhecedor das dificuldades, o técnico avaiano preferiu escalar a equipe
com um meio de campo fraco na marcação, sem criatividade, improvisando lateral
como terceiro zagueiro, e três atacantes que não recebem qualquer bola, até
porque não há ninguém que saiba criar nesse time.
Trocando
em miúdos, o Leão da Ilha do Retiro, que já era favorito para o confronto
contra o nosso constrangido Leão da Ilha, teve seu trabalho facilitado por uma
escalação equivocada, improvisada, com jogadores que parecem não falar a mesma
língua, muito menos entender o que seja uma partida de futebol.
A
vitória do Sport sobre o Avaí, 2 a 1, era previsível, mas a equipe do Sul da
Ilha poderia ter feito diferente, inclusive seu treinador...
Foto: André Palma Ribeiro / Avaí FC
PLACAR ENGANOSO
Quem
não assistiu ao jogo e olha para o placar, deve imaginar que tenha sido uma
partida muito disputada, quando na verdade foi um passeio do time rubro-negro recifense.
2
a 1 para o Sport foi pouco, que atuou o tempo inteiro em ritmo de treino, sem
forçar, apenas aproveitando a fragilidade avaiana, cujos jogadores não
conseguem acertar dois passes consecutivos...
Aliás,
por falar em placar enganoso, cito aqui também aquelas duas goleadas sofridas
pelo Avaí, ambas de 4 a 1, para Guarani e Chapecoense, onde os adversários nada
fizeram para merecer um placar tão elástico...
Ontem
foi diferente. O placar foi magro pela diferença de futebol apresentado pelas
duas equipes.
ALTERNATIVAS
Creio
que não basta apenas criticar, mas apontar alternativas que poderiam surgir
para a equipe de Gustavo Morínigo, que começou a partida com:
Ygor
Vinhas;
Thales,
Alan Costa e Didi;
Igor
Inocêncio, Jean Cléber, Giva e Natanael;
Waguininho,
Patiño e Dentinho.
Na
“Bom dia, Azurras” de ontem deixei bem claro que não gostei da escalação, muito
antes da bola rolar, e como alternativa para o time do Avaí, coloquei a
escalação enviada pelo Marcos da Trindade, já considerando os desfalques:
Ygor
Vinhas;
Alan
Costa, Didi e Felipe Silva;
Xavier,
Wellington e Jean Cleber;
Thales
e Natanael;
Dentinho
e Vitinho.
Se
daria certo contra o acertado Sport, difícil saber, mas certamente seria um
time muito mais consistente, com um meio de campo mais preenchido e um time com
mais velocidade.
MENSAGEM
Conforme
havia mencionado ontem o comentário do gente boa Newton Ferraz D’Ely, deixar os
jogadores que estavam falhando continuamente nas partidas no banco de reservas,
como Roberto, Felipe Silva e Wellington, pode até ser correto, mas a intenção
do técnico Morínigo acabou penalizando sua própria equipe.
Improvisar
Thales Oleques na zaga não pareceu-me correto, ainda que o guri da Cachoeira do
Bom Jesus não esteja passando por uma boa fase. Além disso, optar por Giva no
meio, juntamente com o disperso Jean Cléber, deixando Xavier e o próprio Wellington
no banco de reservas, é pedir para ser pressionado o tempo inteiro...
TIME PASSIVO
Já
escrevi aqui que esse papo de “time da raça” ficou apenas para o nosso hino e
para os textos do Rafael Xavier, da comunicação do clube. O time do Avaí de
hoje, incluindo aquele que foi comandado por Alex, trata-se de um amontoado de
peladeiros, sem objetividade, dono de uma passividade vergonhosa.
Gostaria
de saber onde foi parar aquele time de Morínigo que “mordeu” jogo inteiro no
empate com o Atlético-GO, em Goiânia...
O
que vimos ontem na capital de Pernambuco não anima quem quer que seja para
estar na Ressacada no domingo, ainda que o sócio possa levar dois convidados...
YGOR VINHAS
O
caso do goleiro Ygor Vinhas merece uma reflexão. Vem falhando em todos os jogos,
como ontem, quando contribuiu para que o placar fosse aberto antes mesmo dos
primeiros dois minutos de jogo...
Quando
veio do Água Santa trazendo status de vice-campeão paulista, todos aplaudiram,
inclusive o fato de ter um contrato com o Avaí até 30 de novembro de 2024...
Creio
que a reflexão deva ser no seguinte sentido: começa muito mal, falhando
seguidamente, como ontem, mas cresce no decorrer da partida. Se o Sport ficou
apenas no 2 a 1, muito se deve também pelas boas defesas feitas ao longo da
partida.
DIDI
Preocupante
a contusão do zagueiro Didi, que apesar dos pesares, é o nosso melhor zagueiro
sem sombra de dúvida. As formações de zaga com Alan Costa, Roberto e Felipe
Silva não estão encaixando.
Apesar
do pouco tempo, até porque o próximo jogo é domingo contra o Botafogo, torço
por plena recuperação de Didi.
37
PONTOS
Estamos
na décima primeira rodada, míseros 8 pontos conquistados em 33 pontos
disputados, um risível aproveitamento de 24,24%...
