sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

INFELICIDADE, by Diego R. Bairrão

Acompanhei o jogo do Leão pela telinha, mas pelo que pude observar a presença no estádio foi marcante, mesmo com a distância não tão curta, para um jogo em dia de semana. 

Antes do jogo tive o desprazer, assim como todas as vezes que ligo no Premiere ou na RZS, o destrato com a história do Avaí. A imprensa é um instrumento formador de opinião, mas com esses asnos, que me desculpem os asnos, acaba se tornando uma "imburrença". 

O narrador uma vergonha, além de não saber o nome dos jogadores, enfatizava a cada ataque da Chapecoense e teve a coragem, em determinado momento antes de iniciar a partida, de indicar ao Avaí que se recuasse e jogasse de forma defensiva. O comentarista, peladeiro e marrento, com sua estonteante voz, a todo momento menosprezava as investidas do Avaí, e confundia posse de bola com domínio de jogo. 

Enfim tirando as contusões de última hora, acredito que o Avaí fez uma boa partida (em certos momentos perdi os cabelos, os poucos que me restam, com tamanha imprudência). Vou me resumir a alguns jogadores:

Vitor Costa - Não defende nem ataca. Por que ainda está jogando?

Renato - Uma jogada de Pelé e 20 de Macalé. Improvisa um volante, estamos com muitos.

Caio César - Controla muito bem a bola, dribla, é rápido e deu uma canseira em ambos os lados da Chape. Mas as vezes, não sei se é culpa do Cabral, joga recuado e lá atrás nada vai produzir, quando se avançou abriu grandes espaços na defesa, inclusive o gol. Sim o amarelo que ele tomou foi molecagem.

Braga e Renato Jr - Who ? Muito perdidos, mas acho que com mais tempo de jogo e contra adversários menores eles possam desenvolver um bom futebol.

Rômulo - Nossa melhor opção no ataque e o rapaz tem qualidade. Falta a bola chegar mais vezes. Com continuidade e confiança vai agregar muito. Só não coloquem ele para jogar toda hora de costas, ele não rende o que se vê quando ele faz o segundo atacante, tipo um ponta de lança. E aquela Caloi que ele acertou ?

Wilker - Menino ainda, não sei o que faz no treino, mas ganhou duas ou três bolas no alto e deu dois chutes. Talvez se a bola chegasse mais poderia desempenhar melhor. Mas iria de Tauã desde o início, o Avaí precisava de um pouco de bagagem.

Tauã - Entrou "marromenos" mas não comprometeu. Queria vê-lo com mais tempo em campo.

Rafinha - Entrou no sacrifício. O Avaí sentiu sua falta, pois era visível a falta de saída de bola que ele dá ao sistema.

Lucas de Sá - Me lembra o Medina sem velocidade e com boa batida na bola. Melhorou a saída de bola do Avaí, mas acho que a praia dele é mais do meio pra frente, fazendo um quarto homem, tipo o Maicon, que hoje está no Grêmio. Errou alguns lançamentos bobos, mas tentou fazer algo diferente. Mostra personalidade. Ah! Ele é o que melhor bate escanteio no Avaí. Fazia tempo que não tínhamos um cara assim. Falta tempo em campo pra ele.

E...

Ah! Pensou que eu esqueceria Diego Jardel ?

Não, não. Para ele me faltam palavras. No primeiro tempo movimentou bem e puxou boas jogadas. Deu um contra ataque no primeiro tempo mas não comprometeu. Segundo tempo muito apagado, salvo dois lançamentos em suspensão, um deles o que resultou a oportunidade para o renato lançar Rômulo e este tentar a bicicleta. Ele nunca teve grande sequencia no Avaí, mas não dá para por toda culpa nele. Ele fez uma partida abaixo, como todo o time. Ainda acredito no time do Avaí com ele, Lucas de Sá, Rafinha e Judson no meio. Quiçá Renanzinho! Aí sim ! Caio César colocaria no ataque com Rômulo.

Mas explico o título: A chape tem conjunto, talvez o único que manteve boa base do ano passado, mas nos momentos em que o Avaí tentou ser feliz conseguiu ótimas oportunidades. E não por falha do adversário, méritos do Avaí. Em certos momentos do jogo a bola estava queimando no pé dos jogadores. Não só por conta da juventude mas também pela falta de entrosamento. Cabral tem suas culpas nisso. Além de fazer o Diego Jardel quase um segundo atacante, demora demais para mexer no time. Esperou tomar o segundo para colocar o Lucas. E esta é uma tônica dele, espera que a conversa do intervalo surta efeito. As vezes sim, mas quando você que as peças estão bem, não com a uruca que estavam os jogadores.

Não acredito que o campeonato esteja perdido. Mas é difícil ajustar o time em tão pouco tempo. É necessário abdicar de algumas coisas, mas acho que a sorte está lançada e o Avaí deve encarar cada jogo como uma final. Botar sangue nos olhos dos jogadores e o Avaí ser um pouco kamikaze. O Avaí às vezes é muito burocrático, não bota o pé, não chega firme. Me lembro do Marcos Winicius, era só alguém ciscar para cima dele e ele, "com muito respeito", desarmava o adversário.


O Avaí precisa ser mais feliz. O Avaí precisa não ter medo de fazer gol, não ter medo de aproximar e tabelar. Por quê? Não foi isso o que fez contra o Metro ?

Vai pra cima deles Leão !

Diego Ricardo.

* Diego Ricardo Bairrão é associado do Avaí FC

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