SEMENSATI E A AMBULÂNCIA, by Roberto Costa

Ontem à tarde, entrei no carro e liguei o rádio, Semensati já comentava o julgamento do Marquinhos, então peguei o bonde andando.

Mas pelo que pude deduzir da parte de seus comentários que consegui ouvir, alguém do Avaí parece ter reclamado aos aluguetes, por não terem enviado ao tribunal imagens comprometedoras dos implicados pelo lado do figão, só as do Avaí. Se assim ocorreu, é mais uma pisada na bola, homérica, dos nossos dirigentes, porque ainda não desconfiaram que os caras trabalham pro outro lado, e também porque não faz sentido e pega mal, esperar que terceiros vão cuidar (sem um agrado, sem um"rango") dos interesses do Leão. Santa inocência.

Semensati então espichou-se e deitou o verbo, dizendo que não cabe a eles, jornalistas, ocuparem-se dessa missão, no que está certo. A missão deles é informar, comentar, sempre com ética e isenção (rsrsrs), haja vista o caráter de concessão pública sob a qual trabalha a empresa que os emprega.

Tem memória curta esse paulistinha, ou faz de contas que esqueceu dos esforços movidos por Roberto Alves, espécie de rábula do jornalismo, pedindo de público e ao vivo ao TJD/SC celeridade na condenação de Bruno Silva e outro atleta Avaiano, por terem trocado dentro de campo meros empurrões entre si. O tribunal prontamente acatou a moção do homem da telinha e a pena saiu rapidinho e rendeu espantosos 5 jogos de suspensão a cada atleta. Também não era função do senhor rábula influir no andamento do processo, senhor Semensati, ele não era parte do processo e esse demérito só poderia suceder a este precário TJD/SC. O Semensati, como costuma dizer o Tarnowsky, faz-se de tolo pra andar de ambulância.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC