NÃO VI O AVAÍ JOGAR, by RC

 

Não vi o Avaí jogar. É claro que vi o jogo, mas não vi o Avaí do Dal Pozzo em campo, esse que nos fez apaixonar em tão poucos dias. Não vi a pegada, não vi os deslocamentos com tesão, a disposição, nem a pressa em reiniciar o jogo nas cobranças de laterais. Sinceramente, vi um Avaí da pachorra, perdendo sem se indignar, sem pressa, com excesso de passes, inclusive nos dez minutos finais, quando importa é a bola na área, de qualquer jeito, contando com falha de zagueiro, pênalti, etc.

 

Sim, o Novorizontino mostrou-se um bom time. Competitivo, jogadores de boa compleição física, mas nem por isso devia ser excessivamente respeitado, como entendo ter acontecido ontem. Ao Avaí cabia a postura de um time vitorioso e ocupante, até então, da ponta da tabela. 

 

Não se viu a dinâmica dos jogos anteriores, as bolas bem cruzadas, que resultaram em gols de cabeça do atacante Garcez, ontem apagado. Não, o Avaí, que tinha encontro marcado com o torcedor na Ressacada, ontem não compareceu. Alguma possibilidade de ameaça de nova crise relativa a salários?...

 

O goleiro César falhou no lance do gol do Novorizontino. Foi forte o chute, mas penso que poderia ter amortecido o impacto da bola com as duas mãos espalmadas e em seguida juntado-a do chão. Por azar, espalmou-a de maneira que foi parar na medida para o atacante Rodolfo, que aproveitou a oportunidade. Confesso que na questão dos goleiros me sinto mais seguro com Igor Bohn.

 

Não gostei da arbitragem. O árbitro não buscou coibir a cera. Deu apenas dois minutos ao fim do primeiro tempo e 6 minutos ao fim do segundo. Cabia pelo menos 10 minutos. Sutilmente mostrou mais simpatia com Novorizontino. Num lance de falta clara sobre Pedrinho ele não assinalou e na justa reclamação do jogador aplicou-lhe cartão amarelo. É difícil competir com o magnetismo da Federação Paulista de Futebol. Por falar em Pedrinho, precisa produzir um pouco mais.

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC