Bom dia, Azurras - nº 5.087

MAIS UM DIA SEM TÉCNICO

Passadas 120 horas da demissão do técnico Eduardo Barroca, 5 dias, infelizmente o Avaí segue sem a definição de seu técnico para o restante do Brasileiro da Série B, e conforme já havíamos colocado aqui nesta semana, o time vai sob a batuta de Marcos Vicente dos Santos.  

 

Não é o cenário que imaginávamos, pelo contrário, principalmente quando lembramos do investimento feito pelo clube do ano passado para cá, sem que houvesse qualquer ganho dentro de campo...

 

Um elenco caro, o segundo na nossa competição doméstica, mas que não chegou na final do Campeonato Catarinense, e hoje encontra-se na “zona de rebaixamento” do Brasileiro da Série B, mas cuja folha de pagamento coloca o clube entre os 10 mais caros da disputa...

 

Com todo o respeito que possa merecer o executivo de futebol, Eduardo Freeland, o encantador de serpentes, mas desde aquele discurso arrogante após a eliminação no Catarinense para o Brusque, na Ressacada, quando garantiu a permanência de seu amigo Barroca, mostrou que sua fala são apenas palavras ao vento, sem qualquer consistência.

 

Dessa forma, fica mais fácil entender essa morosidade, que outra vez vem recebendo o aval do mandatário do clube, Júlio César Heerdt. Resta ao torcedor reza um pouco mais por dias melhores...

 

CONSELHO FISCAL

Há quem tenha questionado sobre a existência ou não do Conselho Fiscal, que mesmo tendo dado parecer favorável à rejeição das contas, viu seu trabalho ser contrariado na votação do Conselho Deliberativo.

 

Muita calma nessa hora!

 

O parecer foi bem claro e apontou o erro cometido pela direção executiva do Avaí, e por isso a sugestão de rejeição. Outro fato incontestável, apesar da votação favorável à direção, não houve qualquer rejeição ao parecer, que na conclusão, quer no conteúdo.

 

Houve, sim, aprovação das contas com restrições, em mera decisão política por parte de 33 conselheiros, mas em momento algum foi apontada qualquer falha no trabalho do Conselho Fiscal.

 

DIFERENÇA

Da mesma forma que questionaram sobre o CF, ao menos três amigos fizeram um paralelo com a diretoria atual com a gestão passada, que teve as contas rejeitadas em dois anos.

 

Não é bem assim!

 

Na gestão passada, ocorreu um excesso de gastos, sem que houvesse o din-din em caixa, e até mesmo sem que houvesse a permissão do CD para que pudesse gastar mais do que havia sido previsto no orçamento.

 

O que ocorreu hoje, porém, havia o dinheiro vindo da Liga Forte União, ou seja, estava no caixa, e a direção solicitou ao CD que pudesse gastar mais do que estava no orçamento, que lhe foi deferido, mas acabaram pedindo aquém do que era necessário, por isso, esse excesso de gastos, mesmo que houvesse dinheiro em caixa...

 

Uma coisa é certa: um erro primário, que denota a falta de preparo para gerir uma instituição como o Avaí Futebol Clube.

 

EUFEMISMO

Durante a reunião do Conselho Deliberativo, bem como depois, troquei algumas informações com alguns conselheiros, deixando muito claramente minha contrariedade pela aprovação das contas.

 

Terminada a reunião, um dos conselheiros, que havia votado pela aprovação, fez uma colocação que levou-me a pensar um pouco mais:

 

- Não estou feliz.

 

A frase curta e objetiva, deixou claro para mim que ele estava arrependido, porque no fundo, por mais que se queira o bem do clube, não podemos nem devemos “passar pano” naquilo que está errado, notadamente quando se gasta a mais do que havia sido autorizado.

 

O eufemismo está aí pra isso mesmo: suavizar situação nada agradáveis!

 

CARO

Há uma polêmica causada pela possibilidade da contratação do técnico Thiago Carpini, que saiu do Juventude ganhando R$ 150 mil, indo para o São Paulo com um salário de R$ 400 mil, recentemente demitido.

 

Num primeiro momento, diria que é caro, longe das possibilidades do Avaí, mas sejamos francos, caro mesmo é manter uma diretoria inerte, ganhando salários robustos, sem que haja qualquer resultado em prol do clube...

 

Já disse e repito: caro é manter Júlio Heerdt, Luciano Kowalski, Lucas Pedroso, Eduardo Freeland, Rodrigo Florenzano, Marcos Vicente...

 

QUANTO CUSTA?

Não é só o fato de terem feito um gasto muito superior ao que havia sido permitido pelo Conselho Deliberativo, mas a torcida avaiana precisa entender o que estão fazendo com as verbas que estão entrando no clube, até porque, ainda que propaguem um saldo positivo ao fim do balanço de 2023, os salários estão atrasados...

 

Quanto custa o futebol avaiano, e aqui estou questionando tudo, jogadores e comissão técnica? Afinal de contas, e isso não é novo, o “encantador de serpentes”, antes mesmo de começar a temporada, falava numa folha de pagamento de mais de R$ 3 milhões, e se considerarmos o que estamos assistindo, dinheiro jogado fora...

