Bom dia, Azurras - nº 5.354

MAIS DO MESMO

Se havia alguma virtude no time do Avaí ontem, creio que está no fato do time ter tido muita vontade de vencer, sem se entregar ao adversário, até mostrando mais empenho que a Chapecoense, notadamente na primeira etapa.

 

Por óbvio, estou apenas falando na “vontade”, porque na prática, naquilo que chamamos de futebol, o time do Leão da Ilha parece estar nos primeiros anos dos bancos escolares.

 

Erros primários, que paulatinamente vão destruindo o psicológico do time, que mostra-se frágil emocionalmente e sem um mínimo de intimidade com a bola, por isso mesmo terminamos a quarta partida sem balançar a rede adversária.

 

Cada um que tire suas conclusões, mas a cada partida jogada, independentemente dos intervalos entre um jogo e outro, tem-se a nítida impressão de que o Avaí não treina, e se o faz, é muito mal treinado...

 

Chapecoense 0x0 Avaí, outro jogo duro, duríssimo de assistir...

 

ESTRANHO

Havia uma razão básica para colocar o Avaí como um dos favoritos ao título, e isso deve-se ao alto investimento no elenco outra vez, ainda que a “fórmula” do ano passado não tenha surtido efeito...

 

Mas sejamos francos, para quem manteve a base do time do ano passado, inclusive com o mesmo treinador, o mínimo que se esperava para esse início de ano era um time mais coeso, mais entrosado.

 

No entanto, a cada partida, um novo drama toma conta do apaixonado e decepcionado torcedor avaiano: nosso time não demonstra nenhuma inspiração, ficando apenas numa transpiração improdutiva.

 

DESCONFORTO

Terça-feira escrevi uma nota intitulada “FRACO”, onde apresentei os números do Avaí sob o comando do “festejado” técnico Enderson Moreira, tricampeão Brasileiro da Série B. Foi campeão várias vezes, é verdade, mas no Avaí não aconteceu e não está acontecendo.

 

No Brasileiro da Série B do ano passado, teve um rendimento de apenas 49,12%, e agora, em 5 jogos pelo “disputadíssimo” Catarinense, 40% de aproveitamento, 6º colocado...

 

Até pela postura em suas entrevistas, Enderson Moreira mostra não estar satisfeito no Sul da Ilha, da mesma forma que não vejo uma sintonia fina entre treinador e elenco, talvez por isso esse show de horrores que temos visto em campo.

 

BALANÇANDO

Ontem, antes da partida, um amigo com grande “intimidade” com as coisas do clube, deixou a entender que em caso de derrota em Xanxerê, o próprio comandante avaiano pediria pra sair...

 

Confesso que não duvido, até porque, como citei na nota anterior, Enderson Moreira parece estar muito desconfortável no cargo, provavelmente pelo rendimento e por não projetar futuro melhor dentro do clube.

 

Se ele vai pedir demissão ou não, fica difícil saber, mas não tenho a menor dúvida de que a manutenção dessa estrutura no departamento de futebol mais uma vez mostra-se ineficaz.

 

TIME ALTERADO

Ontem o técnico Enderson Moreira optou por jogar com três zagueiros, esquema que deu muitas alegrias em outrora, mas atualmente, ao menos no meu entendimento, não temos um ala esquerdo para isso, até porque Mário Sérgio não tem essas características.

 

O Avaí começou a partida com:

 

César Augusto

Jonathan Costa, Pedrão, Eduardo Brock e Marcos Vinicius

Mário Sérgio, João Vitor, Zé Ricardo e Marquinhos Gabriel

Robert Burbano e Cléber

 

Em termos práticos, seguimos com um time criando muito pouco e errando demasiadamente.

 

OPÇÕES

Sem contar com alguns jogadores, quer por contusão, que por opção técnica, para o banco de reservas, Enderson Moreira contou com mais 11 jogadores, a saber:

 

Igor Bohn, Wanderson, Devid, Jamerson, Judson, Andrey, Fellype, Gaspar, Hygor, Rigley e Vagner Love.

 

No intervalo da partida, a primeira substituição, saindo Marquinhos Gabriel para a entrada de Hygor.  

 

Aos 20 minutos do segundo tempo, mais uma substituição, com a saída de Robert Burbano para a entrada de Jamerson.

 

Aos 30 minutos, foi a vez de Cléber deixar o time para a entrada de Gaspar.

 

Aos 39 minutos, as últimas mexidas no time do Avaí, com as saídas de Marcos Vinicius e João Vitor para as entradas de Vagner Love e Judson, respectivamente.

 

SEXTO LUGAR

Ao menos por enquanto, o Avaí está na sexta colocação, e só perder a incômoda posição caso o Marcílio Dias surpreenda a boa equipe do Santa Catarina, em Rio do Sul.

 

Criciúma, Figueirense, Chapecoense, Santa Catarina e Brusque estão na frente do Leão, e ao menos três deles estão jogando muito mais bola do que os comandados de Enderson Moreira.

Vencer o JEC virou obrigação, sob pena descermos ainda mais na tabela de classificação...

 

PEDRA CANTADA

Para um time sem criatividade no meio de campo, a opção pela contratação de Marquinhos Gabriel foi um verdadeiro tiro no pé, que após cinco partidas nada mostrou que justificasse seu retorno para o Sul da Ilha.

 

O executivo de futebol, que encanta os ouvidos do mandatário, não conseguiu contratar um meia minimamente melhor que Giovanni, nem mesmo com mais intensidade, “artigo raro” na Ressacada.

 

Quando apareceu aquela faixa nas arquibancadas pedindo a saída do executivo, muita gente ficou sensibilizada, mas na verdade, a faixa deveria era pedir a saída de todos os incompetentes que tomaram o clube de assalto.

 

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!