sexta-feira, 29 de março de 2024

Bom dia, Azurras - nº 5.053

O REI ESTÁ NU


Diante dos últimos acontecimentos, depois da eliminação do Avaí na Semifinais do Campeonato Catarinense, impossível não lembrar do conto do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, intitulado “A nova roupa do Rei”...

 

A história relata que um Rei, muito severo e vaidoso, que não admitia ser contrariado, apaixonadíssimo por roupas novas, e gastava com elas tudo o que tinha e podia...

 

O importante era “ele”, pouco importando-se com seus súditos, soldados, qualquer outra situação que fizesse parte de seu reino, teatro, passeios, desde que, por óbvio, pudesse vestir novos trajes.

 

O reino por ele comandado era muito alegre, sempre recebendo muitos visitantes, e numa certa ocasião, chegou vigarista, sabedor do gosto do monarca, e tramando dar nele um golpe, fingiu-se de tecelão.

 

Assim se apresentou no palácio, dizendo-se capaz de tecer os tecidos mais maravilhosos do mundo. E apresentou vantagens nas cores, desenhos, tecidos, mas até em trajes que possuíam a “qualidade especial” de se tornar invisíveis aos mais tolos e presunçosos, sem capacidade ou qualidade para admirar tal arte.

 

Tocado pela vaidade, o Rei logo se interessou e o contratou o farsante. Assim sendo, providenciou todos os materiais que lhe fora solicitado. Fios de ouro, tecidos finos, adereços de diamantes e tudo que havia de melhor e mais valioso, além, de claro, uma boa quantia pelo serviço, acomodando o “alfaiate” num atelier para que desenvolvesse seu trabalho.

 

Depois de algum tempo, sem ter notícias da “roupa nova”, o rei foi ao local onde estava sendo confeccionada a roupa. Viu uma mesa vazia, e o homem fazendo inúmeros movimentos como se estivesse medindo, costurando, esticando...

 

Para não transparecer que nada via, o Rei, diante de seus súditos começou a elogiar o trabalho. Os súditos presentes, para não contrariá-lo, apesar de nada verem e não passarem por ignorantes, também elogiaram.

 

Tempos depois, o “alfaiate” deu o trabalho por terminado e convocou o Rei para ir vestir a roupa. E o Rei, para não perder a oportunidade, convocou todo o povo para um desfile onde ele mostraria sua nova roupa. E assim foi feito...

 

Com o Rei nu, todos fingindo que viam as vestes reais, o desfile seguiu, mas não se manifestavam para não passarem atestado de ignorantes. Até que uma criança, na sua pureza e inocência, vendo toda aquela encenação, gritou: “O Rei está nu!”.

 

Pelado ou não, é o que acontece hoje no Sul da Ilha, onde o “Rei” (chamado de “Príncipe” por alguns) só ouve os “alfaiates” vindo de fora...

 

Que pena!

 

AVAÍ KINDERMANN SEM PRESIDENTE

Participei na noite de ontem do podcast “Corneta Avaí”, onde tive o desprazer de ler a “CARTA RENÚNCIA” do professor Edison Roberto de Souza, em relação a presidência do Avaí Kindermann.

 

Por razões de saúde, está escrito na carta, assim como também foi o motivo da saída do então vice-presidente executivo do Avaí Futebol Clube, Bruno Ribeiro Comicholi, no ano passado.

 

Desejo ao professor Edison plena recuperação em seu tratamento, ao mesmo tempo em que lamento sua saída, até porque, mesmo sem autonomia financeira e administrativa, vinha fazendo um grande trabalho.

 

DISPARIDADE

Já escrevi aqui em outras oportunidades, o presidente Júlio César Heerdt tem que olhar com mais carinho para o futebol feminino, a não ser que já tenha decidido que o Avaí Kindermann deva disputar divisões inferiores, contrariando toda a história do clube.

 

O que não se pode aceitar é ter um Eduardo Barroca ganhando mais do que ganham todas as jogadoras, comissão técnica e diretoria juntos, em apenas um mês...

