O que seria da história do Avaí sem nortistas, nordestinos, negros, migrantes de outros estados e países, das mais variadas origens? by MEMÓRIA AVAIANA
O primeiro presidente era carioca. O segundo, gaúcho. O maior artilheiro estrangeiro é um negro colombiano, que recentemente ultrapassou um alemão imigrante. Dos cinco maiores artilheiros da Ressacada, três são negros, incluindo o baiano Dão. O talento do manauara Hélton ajudou a construir os títulos de 1997 e 1998. O paraense Lima fez gol na final de 2009. O maestro de 2012 foi um negro nordestino de Pernambuco, mesma origem de Bebeto do Créu. Da inteligência do baiano Péricles Chamusca nasceram as estratégias do título de 2010. Os irmãos Luan e Renan vieram de Ariquemes-RO.
A raça de Ferdinando nasceu em Grajaú, no Maranhão. Do pé de um cearense de Itapipoca, Samuel, veio o passe para o gol mil nos clássicos. De São Luís vieram o mágico meia Válber e o zagueiro Pablo. O cearense Héracles quase teve uma perna amputada defendendo as cores do Avaí. O paraense Gabriel Lima foi campeão em 2019, mesmo ano em que o paraibano João Paulo foi o craque da competição. Os alagoanos Getúlio e Renato já fizeram o gol do acesso. Os baianos Vladimir e Batista conquistaram título e acesso.
Dos estados do Norte e Nordeste vieram gente como Rodrigo Galo, Carlinhos, Rivaldo, Mazinho Lima, Judson, Raniele, Diego Renan, Anderson Lopes e tantos outros.
Desde a sua fundação, o Avaí foi uma “sociedade composta de elementos de todas as classes sociais e onde o filho de uma família ilustre não se peja em ombrear-se em camaradagem com o simples jornaleiro ou o modesto operário”, em “demonstração de que no esporte nada valem as seleções de cores e posições sociais” (Discurso de Ildefonso Juvenal, 1926).
Num país sul-americano em que pessoas se julgam brancas e superiores, os crimes de racismo e xenofobia desnudam a ignorância (ou burrice) histórica e cultural de quem acredita pertencer a uma suposta elite, mas que não passa de uma classe média atrasada, de cabelo desesperadamente pintado de amarelo, presa a uma hierarquia social falida, que mobiliza discursos de ódio e naturaliza desprezos e humilhações cotidianas.
Não fala por nós. Não em nosso nome.
A raça de Ferdinando nasceu em Grajaú, no Maranhão. Do pé de um cearense de Itapipoca, Samuel, veio o passe para o gol mil nos clássicos. De São Luís vieram o mágico meia Válber e o zagueiro Pablo. O cearense Héracles quase teve uma perna amputada defendendo as cores do Avaí. O paraense Gabriel Lima foi campeão em 2019, mesmo ano em que o paraibano João Paulo foi o craque da competição. Os alagoanos Getúlio e Renato já fizeram o gol do acesso. Os baianos Vladimir e Batista conquistaram título e acesso.
Dos estados do Norte e Nordeste vieram gente como Rodrigo Galo, Carlinhos, Rivaldo, Mazinho Lima, Judson, Raniele, Diego Renan, Anderson Lopes e tantos outros.
Desde a sua fundação, o Avaí foi uma “sociedade composta de elementos de todas as classes sociais e onde o filho de uma família ilustre não se peja em ombrear-se em camaradagem com o simples jornaleiro ou o modesto operário”, em “demonstração de que no esporte nada valem as seleções de cores e posições sociais” (Discurso de Ildefonso Juvenal, 1926).
Num país sul-americano em que pessoas se julgam brancas e superiores, os crimes de racismo e xenofobia desnudam a ignorância (ou burrice) histórica e cultural de quem acredita pertencer a uma suposta elite, mas que não passa de uma classe média atrasada, de cabelo desesperadamente pintado de amarelo, presa a uma hierarquia social falida, que mobiliza discursos de ódio e naturaliza desprezos e humilhações cotidianas.
Não fala por nós. Não em nosso nome.







O que se fala não vem do nada, é apenas algo que já está ali dentro de alguma maneira.
E sem nos esquecermos que quando temos mandatários extremistas, preconceituosos e xenofóbicos, as pessoas se sentem autorizadas a expressar também seus seus extremismos, seus preconceitos e xenofobia.
"O prefeito não quer vocês aqui", disse ela com todo orgulho.
Esse tipo de gente não representa a nação Avaiana tão pou eu
Entre os operários quê fizeram parte da construção do estádio aderbal Ramos da Silva, com certeza tinham estrangeiros com as mãos de calos na obra.
Perfeito. Mais um ótimo texto do Memória Avaiana.
Além da diretoria ter prejudicado a imagem do nosso Avaí o ano inteiro com a questão dos salários atrasados, agora temos mais esse prejuízo, que é muito mais vergonhoso.
Esse sentimento de superioridade que alguns indivíduos daqui de SC cultivam é lamentável. Uma coisa é valorizar sua própria cultura, outra coisa completamente diferente é menosprezar pessoas de outras regiões. Sem contar a questão do racismo que é totalmente inaceitável.
E tem outra, muita gente acha que em um estádio de futebol vale qualquer coisa. Sob o pretexto de responder provocações ou intimidar adversários, se comportam de forma agressiva e mesmo violenta. Até a maneira de cobrar os jogadores da própria equipe muitas vezes é totalmente desrespeitosa, como se os atletas não fossem pais de família.
Antes de sermos torcedores somos seres humanos. O respeito deve sempre ser praticado.
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