JÁ FOI DEMAIS O QUE SE VIU EM 2013, by Roberto Costa

Se jogadores, por questões de atraso salarial, pretendem aliviar o pé nesta reta final e decisiva, em que o projeto de todo o ano pode ou não ter sucesso, acho que o Clube precisa desde já separar o joio do trigo. A lição foi dada ano retrasado, quando o corpo mole foi evidente e entregaram um acesso que estava na mão. Não vejo razões para que o Clube aceite passivamente mais um boicote desses. O empresário também tem sua cota de responsabilidade, são seu produto os atletas que assim se comportam.

O presidente do Clube tem de chegar-se ao grupo de jogadores e perguntar quem realmente se compromete e está disposto ao bom combate, mesmo tendo que receber mais tarde.

Temos jogadores jovens, temos jogadores não pertencentes a pacote de empresários. Temos Marrone, temos Tauã, temos Philipe Maia, temos Lovat, e todo um time de juniores, temos atletas que não estão sendo aproveitados pelo treinador e que gostariam de uma chance no time principal. Quantos seriam os que se negam, cinco? Seis? Só os do empresário? Pois que fiquem de fora, que nem viagem, para não darem despesa. Melhor um reserva disposto a ralar, que um titular marcando com os olhos. 

À diretoria compete uma atitude firme em relação a isso. Não se nega o direito dos atletas, mas se estão no Avaí é porque não têm o nível para jogar no Corinthians, no Atlético MG, no Santos, o Avaí e clubes outros do mesmo porte é sua realidade, devem considerar essa possibilidade no momento em que assinam com o Clube. Profissionais do Flamengo deram exemplo, não aliviaram, mesmo com atrasos salariais.

Com a palavra a diretoria, apurem quem é quem e não permitam que esses caras vão a Curitiba para fazerem palhaçada vestindo a camisa do Avaí, fazerem teatro dentro de campo, fazerem o torcedor sofrer com náuseas e úlceras. Já foi demais o que se viu em 2013. É preciso identificar, saber com quem não se pode contar na dificuldade, para nunca mais contratar. Antes perder com os juniores jogando com o coração na chuteira, que ver de novo a camisa enxovalhada por um grupo de frios mercenários. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC