NOSSO VÍCIO DE MARCAR COM OS OLHOS!! by RC
Vila Nova e Avaí jogaram ontem pela décima quinta
rodada do Brasileiro da série B.
O Avaí jogou melhor o primeiro tempo,
chegando bem à meta adversária e poderia ter liquidado o jogo, não fossem as
limitações técnicas que levaram a equipe a desperdiçar as oportunidades
surgidas, como o lance de Garcez, a dois minutos de jogo, cara-a-cara com
o goleiro.
O Avaí seguiu chegando mais à área do
Vila, levando perigo, dando trabalho, preocupando o torcedor local.
A vinte e sete minutos o gol do
Vagner Love, contando com a ajuda do zagueiro do Vila, o que não retira os
méritos do atacante, que recebeu a bola, livrou-se do marcador e chutou. Outro
zagueiro interveio no lance, fazendo o gol.
Em seguida, tivemos o perfeito
lançamento do Vagner Love para o atacante Garcez, que fez tudo direitinho,
dominou no peito com categoria e, com o canto direito do gol todo aberto, para
rolar a bola carinhosamente, fechou os olhos, largou a bomba para estragar
com tudo, quem sabe até com o travessão da trave. Assim, Vagner Love, em
três intervenções no jogo, justificou sua entrada em campo. Quem sabe, sabe.
O empate do Vila, assim como o gol de
sua vitória, foram ambos resultados de um vício que compromete o sistema de defesa
do Avaí, a marcação com os olhos. Confiram nas imagens. O
primeiro começa com um lançamento longo para a ponta direita. Junto ao atacante
há dois defensores azurras. Eles observam o adversário dominar a bola,
preparar o chute e fuzilar para dentro do gol. No segundo, o
setor da lateral esquerda era de novo uma campina convidativa, um
espaço totalmente franqueado a quem quisesse passear. O ponta recebeu, lançou
para a área e de novo o miolo ficou a olhar. Três zagueiros sem marcar ninguém.
Dal Pozzo tem muito o que conversar
com esse pessoal distraído do sistema defensivo. Foi abusivo o espaço concedido
pelo setor da lateral esquerda, especialmente no segundo gol. Horror, o nosso
vício de marcar com os olhos!!
Boa tarde, RC. Não é vício, não! É a condição de nossos jogadores que não conseguem acompanhar a correria que fazem os adversários. Mas a culpa, toda ela, é do técnico, que tirou quem já não estava mais correndo, pra botar gente que não corre.
Lugo, nunca joguei futebol profissional, mas sei como se bate numa bola. Eu, no lugar do Garcez, aquela bola nunca se chocaria com o travessão. Você podia chutar forte, mas com o peito do pé e nunca na base da bola, pois aí ela sobe. E nem precisava querer estufar a rede; fazia como Lico, Zico, Zenon, um toque sutil no canto, com carinho. Dizem que o treinador Telê Santana corrigia esses defeitos básicos nos
jogadores sob seu comando, como bater na bola. Ele, Telê, faria o gol que o Garcez não fez.
Mas o Garcez tem também os seus méritos, é claro, a matada no peito foi perfeita. E vai nos dar muitas alegrias.
RC.
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