Bom dia, Azurras - nº 5.690

ZÉ RICARDO, O CARA

Numa época de transição nebulosa, de transação obscura, surge nas redes sociais do Avaí, extraída do treino de sábado, uma imagem para mudar, ainda que momentaneamente, o nível de animosidade do torcedor avaiano.

 

Sim, a foto de Zé Ricardo, uma unanimidade no time da atual temporada, que segue com contrato em vigor com o clube, e pelo que temos acompanhado, seguirá no Sul da Ilha, ele que foi titular absoluto durante esse ano e que era um desejo de todo torcedor para que estivesse na equipe de 2026, que sabemos, será ano dos mais difíceis.

 

Zé Ricardo é aquele jogador sempre comprometido com o clube, cumpridor de suas funções, sem estrelismo, bom jogador, com a raça que a torcida quer para defender as cores do Leão da Ilha, nossa veia de esperança para o que está por vir.

 

Se o período vivido no Sul da Ilha é tenso, pelas razões que todos conhecem, não há dúvidas de que a manutenção de Zé Ricardo é um acerto gigante da diretoria que assume no dia primeiro de janeiro, até porque, mesmo com contrato em vigor, o atleta tem mercado e outros já deram adeus ao clube com rescisão indireta.

 

TUDO ACERTADO

A tal carta que comentamos ontem, do investidor Mike Melby, deixou transparecer, como muitos afirmaram, de que já existia um acordo para a implementação imediata de capital, que culminaria com a venda do futebol avaiano para a SAF.

 

“A disposição e a capacidade do Investidor de prosseguir com o investimento proposto e de alocar recursos para eventual financiamento interino...”, ou seja, o acordo inicial implicava num pequeno “adiantamento” de milhão de dólares para tirar o clube desse caos financeiro causado pelos próprios dirigentes avaianos, todos...

 

Por isso a celeridade nos atos: apresentação de orçamento ao Conselho Deliberativo, na semana seguinte reunião extraordinária do CD e na mesma semana, Assembleia Geral...

 

Agora, pelos desdobramentos, o impasse, a tensão...

 

CLAVE 2

Um atento torcedor, diante dos fatos ocorridos nesse período festivo de Natal e passagem de ano, fez uma observação que não pode ser ignorada. Esse negócio com a Sunday Ventures, de Mike Melby, está sendo feito nos mesmos moldes do que fizeram “doladelá”, com a tal Clave, ou seja, estamos montando a “Clave 2”...

 

E o raciocínio é simples. Conseguido o novo CNPJ do Avaí, viria o primeiro aporte financeiro, apenas para oxigenar o ambiente, até que haja a venda definitiva. Se nos passos seguintes, houvesse algum percalço, aquele que é potencial investidor passaria a ser mais um credor...

 

Lá, o negócio esbarrou na liberação dos imóveis, fato público. Qualquer semelhança com o que ocorre no time do Canto é mera coincidência... Ou não!

 

QUAL A SOLUÇÃO?

Alguns torcedores, notadamente aqueles que apoiaram a chapa vencedora na eleição, tem perguntado com constância, “se não transformar em SAF, qual a solução?”, como questionaram neste fim de semana o ilustre aposentado do BESC, bem como o amigo da mansão azul da Barra da Lagoa...

 

Em primeiro lugar, o grande pulo do gato está em não gastar mais do que os R$ 40 milhões que o Avaí arrecada anualmente...

 

Em segundo lugar, de forma alguma permitir, como a “tropa de choque” do CD permitiu, aprovar um orçamento com quase R$ 50 milhões de rombo...

 

O resto, meus caros, é arregaçar as mangas e renegociar esse rombo “fabricado” nos últimos anos, que é equivalente a outra Recuperação Judicial...

 

TEMPO E DINHEIRO

Já comentei aqui, a proposta que bateu à porta da Ressacada, dito pelos próprios dirigentes em entrevistas na mídia esportiva, é de US$ 50 milhões, que serão investidos por seis anos, ou seja, R$ 270 milhões, o equivalente a R$ 3.750.000,00 mensais, que somados ao que o clube arrecada anualmente, de maneira alguma muda o patamar do Avaí Futebol Clube.

 

Além disso, diga-se de passagem, o Avaí se comprometeu para os próximos 12 anos, o primeiro quase completo, com o pagamento da Recuperação Judicial, além de estar próximo do fechamento da Transação Tributária, por igual período. O dinheiro é esse que ali está, mas o tempo de obrigações a serem cumpridas é exatamente o dobro do período de investimentos...

 

A SAF só é solução para alguns oportunistas, além de não ser garantia de absolutamente nada.

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!