Bom dia, Azurras!

Triste rotina

Fui ao jogo mais por gostar de futebol, por ser avaiano, do que propriamente em função do "bom" time do Avaí. Sem saber da escalação, acabei surpreendido com Dinelson e Caíque como titular. Não há condições!

Mesmo assim, com os dois jogadores citados não fazendo uma boa partida, o Avaí encarou o Vasco da Gama como deveria, e até poderia ter aberto o placar, não fosse o péssimo aproveitamento de alguns e a falta de convicção de outros, como no caso de Cleverson, que teve duas chances claras para inaugurar o placar e economizou disposição.

Como de costume, numa amarga rotina de quando o Avaí está bem nas partidas, o Vasco da Gama chegou ao seu gol na metade do primeiro tempo, com Diego Souza, que aproveitou uma falha na marcação de Dirceu e entrou sozinho na cara do gol de Felipe para fazer 1 a 0, apesar do maior volume de jogo do Leão.

Para o segundo tempo, Gallo tentou corrigir seus erros na escalação inicial, sacando Dinelson e Caíque do time para colocar Robinho e Wiliam em seus lugares.

O Avaí até tentou, mas não conseguiu empatar. Enquanto isso, o Vasco da Gama, comandado pelo excelente e inesgotável Juninho, fazia o tempo passar com um bom toque de bola. E outra vez, quando o jogo estava equilibrado, foi o time carioca que chegou ao gol.

Em cobrança de escanteio, Dedé tentou de cabeça e não conseguiu, mas o lateral avaiano Daniel tratou de amortecer a bola para o zagueiro convocado para a Seleção Brasileira empurrar para a rede. 2 a 0.

Para completar o final trágico de mais uma derrota, Robinho conseguiu ser expulso com menos de 30 minutos em campo, o que facilitou ainda mais o jogo para o Vasco da Gama, levando sua torcida a gritar "olé" durante um bom tempo em plena Ressacada.

Ninguém merece!

Ken é o cara

Num time sem talento, sem estrelas, sem disposição, sem raça, é preciso enaltecer o futebol de Pedro Ken. O camisa 20 honrou a camisa do Leão com uma boa atuação, sendo o único jogador lúcido e que procurou o jogo.

Além dele, outra vez Felipe fez uma boa partida, não podendo ser creditado a ele nenhum dos gols que tomou.

Na zaga, Gustavo Bastos foi melhor que Dirceu, sempre inseguro. Aliás, já escrevi por aqui: com tantos zagueiros contratados, bem que poderíamos ter ficado só com Emerson. E se não quisessem pagar muito, não deveriam ter emprestado Juninho e Cleyton. Eram da base e jogam mais dos que os zagueiros que atuaram hoje.

Nas alas, nem vou comentar. Não jogaram. Nenhum dos três. Daniel, para completar, entregou o segundo gol vascaíno e já conquistou a ira da torcida.

Bruno também fez boa partida. Melhorou seu futebol, está mais seguro e não comete faltas desnecessárias. Tem se torando um jogador importante para o Avaí.

No meio de campo, Cleverson está devendo. Caiu de produção assustadoramente. Não consigo enteder esse tipo de coisa. E no ataque, por mais nomes que apareçam, é William e Rafael Coelho.

Hora de refletir e agir

É dolorido ver o time durante 17 rodadas na zona do rebaixamento. A questão do Avaí já não é somente matemática. É técnica. Escrevi ontem que ainda temos boas chances. E temos.

Porém, durante essas 17 rodadas do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, não encontramos nosso time titular, nem mesmo um esquema de jogo. Para piorar a situação, temos jogadores com pouca qualidade técnica, o que nos leva a desacreditar num futuro melhor.

É certo que ainda temos Lincoln para estrear. Mas quem vai resolver nossos problemas na defesa? Welton Felipe? Dirceu? E nas alas? Daniel? Romano? Arlan? Pará?

A torcida pediu a saída de Gallo. Confesso que não sei se seria oportuno. Porém, se ele sair, também gostaria de ver fora do Avaí os responsáveis por essas contratações, que fizeram o Leão virar piada nacional. 

Se continuarmos nesse ritmo, o destino é um só. O que queremos?

Lamentável

A consequencia de tanto desatino da diretoria avaiana refletiu na nossa torcida e ontem foi um exemplo emblemático. Os vascaínos tomaram conta. É verdade, não foram superiores em número de público. Ainda somos maioria. Porem, o grito que ecoou na Ressacada foi dos cariocas.

Quem esvaziou a Ressacada?

Sobrou

Não cosigo definir exatamente o turbilhão de emoções que tomou conta do torcedor avaiano, que saiu do estádio mais cedo, quieto, sem qualquer reação de explosão contrária ao time, técnico e diretoria.

No fundo, todos sabem que de pouco adiantará contestar, esbravejar. Nosso time é limitado e as derrotas estão se sucedendo. No fundo, a ausência de uma reação mais efetiva por parte da torcida, traduz a tristeza, a vergonha e a decepção que todos nós estamos sentindo.

Acorda, Avaí!


Saudações AvAiAnAs!