Bom dia, Azurras - nº 5.655
FIM DE UMA ERA
Com o
empate de ontem em Ribeirão Preto, 0 a 0 com o Botafogo-SP, e o encerramento do
Campeonato Brasileiro da Série B, chega ao fim, ao menos esportivamente, a “Era
Júlio Heerdt” no Avaí.
Os
números não mentem, e durante esses longos quatro anos, o clube foi acumulando
fracassos, ao ponto de ter em números efetivos, apenas e tão somente 42,02% de
aproveitamento em 230 jogos.
O
número de derrotas superou com sobras o de vitórias, e dessa forma, terminar a
gestão com um saldo negativo de 36 gols nem assusta, afinal de contas, essa
gestão nunca mostrou indignação pela falta de resultados em campo.
Dessa forma, entre a vergonha e o desânimo, resolvi atualizar os números
da gestão Júlio César Heerdt, agora a última planilha, que não foge muito do
que foram apresentadas em outras épocas...
Como se percebe com clareza solar, além do caos financeiro, nota-se que
dentro das quatro linhas as coisas também não transcorreram como se previa, bem
pelo contrário...
O marasmo vivido nos três anos, dez meses e 23 dias, dói naquele
torcedor raiz, aquele que tem o verdadeiro DNA avaiano, não essa retórica
barata inventada desde a eleição de dezembro de 2021...
2022 – BDA nº
5.580 – 12/09/2025
Aliás, tal planilha pode ficar ainda mais robusta se descrevermos o rol
de fracassos, ao longo desse tempo em que a atual gestão tomou conta do Sul da
Ilha...
Para conferir:
* Perda da Recopa em plena Ressacada para o time do Canto, fato inédito
até então, perder final dentro de casa da para o maior rival;
* 8º colocado no Campeonato Catarinense;
* Eliminação da 2ª fase da Copa do Brasil;
* Rebaixado no Brasileirão com a 19ª colocação;
* Avaí Kindermann na 10ª posição no Brasileiro Feminino.
Por oportuno, no aspecto financeiro, conseguiu “enxugar” os muitos
milhões da dívida do clube, ou ao menos, colocou a casa em ordem, com salários
e a situação teoricamente controlada.
2023 – BDA nº 5.580 – 12/09/2025
No ano do Centenário, o Avaí teve outro período caótico dentro das
quatro linhas, com resultados não muito diferentes do ano anterior:
* 5º colocado no Campeonato Catarinense;
* Eliminação na 1ª fase da Copa do Brasil;
* 13º colocado no Brasileiro da Série B;
* 3º colocado na Copa SC;
* Avaí Kindermann na 10ª posição no Brasileiro Feminino.
Ano em que começou a “pingar” o dinheiro da Liga Forte União, e
estranhamente, o Avaí começou a afundar financeiramente, agravando uma situação
que havia sido amenizada no ano anterior.
2024 – BDA nº 5.580 – 12/09/2025
No ano passado, outra parte do “din-din” Liga Forte União, e por
incrível que possa parecer, o Avaí chegou ao patamar de R$ 197 milhões de
dívida, já com dificuldades em cumprir com salários e obrigações. Vejamos:
* 3º colocado no Campeonato Catarinense;
* Sem participação na Copa do Brasil;
* 11º colocado no Brasileiro da Série B;
* Sem participação na Copa SC;
* Avaí Kindermann na 15ª posição no Brasileiro Feminino, rebaixado.
Situação caótica, que forçou a direção a apresentar peça orçamentária
para 2025 com um déficit de quase R$ 50 milhões...
2025
O ano em curso, ao menos esportivamente, pode ser considerado o melhor
da atual gestão, ao menos pelos resultados em campo, e como coloquei reiteradas
vezes, foi o ano em que montaram um time minimamente competitivo, o melhor em
quatro anos. Confira:
* Campeão no Campeonato Catarinense;
* Sem participação na Copa do Brasil;
* 9º colocado no Brasileiro da Série B;
* Participação na Copa SC;
* Avaí Kindermann na 7ª posição do Grupo B no Brasileiro Feminino A2;
* Avai Kindermann eliminado na 3ª fase da Copa do Brasil;
* Conquistas na Copa SC Sub-12 e Sub-14;
* Conquistas no Catarinense Sub-15 e Sub-17;
* Conquista do Brasileiro Série B Sub-20.