 

E se perguntar não ofende, quanto custa essas ilustres figuras da diretoria avaiana, quem não sabem o que é futebol, mas faturam muito? Se estamos rasgando din-din com esse elenco que pouco produz, o que dizer desses diretores?

 

OPOSIÇÃO

E depois da “milionária mancada” da diretoria executiva do Avaí, mais do que natural que as críticas ganhassem um teor ainda mais “picante”, e até oposicionista.

 

E não por acaso, aquele quadro que desenhei semana atrás, aflorou de forma ainda mais dinâmica no feriado de ontem, onde ao menos dois grupos estão trabalhando continuamente para criar alternativas para concorrer na eleição de dezembro de 2025.

 

O primeiro deles, reunidos há mais tempo, “Avaí + Forte”, e outro, mais recente, “Avaí Vencedor”.

 

E certamente não vai parar por aí...

 

SUCESSÃO

No último dia 6 de abril, na “Bom dia, Azurras” nº 5.061, escrevi a nota do print acima, e apesar de considerarem um exagero, verdade seja, dita, não só pelos dois grupos citados acima, mas também pela atual conjuntura, a sucessão avaiana para ocupar o lugar de Júlio César Heerdt promete ser das mais acirradas.

 

Por óbvio, muitas “variáveis” colaboram para que isso aconteça, e se naquela ocasião mencionei cinco chapas, com o “bloco na rua” dessas supracitadas, podemos dizer que teremos sete chapas...

 

Mas não se assustem: muitos vão querer formar uma frente, cujo adversário virá da chapa situacionista.

 

COSTELA

Para “desespero” do nosso amigo Fyllipy Margino, o print acima, de nota escrita na mesma data e “Bom dia, Azurras” citada anteriormente, terá uma “costela” extraída da direção de Júlio César Heerdt...

 

E antes que achem estranho, já vou dizendo que estranho é “importar” candidatos, que mal conhecem a história do Avaí Futebol Clube.

 

Na eleição anterior, todos os três candidatos haviam participado da gestão de Francisco José Battistotti, que tentava reeleição, e de alguma forma estavam ligados ao clube, o que considero bem natural.

 

MUITOS

Até para que não precise explicar muita coisa, e como que “desenhando” o atual quadro sucessório, sujeito à coligações, além dos dois grupos já mencionados acima, teremos:

 

1 – grupo da situação, mesmo sem o nome de Júlio Heerdt;

2 – grupo apoiado pela torcida organizada;

3 – grupo dos avaianos de esquerda;

4 - grupo em formação de Gerson Basso;

5 – grupo dos dissidentes da atual gestão e da anterior.

 

Assim sendo, desses cinco citados, além dos dois já formados, “Avaí + Forte” e “Avaí Vencedor”, o tempo irá dizer quantos chegarão para o dia da votação, que mesmo sendo em dezembro de 2025, já começou...

 

POR APARELHOS

Com o empate de ontem em Caçador, 1 a 1 com o Cruzeiro, o Avaí Kindermann agora soma dois pontos em oito jogos no Brasileirão Feminino, com sua situação ficando ainda mais delicada na competição, aproximando-se do rebaixamento.

 

Faltam sete jogos e o caminho não será fácil: Fluminense (F), Internacional (C), Botafogo (F), Ferroviária (C), Atlético-MG (F), Flamengo (C) e Corinthians (F).

 

Nos resta torcer para que a história vitoriosa do Avaí Kindermann não seja manchada, apesar das dificuldades que as Leoas Caçadoras terão pela frete!

 

SEM PLANEJAMENTO

Ainda que o Avaí tenha anunciado semanas atrás o fornecimento do material esportivo por parte da Volt, já se sabia, principalmente por parte da diretoria, que a empresa de Joinville seria a escolhida, ao menos desde o ano passado, antes do encerramento do Campeonato Brasileiro da Série B.

 

Se era assim, como efetivamente foi, algumas coisas seguem sem uma resposta plausível. Na partida contra o Operário, estreia na Série B deste ano, o Avaí jogou com as camisas da nova fornecedora, mas os agasalhos seguiram sendo da Umbro, ainda que com o logo coberto...

 

Qual a razão para o Avaí Kindermann seguir jogando com camisas da Umbro, se a fornecedora já é a Volt?

 

SAFRA RUIM

Não vou alongar-me no assunto, até porque o enfoque é o mesmo após a derrota para o Marcílio Dias no último dia 17 de abril, 2 a 0, e ontem foi a vez de perder para o Barra, 1 a 0, no CT do Pescador.

 

Com a derrota de ontem, o Avaí fica na sétima posição, e dificilmente chegará nas semifinais da competição...

 

Confesso que tenho acompanhado superficialmente o trabalho da base, mas não preciso estar perto para saber que a safra atual é muito ruim, ao menos foi o que conferi no jogo contra o Marinheiro...

 

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!