Já
passou da hora de ajustarem o discurso, cujo foco precisa ser a busca de mais
37 pontos, ou 38, para assegurar a permanência na segunda principal divisão da
elite do futebol brasileiro.
Temos
pela frente mais 27 rodadas, 81 pontos por disputar, ou seja, o Avaí precisa de
um aproveitamento de quase 46% daqui pra frente.
MADRASTA
Não
estou aqui fazendo qualquer defesa em favor da direção do Avaí, nem mesmo da
comissão técnica, mas sendo bem franco, numa competição tão equilibrada quanto
a Série B, o fator “casa” tem ajudado muito.
Nesse
sentido, há que se levar em consideração que a tabela tem sido madrasta com o
Avaí, que jogou sete das onze partidas disputadas até aqui fora de seus
domínios, o que quer queiram ou não, ajuda a complicar a situação...
Obviamente,
não apaga nem explica o mau desempenho da equipe, nem a cegueira da comissão
técnica em não perceber que não podemos jogar com três atacantes e um meio de
campo tão fragilizado...
RESSACADA
Para
amenizar essa situação, nas duas próximas rodadas o Avaí não sairá do Sul da
Ilha, jogando contra o Botafogo no domingo, dia 11 de junho, e depois tendo um
bom período sem jogo, volta para enfrentar o Londrina no dia 24 de junho.
Para
o momento, ainda que esteja respirando por aparelhos, o Leão da Ilha precisa
vencer o Pantera de Ribeirão Preto de qualquer jeito, mesmo com esse time
passivo e de pouco combate, para depois ajustar a “casa” e começar uma nova
etapa na competição contra o Tubarão...
TRABALHO
Para
quem anunciou o novo executivo de futebol ante ontem, creio que a cabeça de
Eduardo Freeland deva estar fervendo, até porque para fazer o Avaí permanecer
na Série B terá muito trabalho...
Por
baixo, serão necessárias as contratações de um zagueiro, um lateral para cada
lado do campo, direito e esquerdo, um volante, um meia e um atacante...
No
mínimo!
AÇÃO
Está
muito fácil bater no Avaí ultimamente, quer dentro ou fora de campo. No
entanto, creio que a matéria irresponsável do NDmais merece uma reação imediata
do presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, quer em relação a emissora, quer em
relação ao jornalista.
A
matéria mistura o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, com o presidente do
Avaí, sem explicar qual papel de cada um. Joga tudo na mesma panela. O autor da
matéria devia ser demitido por incompetência ou por má fé, e se a emissora não
fez qualquer retratação nesse sentido, que o mandatário avaiano processe ambos.
E NO VELHO OESTE
Não
convidem para a mesma mesa o narrador Cleiton César e o presidente da
Chapecoense, Nei Maidana. Num programa após a derrota para o Vila Nova em plena
Arena Condá, na última terça-feira...
Num
áudio, o narrador afirma que foi na gestão de Nei Maidana que a Chape foi
rebaixada para a Segunda Divisão do Campeonato Catarinense, inclusive lembrando
que a time só não jogou a segunda porque “fizeram um monte de negócio com o
Atlético de Ibirama naquela oportunidade para que a Chapecoense entrasse pela porta
dos fundos”...
Brigam-se
as comadres, aparecem a verdades...
Saudações AvAiAnAs!
6 Comentários:
André pra esse atual elenco do Avai jogar na Ressacada ou fora não faz a mínima diferença a apatia é a mesma.Qualquer time de pelada de bairro é mais organizado que esse Avai.Pra jogar futebol o cara precisa ser no mínimo inteligente e nosso elenco só tem jogador burro.
O acesso já era, título?kkkkkk. O que nós resta é torcer para que esse novo diretor que trouxeram acerte nas contratações da próxima janela. Hoje não vejo o Avaí com forças pra escapar do rebaixamento. Esse elenco além de fraco não tem raça. Eles vão pro jogo, perdem, e tá tudo bem, ficam lá no campo, conversando e dando abraço nos adversários, nas fotos dos treinos aparecem sorrindo e tal. Isso é um tapa na cara do torcedor. Domingo tô lá na ressacada, pra tomar minha cerveja e ver o vinhas falhar.
Jean Kleber kkkkkkk piada com a torcida do Avaí.
Esse cidadão nunca foi jogador de futebol.
É muito triste o que estão fazendo com o clube. Qualquer perna de pau descompromissado veste a camisa do Avaí hoje em dia.
Os jogadores absorvem a derrota com naturalidade, sem hombridade.., derrotados, e inclusive a diretoria, pela inércia nas tomadas de decisão!!
Triste!!!
Comentei desde o primeiro jogo dele, Ygor Vinhas é FRACO e pra variar entregou mais uma vez.
Aos 30 do primeiro tempo, Giva e Jean Cleber já estavam com as mãos na cintura, sendo que o segundo não fazia/conseguia acompanhar qualquer jogada, uma lentidão sem fim. Tales é ridiculo, igual as estrevistas do Paraguaio, que ao ser questionado disse que por pior que o time esteja, as escolhas são dele, nao adianta questionar, mesmo que a imensa maioria não concorde.
Postar um comentário
A MODERAÇÃO DE COMENTÁRIOS FOI ATIVADA. Os comentários passam por um sistema de moderação, ou seja, eles são lidos, antes de serem publicados pelo autor do Blog.