 

E se fizermos um paralelo com o que ganha Júlio Heerdt, Luciano Kowalski, Lucas Pedrozo, Eduardo Freeland, Barroca e Florenzano, o absurdo torna-se ainda maior...

 

BATATADA

Além das abobrinhas que mencionei na “Bom dia, Azurras” de ontem, há uma outra besteira dita por Júlio Heerdt naquele programa da CBN no início da semana, que precisa ser questionado.

 

Diz ele que teremos uma Série B do Brasileiro duríssima, onde o Avaí enfrentará equipes com orçamentos maiores, o que é uma realidade...

 

Porém, se for por orçamento, o Avaí deveria estar disputando a final de amanhã, mas Júlio Heerdt ficará com o controle remoto na mão...

 

PERDIDO

Se esportivamente o Avaí passa por um desastre nos últimos dois anos e três meses, diria que politicamente o mandatário avaiano está a cada dia mais isolado, dentro daquele grupelho criado por ele, e que certamente tem prazo de validade no limite...

 

Júlio Heerdt vai até o fim do mandato com suas convicções, mas definitivamente perdeu o apoio político daqueles que lhe apoiaram. Pode ser campeão Catarinense no próximo ano, e até conseguir acesso em 2025 (este ano nem considero...), que não terá feito nada de extraordinário...

 

Afinal, pegou um time campeão e na elite do Brasileiro.

 

DECEPÇÃO

Já externei meu ponto de vista com a permanência de Eduardo Barroca no comando da equipe. Apesar de festejado pela mídia nacional, nada conquistou (Copa do Nordeste nem considero, pelas circunstâncias...) e no Avaí não será diferente.

 

Teremos um Brasileiro da Série B dos mais complicados e hoje, com Barroca, vejo outra vez o Avaí brigando na parte baixa da tabela de classificação, e ouso dizer que não dura muitas rodadas...

 

QUALQUER UM

O Campeonato Catarinense mostrou à olhos nus, ao menos dois técnicos que armaram suas equipes de forma muito mais eficiente que Eduardo Barroca, e curiosamente, estão sem clube.

 

Eduardo Souza, do Barra, chegou às Semifinais, e Waguinho Dias, ex-Marcílio Dias, que deu um nó em Barroca em plena Ressacada...

 

Ainda posso citar Raul Cabral, ligado ao amigo do clube, Eduardo Uram, que está no Tombense...

 

Não estou indicando nenhum dos três, mas afirmo que são mais técnico que o festejado Barroca. Simples assim.

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!

7 Comentários:

Sérgio Bayestorff disse...

Vejam a que nível chegamos, somos obrigados a renovar com o Thales Oleques pq não podemos contratar e os outros dois meia boca estão fora da temporada.

Raniere disse...

Pelo que se vê, a esperança de que o presidente avaiano acorde do feitiço dos falastrões está praticamente esgotada.

Marcio disse...

Faltam 21 meses para o fracassado falastrão largar a teta remunerada.
Nem Avaiano de verdade o presidente é...

ManoelNilson disse...

21 meses vai ser um período muito grande e suficiente para a inércia do presidente permitir que esses cariocas incompetentes e bons de lábia levem o clube às ruínas do ponto de vista técnico e financeiro. Pelo o que se vê vão fazer uma aventura financeira pior do que nos tempos do Battistotti. Vão desperdiçar todo o dinheiro da ligar e sem qualquer êxito no futebol.

Paulo disse...

Exatamente.
A letargia e submissão do presidente é alarmante, na entrevista última, deu para perceber que está perdido!!
O rei está nú!!!!!

Raniere disse...

21 meses é tempo suficiente pra ir pra série D.

Roberto disse...

Os dois da Capital vão se acabar e o Criciúma, sem adversários à altura, aos poucos também irá decair. Em dois anos o futebol do
Estado vai ser coisa do passado. - RC.

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