segunda-feira, 2 de março de 2015

PENSAR O JOGO, by Roberto Costa

Os homens do Avaí, especialmente Geninho, mais uma vez não pensaram o jogo. E pensar o jogo, no sentido a que me refiro não é apenas estudar as estratégias a serem desenvolvidas com a bola, ou a escolha do sistema a ser empregado. Pensar o jogo, e admira-me que Geninho não pratique esse pensar, é desenvolver proteções, cautelas para enfrentar um adversário já  fartamente conhecido por seus métodos paralelos, por suas manhas, por seus recursos apartados da noção do puro futebol.

Em resumo, pensar o jogo seria Geninho na véspera reunir-se com todo o plantel para uma palestra, abrir os olhos da turma, falar das provocações que inevitavelmente ocorreriam e orientar, ele que é puta velha no jogo da bola, cada um sobre a melhor maneira de não se deixar levar pela conhecida manha. Mas Geninho parece que passa batido, sequer preocupou-se com isso, mesmo sabendo que Marquinhos foi punido excessivamente por dez jogos, por ter aceito provocação em clássico anterior. 

Escrevi, dias atrás, que Marquinhos deveria fazer-se de vítima, rolar de dor no chão quando agredido, tocado, empurrado, fazer-se de vítima, mas nunca reagir, pra não dar ao árbitro a oportunidade do cartão; não só Marquinhos, mas todos devem agir assim. Essa era talvez a mensagem mais importante que Geninho poderia passar a seus comandados para o jogo de ontem, e para outros jogos à frente, mas Geninho não se tocou ainda de pensar os jogos.

Por outro lado, eles pensaram o jogo, arquitetaram a expulsão. Foi de doer a facilidade com que conseguiram a reação boba de Anderson Lopes a uma provocação de jogador de menor importância (boi de piranha) escolhido para tal atitude. É claro que o temiam, depois dos belos jogos e gols que vem fazendo. 

Anderson Lopes está no meio do bolo de jogadores sem nada fazer e o lateral adversário estica o braço e toca-o nas costelas, as imagens gravadas foram claras, Anderson Lopes retruca com um pequeno empurrão, e o árbitro FIFA, eu disse FIFA, raciocinando rápido, exagera na dose e expulsa os dois, sabendo que prejudicava mais o Avaí, que ficou sem atleta de maior importância, quando o amarelo era o cartão de escolha adequada, por conta de dois inconsequentes empurrões. A rigor, ninguém precisava ser expulso, os fatos não justificaram nenhuma expulsão, mas o senhor FIFA inteligentemente, ... bom, deixa pra lá...

É estranho que este senhor Sandro, da FIFA, até os 25 minutos do primeiro tempo tenha assistido o time barbie matar todas as saídas de bola do Avaí, marcando as faltas, que eram claras, mas sem aplicar cartões, até que ocorreu aquela sobre Marquinhos, grosseira, à qual Marquinhos não reagiu, mas que originou todo o problema, porque ele, Sandro, retardou a apresentação do cartão ao jogador barbie. Um teatrinho perfeito se armou no centro do gramado, que poderia não nos ter acarretado prejuízos, se nossos jogadores tivessem sido bem orientados para não reagir à malandragem do adversário.

O imbróglio das expulsões durou no mínimo cinco minutos e alguns jogadores barbies algumas vezes sentaram-se sobre o gramado, interrompendo o jogo, quando o Avaí perdia por um a zero. Sua alteza  deu 2 minutos de acréscimo no primeiro tempo. E com toda a cera do adversário, comeu-nos um escanteio no final. E pensar que no nacional vamos ter seis jogos com arbitragem catarinense.

Muitos avaianos entendem ter havido impedimento no lançamento da bola para Clayton, na origem do gol barbie. Tive também essa impressão, queria ver o lance gravado, com calma, mas o clube do cantinho providenciou as imagens do gol de maneira a deixar o momento do lançamento de fora, o que é sintomático. Eles realmente, à sua maneira, pensam o jogo.

Argel não gostou do gramado. No próximo clássico vamos providenciar outro sabor.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Jamira Furlani

6 Comentários:

Anônimo disse...

"vamos providenciar outro sabor."
Hahahahahahahahahahaha!
Genial!

Eduardo Alves

Anônimo disse...

Roberto Costa (O Nosso) essa foi brilhante... kkk

Saudações Azurras

Anônimo disse...

QUE JOGO HORRIVEL, 2 TIMES COM MEDO DE VENCER, E O PIOR, O JUIZ E O CLASSICO HOMEM CBF: 20 MINUTOS PARA CADA LADO DE BOLA, O RESTANTE E BOLA PARADA E LENGA LENGA, NEM ACRESCIMO EXISTE. MUITO FRACO. E OS COMENTARISTAS ELOGIARAM. NOSSO FUTEBOL LEVA DE 7 POR ESSAS E POR OUTRAS, VERGONHA. DAVA SONO !!!!!!!!!!!

André Tarnowsky Filho disse...

Anônimo 2,

Achei o Ricci muito tedencioso, mas o jogo anão foi tão ruim assim. Estás muito exigente!

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