As razões do pouco público na Ressacada, segundo Zunino

"Todos os jogos do Avaí são televisionados. O nosso pay per view, em Florianópolis, cresceu demais por causa de Avaí e Figueirense. Nós temos hoje mais de 22 mil pay per view por conta do Estadual. Para o Estadual. Porque pode ter pay per view que colocaram só para o Brasileiro. Segundo, televisão aberta que ainda tem. Terceiro, saturação do futebol que nós já conversamos. Quarto, horário de jogos que tem que obedecer à televisão e eu não reclamo não. Eu acho isso uma coisa muito boa. Eu não estou criticando, estou só listando. A quinta coisa que tem para o nosso clube aqui, o Avaí, vocês sabem disso, é um fato real. Sabe quanto que nós pagamos para o policiamento vir nesse último jogo aqui? Aproximadamente R$ 8 mil para a polícia. Sabe por que que tem isso tudo? Vieram 300 policiais para cá. Não é porque aqui tem gente mais perigosa. Só tem uma via para chegar aqui. Isso é um inferno. É a mesma razão que eles colocaram 300 homens aqui para cuidar do Clássico. Eles dizem que têm que botar gente duas horas antes e duas horas depois que terminar o jogo. São seis horas de homens da polícia. Como eles cobram por hora de trabalho, sai praticamente R$ 8 mil. Porque para chegar aqui o torcedor tem que chegar muito cedo e demora para sair. Leva duas horas para esvaziar um pingo de gente de 10 mil pessoas. Para mim, um pingo de gente. E leva duas horas. Essa é uma das grandes dificuldades da presença de público aqui na Ressacada." (Parte da entrevista concedida por João Nilson Zunino, publicada no Infoesporte no dia 21/02/2012)

Nota do Blogueiro: Não vou tirar as razões do presidente do Avaí Futebol Clube, em que pese não concordar com parte de suas argumentações. Ocorre que, após ter feito a melhor campanha de um clube Catarinense na história dos Campeonatos Brasileiros em 2009, o mesmo presidente que está elecando as razões para o esvaziamento do estádio da Ressacada, comandou uma avalanche de medidas equivocadas para com seu torcedor. Trocando em miúdos: traiu o torcedor avaiano com preços elevados de ingressos e mensalidades nos dois anos subsequentes, 2010 e 2011.

Portanto, após o rebaixamento do Avaí para a Série B, pela má administração e equívocos coordenados por esse mesmo presidente, se quiserem ver a Ressacada cheia outra vez, há que se começar por um time competitivo, com resultados dentro de campo, e com uma boa campanha de marketing nas ruas.

Até agora, apesar de alguns esforços, tudo está numa fase relativamente embrionária. O torcedor avaiano começa a acreditar no time, aos poucos, assim como pretende voltar ao estádio de onde foi expulso. É dar tempo ao tempo, economizar no latim e deixar essas entrevistas direcionadas na gaveta.