GILSON KLEINA SE PERDEU, by Roberto Costa

Tudo bem que a gente faz o comentário depois do jogo acontecido, a contrário do treinador que tem de concebê-lo por antecipação, mas Gilson Kleina se perdeu e perdeu o jogo. E por que Gilson KJleina perdeu o jogo? Por partes. Primeiramente, porque inexplicavelmente encarou  o Joinville como se fosse o Barcelona. Um posicionamento acovardado em campo, temendo um time na lanterna e em crise. Chamou o Joinville pra jogar assediando sua área. Não foi por conta do esquema 3.5.2, como querem entender alguns, mas pelo posicionamento recuado do time. A área adversária estava sempre longe para o Avaí. Tinha de soltar o time, como fez no segundo tempo contra o Cruzeiro.

Tudo bem que contasse com o aspecto de que o JEC iria sair pro jogo, e poderia chegar no contra-ataque, mas parece que não deixa o meio subir, acompanhar o ataque, como vemos acontecer com outros times. Se Tauã chegava à intermediária tinha que brigar contra dois, três marcadores e apenas André Lima marcado, para tocar a bola. E se o contra-ataque era realmente o seu objetivo, Roberto era o homem pra sair jogando, e não para entrar com placar adverso.

Gilson Kleina perdeu o jogo, também, porque ainda não quis admitir que Vagner não é um bom goleiro. O fato de ter sido campeão paulista tem rendido muito para esse jogador, que vem falhando em praticamente todos os jogos. Vagner teme o contato físico, teme contundir-se. No primeiro gol do JEC tinha que cair e abafar a bola, mas preferiu espalmá-la, e deu no que deu. Reparem no tape, no segundo gol, onde pula atrasado. No momento em que a zaga disputa a bola com o atacante do JEC Vagner dá um estranho pulinho para cima, e só poderia acionar o impulso de seu corpo em direção à bola quando seus pés voltassem ao chão, esse lapso de tempo fez que não chegasse na bola para espalmá-la. Por que a torcida toda já percebeu as sérias limitações de Vagner e Kleina ainda não?

É evidente também que Gilson Kleina poderia ter melhor sorte se o jogo tivesse sido apitado corretamente e não da forma que foi. Disseram as Vestais da RBS que o primeiro pênalti sobre André Lima não se caracterizou. Empurrão com as duas mãos sobre um jogador que se projeta em direção à bola em velocidade. Quer dizer, o atacante é desequilibrado, mas deve ser forte neste momento, firmar o corpo, reequilibrar-se, desistir da bola, e aplaudir o árbitro. Sem ironia, claro. Bom, para isso, para induzir em erro são alimentados com finos quitutes aqueles jornalistas. Cantei a bola em texto anterior, o Joinville precisa ser paparicado para engolir a maldade que devem estar preparando contra ele, isso explica mais essa escolha do árbitro.

Revisem os últimos jogos, fomos roubados em todos, parece que as defesas todas, de todos os adversários estão orientados: olha, contra o Avaí podem fazer o que quiserem dentro da área, empurrar, chutar, agarrar, morder que temos ordens para não apitar pênalti. Fazem com a maior tranquilidade, lances tão evidentes que são capazes de envergonhar qualquer Edilson da vida e os caras não têm vergonha de se verem filmados em tal situação. Os filhos desses abutres, a menos que as mães os tranquem nos quartos, devem ver pela TV o pai trabalhando dessa forma tão infeliz, sim porque um sujeito que se entrega a essa sujeira explícita e a cores, não pode ser feliz, não tem do que se orgulhar profissionalmente, não tem como descansar o pensamento no travesseiro. 

A possibilidade dessa tragédia ética foi anunciada durante a semana nas redes sociais, e ainda assim o Sr. Rodrigo D`Alonso foi reincidente, não quis fazer um trabalho meritório, recuperar sua imagem queimada, parece não ter grandes aspirações profissionais. 

Queixas contra nosso presidente foram muitas por não ter protestado contra a escalação do D`Alonso e por sua pusilanimidade ao longo de todo esse tempo de mandato. Curiosamente, no único momento em que de fato mostrou presença e foi rápido em sua decisão, foi na hora de dar resposta ao Fluminense, jogando fora uma bolada de setecentos mil, uma pequena fortuna para um time de porte do Avaí.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: assessoria de imprensa do JEC