Dossiê Avaí - as presumíveis razões de nossa queda (8)
Após uma semana expondo algumas razões que achei pertinentes, que
contribuiram direta ou indiretamente para nossa queda, junto tudo,
encerro e aponto como um dos principais responsáveis pela nosa queda o
Conselho Deliberativo do Avaí Futebol Clube, por omissão. Antes que
algum desavisado ache que estou mudando o foco, afirmo que cabe ao
presidente Zunino, sim, a fatia maior de toda essa situação pela qual
passamos. Isso é inegável, uma vez que ele detém a responsabilidade do
cargo.
Não sejamos levianos e infantis a ponto de achar que o apontamento de
diversas coisas inocente o mandatário máximo do clube. Não, a
responsabilidade dele é evidente. Eu, como o apoiei diversas vezes,
assumindo uma conduta que foi de encontro a muitos donos da verdade,
estou muito tranquilo agora para adotar essa postura. Se tem algo que eu
não me movo é por interesses e se tem uma coisa que não sofro é de
omissão.
Dessa forma, apontei as suas devidas responsabilidades em cada página desse lamento que resolvi denominar de dossiê ao
longo da semana. Porém, o Conselho Deliberativo poderia se antecipar a
muita coisa e intervir, como lhe é assegurado pelas normas vigentes, ao
perceber que as coisas iam tomando o rumo que tomaram. Não o fez.
Que não se esperasse alguma atitude dos torcedores. De alguma torcida
organizada. Nem dos blogueiros e das redes sociais. Tampouco de algum ou
outro jogador, de qualquer diretor que se ache mais avaiano, sei lá.
Dos sócios ou de alguma assembléia geral. De alguém mais inconformado.
Não, ninguém mais teria competência para isso a não ser o Conselho
Deliberativo do Avaí. E não se sabe se por leniência, má vontade ou
algum interesse mórbido, obscuros e inconsequente ele não agiu.
Calou-se. Omitiu-se.
Conselho Deliberativo, em qualquer entidade, tem um caráter
fiscalizador e inquisidor. Ele define quais ações da Diretoria Executiva
são interessantes e quais as que darão uma ré estrondosa. E delibera,
ou seja, de acordo com o Estatuto em voga na entidade, dá as cartas e
aprova ou não o que lhe cair às mãos. Ele é quem determina quais são as
linhas de ação a serem conduzidas pela administração.
Segundo o Novo Código Civil (Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, já
alterada pela Lei nº 11.127 de 28 de junho de 2005), o Conselho
Deliberativo, em qualquer lugar, é um órgão formado por pessoas com
grande conhecimento e experiência na área de atuação da associação. Elas
geralmente trazem boas ideias de como conduzir suas atividades. A
existência ou não do Conselho Deliberativo é facultativa. Porém, quando
existe, é para fazer jus às suas prerrogativas.
Em clubes de futebol, os conselheiros possuem ainda um papel
preponderante, qual seja ser a voz dos sócios e principalmente da
torcida. Por isso, um Conselho tem que ser participativo e atuante. Deve
estar antenado com o andamento das competições nas quais o time
participa e com que medidas administrativas a direção manterá as
campanhas e o desempenho. Ele existe para isso. Não pode ser preguiçoso.
Não pode nadar nas benfeitorias de alguns diretores executivos. Tem que
ser isento o suficiente para apontar, agir e deliberar sobre esses
assuntos.
O Conselho Deliberativo de um clube de futebol tem que dar a cara a tapa
e não ser mero conjunto de vaquinhas de presépio. Quando a barca
estiver afundando, ele deve se fazer presente. Nunca ficará à margem,
pois como já afirmei diversas vezes, quando se ganha, ganham todos,
quando se perde, perdem todos, diretoria, conselho, torcedores e
jogadores.
Era preciso deliberar sobre as mensalidades, as relações da ex-parceria e
o contrato inflacionado de jogadores, a presença de Gabriel Zunino no
Avaí, as inserções do marketing e as disponibilidades dos produtos
licenciados, as supostas dívidas do Avaí com o presidente, o atraso de
salários, o vazamento de informações e o planejamento para 2012. Se os
itens passavam ou não pelas prerrogativas do Conselho, ao menos que se
prestasse algum esclarecimento à torcida. Quanto mais as fumaças têm
cheiro, mais impregnados ficam nossos narizes.
Para encerrar, quero dizer que no ano de 2012 muita coisa deverá ser
revista. Mas que não se deixe para janeiro as iniciativas que precisamos
para resgatar nossa dignidade. Deverá ser agora, deveria ser
para ontem. Não importa quem esteja à frente do Avaí, até porque nomes
são meras formalidades, desde que se tenha postura e atitude de
dirigente de futebol. As vaidades e interesses pessoais tem a obrigação
de serem expurgadas da Ressacada. Está em jogo a história e a
tradição de um dos clubes mais tradicionais de SC e que poderia, se não
fossem feitos tantos erros grosseiros, um dos grandes do futebol
nacional. Vamos começar do começo, com o pé direito. Esse é o meu apelo.
Concordo muitíssimo com esse post. Excluindo Kk De Paula, que sempre é voto vencido (e se tiver mais algum que, por favor, se exclua sozinho do meu comentário)... todo o conselho do Avaí é um fantoche. E toda a inutilidade do que esse conselho leva em pauta para discutir nas suas reuniões é de interesse da presidência, já com o resultado pré-concebido. Agora também não posso deixar de dizer, que conselheiros que não concordam com essa submissão e se dizem contra isso e aquilo que vem do clube, mas não comparecem as reuniões... para mim estão na mesma balança... bem juntinhos com os fantoches, pois eles também, por omissão, permitem todo esse circo.
Larissa, minha linda, to sds de tu. Calma! Conselheiro que só vai ao clube em dia de grandes jogos e ainda quer privilégios, alem de não ser conselheiro, não é Avaiano.
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2 Comentários:
Concordo muitíssimo com esse post. Excluindo Kk De Paula, que sempre é voto vencido (e se tiver mais algum que, por favor, se exclua sozinho do meu comentário)... todo o conselho do Avaí é um fantoche. E toda a inutilidade do que esse conselho leva em pauta para discutir nas suas reuniões é de interesse da presidência, já com o resultado pré-concebido.
Agora também não posso deixar de dizer, que conselheiros que não concordam com essa submissão e se dizem contra isso e aquilo que vem do clube, mas não comparecem as reuniões... para mim estão na mesma balança... bem juntinhos com os fantoches, pois eles também, por omissão, permitem todo esse circo.
Larissa, minha linda, to sds de tu. Calma! Conselheiro que só vai ao clube em dia de grandes jogos e ainda quer privilégios, alem de não ser conselheiro, não é Avaiano.
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