Poderia ser um ano com muita coisa pra comemorar, não fosse esses
abusivos atrasos salarias, no Sul da Ilha e em Caçador, levando as equipes a
analisarem o vexatório WO...
COXA CAMPEÃO
Se acertei no campeão e no vice, Coritiba e Athletico
Paranaense, errei feio nos demais integrantes do G4, quando Criciúma e Goiás
perderam seus jogos e deixaram o caminho livre para Chapecoense e Remo.
Os então terceiro e quarto colocados não confirmaram,
e aqueles que estavam na fila, quinto e sexto, não se fizeram de rogados e
assumiram o cobiçado G4, assegurando a participação na elite do futebol
brasileiro em 2026.
Aliás, por oportuno, Coxa tricampeão do Brasileiro
da Série B: 2007, 2010 e 2025, sem contar o Brasileirão de 1985...
BICAMPEÃO
Paranaense de Curitiba, Mozart Santos Batista
Júnior, técnico do Coxa, pelo segundo ano consecutivo, termina o Brasileiro da
Série B com a faixa de campeão, ele que ano passado levou o Mirassol para a
elite do nosso futebol.
Ainda que tivesse perdido a oportunidade de ser
campeão em casa na semana passada contra o Athletic, em nada muda o excelente
trabalho feito por Mozart, que lembro bem, foi escorraçado pela mídia de
Chapecó quando dirigia a Chape em 2021...
Parabéns, bicampeão!
IRONIA
Ao fim do primeiro tempo com os jogos de ontem, o
cobiçado G4 teria dois clubes do Paraná e dois de Santa Catarina, com Goiás em
quinto, com 61 pontos ganhos, e Remo em sexto, com 59.
Coritiba, Athletico e Chapecoense mantiveram a
performance do primeiro tempo e asseguraram a vaga, enquanto que o Criciúma
perdeu em Cuiabá, ficando por um ponto, e o Goiás permitiu a virada do Remo.
Ironia maior está no fato de que, quinto e sexto,
com um ponto a menos que o Remo, tem uma vitória a mais que o time paraense. O empate
servia para o Criciúma, mas perdeu, e com a derrota em Cuiabá, o empate era
suficiente para o Goiás, que perdeu de virada para o Remo...
VITÓRIA DA SERIEDADE
Nos resultados de ontem, se alguma coisa me deixou
satisfeito foi a vitória pessoal de Gilmar Dal Pozzo, que ano passado foi
boicotado no Sul da Ilha por aqueles “entendidos”...
Por muito pouco, em plena Ressacada, Dal Pozzo não
roubou o título de campeão Catarinense do Avaí neste ano, mas no Brasileiro da
Série B, com uma folha menor que a do Sul da Ilha e um elenco mais enxuto, levou
a Chapecoense para a elite do futebol brasileiro.
Parabéns, Dal Pozzo!
EMPATE NORMAL
Com um time absolutamente mexido, principalmente
no meio de campo e ataque, diria que o empate de ontem à tarde em Ribeirão Preto,
acabou saindo no lucro para o Avaí, que terminou a competição na 9ª colocação.
Sem Zé Ricardo e JP no meio, e Thayllon e Emerson
Ramon no ataque, faltou armação de jogadas para o time do Avaí, e o resultado
acabou sendo bom até mesmo para o mandante, que conseguiu a permanência no
Brasileiro da Série B. A Ferroviária foi a última equipe rebaixada.
Ponto positivo para o técnico Vinicius Bergantin, que
termina a competição invicto após a vitória na 31ª rodada, 3 a 0 no Volta Redonda,
com quatro vitórias e quatro empates.
Vida que segue...
Saudações AvAiAnAs!










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