quinta-feira, 28 de maio de 2015

OS TIMES DO BRASILEIRÃO, by Ney L. Félix

André,

Podridão na FIFA, na CBF e no time do Estreito à parte, gostaria de tecer alguns comentários sobre a qualidade dos times do Brasileirão.

Assistindo ontem pela SporTV ao jogo entre Cruzeiro x River, fiquei me perguntando qual a qualidade deste time do Cruzeiro, que todos os comentaristas do Brasil o colocam ou colocavam, como favorito ao título junto com o Internacional este, mais uma vez...

Analisando jogador por jogador vi uma dupla de zaga formada por um péssimo Bruno Rodrigo e um botocudo Manoel, nenhuma qualidade acima dos zagueiros que temos. Um lateral esquerdo chamado Mena que de tão ruim, se jogasse no nosso time estaríamos pedindo a titularidade do Eltinho. O homem não ataque nem defende com qualidade. Uma dupla de volantes formada pelo rodado William e pelo doladelá Henrique, jogadores Avon que não trocaria de jeito algum pelo nosso Renan. Um meia argentino, se não me engano, Arrascaeta, que lembrou-me muito o Renan Oliveira pela sonolência e improdutividade em campo e um trio de atacantes formado pelo bonde do Leandro Damião, que só tromba, Marquinho que foi dispensado pelo Flamengo por insuficiência técnica e o bom, mas nada excepcional Willian, também com passagem pelo Estreito.

Daí me perguntei, qual o craque deste time?

Por que são apontados como favoritos ao título? Seria pela camisa, pela força da imprensa esportiva Mineira ou pela possibilidade de supostos novos investimentos no decorrer do campeonato?

Olha, sinceramente não vi nada demais e cheguei a conclusão que está faltando ao futebol catarinense é acreditar que podem mais, falta querer mais, falta perder o espírito de vira latas, de coitados e principalmente deixar para trás a pecha de time pequeno no Brasileirão.

Flamengo, Cruzeiro, Vasco, Palmeiras, Grêmio, Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Sport, Fluminense, Corinthians, em desmonte e endividado, São Paulo, em crise eterna de identidade e Ponte Preta não podem mais nos causar temor a ponto de jogarmos contra eles com um atrás e dez recuados. Temos que ambicionar mais, arriscar mais, jogar mais sem medo de ser feliz.

Os grandes times do futebol Brasileiro ficaram para trás, fazem parte do passado, sendo assim, a camisa não pode e nem deve mais por si só ganhar jogo.

Ney Lúcio Félix

* Ney Lúcio Félix é associado do Avaí FC. Foto acima: site da CBNFoz

6 Comentários:

Anônimo disse...

Vou dar um pitaco, o futebol está podre, a corrupção está enraizada na Fifa, Comenbol e na maioria das Confederações, incluindo a CBF e federações como a FCF. O problema é a concepção, ela é uma entidade privada que trabalha por vezes com Governos, dinheiro público, como foi o caso da construção e estrutura da Copa do Mundo e torneios internacionais. Por trás de tudo isto, temos os empresários de futebol e gente que ganha dinheiro de maneiras sérias e não tão sérias, a grande maioria. As vezes o futebol é utilizado como lavagem de dinheiro, por exemplo, de narcotráfico, máfia, caixa2, etc. É aí que mora o perigo. Que tipo de sociedade o nosso co-irmão está fazendo e o que vai sair disto. O que temos haver com tudo é que existem manipulações de resultados dentro de campo, e condutas não condizentes com o esporte fora. Aqui em SC, tão quanto ter bons jogadores, é bom ter bons advogados ou "amigos". A estrutura está podre. É olhos vistos o que acontece por aqui, a insatisfação é total. É imprensa sem escrúpulos, saudades do tempo que tinhamos isenção, sem caixinhas e motoboy, Tribunais corrompidos por gente que deveria decidir segundo as regras e não pelo fato de ser do time A ou B. E fora isto, ainda temos nossos dirigentes de federação, que favorecem A ou B com arbitragem. Dou um exemplo, o Célio Amorim ser escalado na Copa do Brasil foi suspeito. Quem escalou, a FCF ou a CBF... no meu ponto de vista a Federação pra favorecer determinado time, já que todo mundo sabe que ele não teria condições de apitar um clássico como foi, pegado e nervoso. Resultado: 1º gol do Figueira foi falta no jogador do Avai, portanto, ilegal. Espero que no campeonato brasileiro se escalem os melhores e não quem o Vintão ou a FCF entenda, senão vira jogo de cartas marcadas. O Sandro até seria mais condizente, mas acho que já está viciado pelo meio, assim como o Alvinegro Heber. Um arbitro Fifa de fora seria melhor. Fernando Avaiano.

Unknown disse...

Futebol podre! "Não"! No cruzeiro apenas venderam os três craques do time de 2014 por alguns milhões de dólares.
Sobre ontem, foi o mesmo erro do 7x1 com a Alemanha; menosprezo ao adversário e pobreza tática irresponsável. O técnico posiciona o time, que se espalha em campo, abrindo os espaços para o adversário fazer a festa. Havia um buraco no meio campo do Cruzeiro, como já vimos tantos no Avaí, com quatro jogadores na frente (Arrascaeta de centro-avante!) e sete atrás, que ainda deixaram a zaga no mano... lembram do Bernard perdido no jogo da Alemanha?
Quanto ao Inter, com técnico estrangeiro, com jogadores não muito melhores, apesar de um Juan excepcional na zaga, o time estava fechado, mesmo em casa e tendo de ganhar, quanta diferença!!!

Anônimo disse...

Tem fundamento o texto do Ney L. Felix e também o comentário do Fernando Azevedo. Já não existem mais times grandes, como os que víamos algumas décadas atrás.
E os problemas levantados pelo Fernando acontecem porque os clubes respeitam demais, na verdade temem, os mandachuvas, e há também os que se acomodam, que preferem não se incomodar, não sei se me entendem. - Roberto Costa

André Tarnowsky Filho disse...

Fernando Avaiano,

Infelizmente, tuas colocações são pertinentes...

E pior é ver o Avaí naufragar nesse marasmo de coisas, sem que nenhum dirigente se imponha...

André Tarnowsky Filho disse...

Xará Rodrigues,

Concordo contigo, mas creio que logo no início, quando William chutou mal um ataque do Cruzeiro, que poderia abrir o placar, houve um misto de desânimo com tremedeira...

O Cruzeiro jogou muito mal!

Não assisti ao jogo do Inter...

André Tarnowsky Filho disse...

RC,

É verdade. Faz tempo que não aparecem times grandes, como os que víamos tempos atrás. Até o Flamengo, com aquela camisa branca, parecia uma equipe qualquer, sem contar no futebol...

Quanto aos dirigentes de clubes, tens razão, respeitam demais, ou temem, os mandachuvas, os cartolas de federações...

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