ENTRAMOS BOCEJANDO, by Roberto Costa
O gol que o Avaí tomou ontem, a apenas 36 segundos de jogo na Ressacada,
mexeu com o psicológico da equipe. Houve displicência na saída de bola,
entramos em campo bocejando.
Sem que ainda tivesse o
Avaí se recuperado do impacto do nocaute inicial, já o Grêmio, numa
cobrança de bela feitura de falta frontal à área, ampliou para dois a
zero.O que se complicara a segundos de jogo, ganhava foros de tragédia
antes de atingidos os dez minutos.
Ainda
não vi com a clareza das imagens da TV o pênalti reclamado pelo Avaí
sobre Eltinho, cujo lance o árbitro mandou seguir. Mas deu pra ver
durante todo o jogo, que buscou ser mais "simpático" ao time gaúcho, o
que ficou muito evidenciado nos últimos segundos, quando não deu uma
falta claríssima, empurrão violento sobre Anderson Lopes. Seria o último
lance do jogo, a bola seria alçada sobre a área do Grêmio, então sua
senhoria preferiu não correr riscos, também mandou seguir a jogada.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC.
É situação
ingrata para qualquer treinador dois gols tomados assim de forma tão
prematura, obriga a atitudes de afogadilho, a definir modificações do
sistema na base do improviso.
Mas feita a
primeira leitura do jogo, Gilson Kleina estabeleceu logo uma alteração,
colocou Pablo para fechar mais o meio de campo, o que trouxe alguma
estabilidade ao time. Mas o futebol do Avaí até os quarenta e cinco
minutos do primeiro tempo continuou sofrível.
Apenas
no segundo tempo o Leão conseguiu equilibrar as ações,
tendo em alguns momentos até predominado em campo, e poderia ter
chegado pelo menos ao empate no fim do jogo, se nosso velho problema de
definição no ataque tivesse sido resolvido. Tivemos pelo menos dois
lances de jogadores com bola dominada dentro da área, que preferiram
fazer o passe ao companheiro, desperdiçando essas oportunidades de gol. É
trabalho para o treinador "fazer" essas cabeças hesitantes, infundir
nelas a confiança para o chute, .
Ainda dentro
do nosso problema de definição na frente, é impossível deixar de
mencionar que André Lima segue sem encontrar seu futebol jogando no
Avaí. Encheu-se de brios depois do gol oportuno que fez contra o São
Paulo, mas na média está devendo. Participou de um lance esquisito
dentro da área gremista onde rechaçou a bola como se fora um zagueiro,
sinal de que está inseguro, sem "tempo" de bola. A dez minutos do
segundo tempo André Lima já havia completado tempo demais em campo, sem
produzir alguma coisa. Seria inteligente ter dado a William os trinta e
cinco minutos restantes, até porque, quem fez três gols, mesmo em
treino, está pedindo passagem, merecia ser prestigiado.
Acho
que Eduardo Neto fez muita falta e que Rômulo tem bola pra ser titular.
Juninho, ainda que tenha participado por pouco tempo do jogo, mostrou
qualidades, parece ter o que se pode chamar de um estilo racional,
consegue enfiar inteligentemente bolas no interior da área adversária.
Eltinho mostrou uma vez mais que do meio pra frente pode ser muito útil.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC.
Na verdade o técnico do Avaí se acovardou. Hoje em dia não tem tolo no futebol. E o técnico do Grêmio, sabendo que o Avaí quase nunca jogou com três zagueiros, que esta formação é para garantir uma postura mais marcadora, que Eduardo Neto estava fora, disse só uma coisa na preleção: pode ir pra cima deles. O Grêmio não tem time pra fazer 2 a 0 em qualquer outro do campeonato, mas diante de um time com medo, até a seleção da Samoa Ocidental goleia.
Aguiar,
Também vi assim...
Kleina foi do céu ao inferno num treino e ficou sem referência...
Pensou uma coisa e fez outra!
Carlos Avaiano
Os desfalques do Grêmio não foram sentidos, pois os dorminhocos resolveram o problema do Grêmio. Tem jogadas que não se pode perder de jeito nenhum, bola pro mato que é campeonato e vale três pontos.
Gostaria de saber o que houve com o Atlético Mineiro dos 4x0 no Avaí.
Joinville na zona vai lá, e perde por um placar minguado, e o Avaí na 11 colocação goleado em casa. Vai entender, talvez seja por isso que esse esporte é paixão nacional, sem previsão.
sempre havera um culpado..
Carlos Avaiano,
Pensei nisso hoje quando estava "ispiando" Galo x JEC. Se tivéssemos sido mais cautelosos, talvez o estrago fosse menor...
Damian,
Gosto do trabalho do Gilson Kleina, mas sábado entendo que ele tenha sido o maior culpado de tudo. Porém, Nino Paraíba e Denner, também tem suas parcelas de culpa...
Um detalhe interessante no jogo do murrinha contra o Corinthians, que parece ter passado despercebido por muita gente.
O árbitro do jogo deu um cartão amarelo para o lateral Cereceda.
Primeiro cartão, como se sabe, é considerado advertência e o segundo resulta em expulsão de campo.
Logo em seguida esse mesmo jogador cometeu outra falta desclassificante, o árbitro deu um pique em direção a ele, mas apenas o advertiu com firmeza, mas oralmente. Ou seja, cabia dar o segundo amarelo e em seguida o vermelho. O jogador saiu no lucro.
Depois, o árbitro cometeu mais uma bondade, o zagueiro Marquinhos, também do murrinha, que já tinha ganho o seu cartão amarelo, agarrou Wagner Love pela camisa, fê-lo girar umas três vezes, até o jogador cair ao chão, onde ficou com os braços estendidos reclamando do árbitro, que deixou seguir o lance.
Então o zagueiro Marquinhos saiu com a bola e iniciou o contra-ataque que resultou no gol de honra do seu time.
A falta foi claríssima, mas o árbitro preferiu não apitar, porque teria que expulsar o zagueiro. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Alô, Dotô!... - Roberto Costa
GOSTEI DA NOVA FOTO. - RC.
RC,
Confio na tua análise!
Na hora do confronto do jogo, estava "muito ocupado", sem ter como assistir ao que aconteceu no Itaquerão...
RC,
O sol ajudou a iluminar tua beleza...
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