terça-feira, 28 de novembro de 2023

Bom dia, Azurras - nº 4.931

ONDE TU ESTAVAS?

A pergunta é bem simples e direta: onde tu estavas em 28 de novembro de 2021, há exatamente dois anos?

 

Eu e mais 15.587 avaianos estávamos na Ressacada para levar o Leão da Ilha na conquista de seu quinto acesso para a elite do futebol brasileiro, e convenhamos, não foi tarefa fácil a partida diante do maranhense Tubarão...

 

Aquela vitória por 2 a 1, de virada, depois de perder o primeiro tempo por 1 a 0, perdendo pênalti com Edilson e o VAR mandando voltar, com Valdivia acertando a segunda cobrança e, por incrível que pareça, Renato fez 2 a 1 aos 43 minutos da etapa final...

 

Foi um acesso improvável, cheio de altos e baixos, mas que havia uma liderança dentro de campo, e até fora dele, que superaram todos os problemas com atrasos salariais e foram buscar a classificação.

 

A grande diferença daquela campanha para este ano estava nisso, na liderança, e falo tanto na equipe, quando na comissão técnica, até porque, os muitos jogadores que estão deixando o Sul da Ilha podem reclamar de muitas coisa, menos de salários atrasados, visto que ano passado e este ano foram pagos rigorosamente em dia.

 

Além da liderança, faltou hombridade para alguns, e o clube agora vai para mais um ano na Série B, o segundo ano consecutivo, quando experimentou mais uma vez ficar refém de irresponsáveis e descompromissados, se é que me entendem...


LIMPEZA

E com todo o respeito que merecem os jogadores, aquela classificação à elite do futebol brasileiro não apagou da memória do torcedor avaiano tudo o que passamos durante 2021, ainda que o objetivo maior tenha sido alcançado, não se poderia fechar os olhos para tantas falhas...

 

Um elenco muito mais caro do que o ano passado, bem como o deste ano, fomentando uma turma de “chinelinhos e amiguinhos”. Em 2022, com elenco mais barato, e até focado durante determinado período, faltou muito pouco para a permanência na Série A, bastava vencer uma partida contra o Cuiabá...


Este ano, lamentavelmente, a direção caprichou para repetir os mesmos erros de gestões anteriores, e por detalhe, acabamos escapando de um rebaixamento para a Série C, por detalhe...


Tal qual o ano passado, o foco agora é a temporada de 2024, mas antes mesmo que ele comece, e na prática já começou, há que se fazer uma ampla depuração no Avaí Futebol Clube, não somente no elenco...


Espero que para o próximo ano tenham muito mais esmero para com as coisas do Avaí, coisa que faltou nesse histórico e dramático ano do Centenário.


DEPURAÇÃO INTENSA

Creio que esses “barquinhos” que estão partindo da Ressacada, no total até agora com 17 jogadores, ainda é muito pouco pelo que foi feito neste ano, mais um festival de horrores na atual gestão.


É fácil imaginar que ainda cabe um número maior de jogadores, quer por estarem vencendo o contrato, e até mesmo por tentar emprestar alguns jogadores que não corresponderam às expectativas no Sul da Ilha...


A depuração no elenco avaiano não pode parar...


E O FREELAND?

Se nas últimas semanas tratei de analisar o elenco avaiano, até sugerindo quem deve ou não ficar para o próximo ano, creio que seria interessante escrever algumas linhas sobre a atuação do executivo de futebol do Avaí, Eduardo Freeland, que nesse espaço chamo de “encantador de serpentes”...


Vale lembrar, Freeland chegou ao clube em 6 de junho, depois da 10ª rodada, quando o Avaí estava na 18ª colocação, ou seja, 28 jogos depois, o Leão da Ilha terminou a competição na 13ª posição, livre da “zona de rebaixamento” antes mesmo de jogar as três últimas rodadas.


Porém, para dar esse “up” na campanha azurra, Freeland fez 14 contratações, e entendo que deva ser sob esse aspecto que análise deva acontecer...


14 CONTRATADOS

Os 14 jogadores contratados na era Freeland foram: Denilson, Pottker, Douglas Bacelar, Cortez, Fellipe Bastos, Gabriel Poveda, Douglas Friedrich, Giovanni, Edinho, Jonathan Costa, Leandro Carvalho, Denilson Goulart, Rafael Forster e Jael.


Verdade seja dita, pelo que soube, Denilson já estava alinhavado antes mesmo da contratação de Freeland, e não duvido que o mesmo tenha acontecido com a vinda de Pottker. Num primeiro momento, a recuperação do Avaí passou pelas atuações desses dois jogadores.


DISPENSADOS

Se Eduardo Freeland contratou 14 jogadores para o Avaí, nominados acima, assusta o número de jogadores dispensados até agora, 17 por enquanto, dos quais 6 já foram dispensados...


Cortez, Fellipe Bastos, Edinho, Leandro Carvalho, Rafael Forster e Jael. Se efetivamente Denilson e Pottker não dependeram dos esforços de Freeland para retornarem ao Sul da Ilha, significa dizer que 50% dos atletas trazidos por ele foram dispensados...


Nada contra o trabalho de Freeland, mas creio que o mandatário do clube, bem como seu vice, devam fazer uma análise mais profunda sobre seu desempenho, que efetivamente não surtiu o efeito desejado, até mesmo pelos titulares na maioria dos jogos no time comandado por Eduardo Barroca...


ALVO ERRADO

E quando falo que o trabalho de Freeland deve ser questionado, está no fato de que ele foi contratado exatamente para trazer reforços ao time que estava na “zona de rebaixamento”, mas, no meu entendimento, mais onerou a folha de pagamento do clube que reforçou o time de Barroca.


Alguns “reforços” que nada renderam, como Cortez, Fellipe Bastos, Edinho, Leandro Carvalho, Rafael Forster e Jael. Outro que quando muito, para compor elenco, Denilson Goulart.


Ou seja, dinheiro jogado pela janela...


BOAS CONTRATAÇÕES

Mas não se pode apenas criticar, e algumas contratações precisam ser enaltecidas. Douglas Bacelar, por exemplo, vejo como o melhor zagueiro do Avaí, mas nesse curto período teve três lesões, perdendo inúmeros jogos. 


O xará Friedrich, ótimo goleiro, mas encontrou um Igor Bohn em excelente fase, tornando-se um reserva de luxo. Giovanni é outro jogador que deu qualidade ao elenco, mas precisa estar mais magro que eu...


Jonathan Costa oscilou bons e maus momentos, mas creio que ainda será muito útil ao Avaí. Poveda, o artilheiro, ainda que não tenha acontecido, tem seu valor e é uma contratação que ainda pode dar muitas alegrias ao torcedor.


Quem sabe agora, com mais tempo para buscar reforços que acrescentem ao time, Freeland possa ter um índice de acertos mais elevado...


VAI SER PIOR

Concordo plenamente com o Marcos da Trindade quando ele escreveu ontem que teremos um Campeonato Brasileiro da Série B de 2024 muito mais complicado do que o deste ano.


A arte acima, publicada nesse espaço ontem, já tem mais um integrante, ainda que a matemática da UFMG afirme que o Goiás tenha “apenas” 99,80% de probabilidade de rebaixamento. Já caiu e é o 19º integrante da competição no ano que vem.


A última vaga na Série B de 2024 ficará entre Bahia, Vasco da Gama, Santos, Corinthians e Cruzeiro...


Observem a arte e voltamos a tocar no assunto nos próximos dias. Como disse o Marcos da Trindade, jogaremos contra clubes com muito mais torcida e muito mais orçamento.


SUGESTÃO

Pelo que informou o amigo Roberto Costa, “o nosso”, o presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, deverá ser o entrevistado na Rádio CBN, no Morro da Cruz, na próxima quinta-feira.


Na mesma mensagem, RC diz que o “doladelá” convocou uma entrevista coletiva para explicar o empréstimo que fizeram para dar um “oxigênio” financeiro ao clube...


Fica a sugestão para Júlio Heerdt, que ao invés de subir o Morro da Cruz, deveria chamar uma coletiva e explicar a razão dos dois anos de fracassos, bem como quais as perspectivas para os próximos dois anos...


E para reforçar a sugestão, que ela seja às 13 horas, quando temos três programas esportivos diariamente na cidade...




Saudações AvAiAnAs!

4 Comentários:

Carlos avaiano disse...

Boa madrugada

Assim como gostaria de ter visto o trabalho do morigno com os reforços que barroca recebeu, também gostaria de ver o trabalho do FREELAND na primeira janela de 2024 com o mercado todo aberto,e não com restos na segunda janela como foi.

André Tarnowsky Filho disse...

Carlos Avaiano,

Boa observação. Mas a pergunta que fica é a seguinte: precisava trazer tantos "reforços" para o banco de reservas?
Considero o trabalho de Freeland até aqui muito questionável, sim.

Carlos avaiano disse...

Sim, Jael por ex.nem pra banco serviu naquele momento,e não fez mais que modesto por exemplo com um salário bem inferior.
Tinha que ser cirúrgico nas contratações.
O maior problema é o empresário e as comissões que devem rolar pois, é suspeito o modo em que algumas contratações acontecem.
Más sempre que a montagem de um grupo não for bem feita no início da temporada, depois só as sobras que ninguém quis, ficarão a disposição do mercado com seus empresários vendendo fantasias e iludindo torcidas.

André Tarnowsky Filho disse...

Carlos Avaiano,

Concordo que o grupo tenha que ser montado no início da temporada, e para 2024, mais do que nunca, visto que a janela abre agora em janeiro. Não teremos tempo para montar um time competitivo depois do Catarinense...
Quanto aos "esquemas", prefiro nem comentar, até porque já mencionei tal fato na outra semana, e aqui incluo Barroca, pelas repetidas e errôneas opções.

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