M10 em dois tempos, by Silvio Santos

I

Marquinhos Santos, independente de sua nova vinda ou não, já está cravado na pedra de roseta da história do AVAÍ FC. Não apenas como um grande craque com passagens por grandes clubes do país como São Paulo, Flamengo, campeão da Copa do Brasil no timaço do Santos de Ganso e Neymar e da Europa.

Mas, além de craque como Boos, Cavalazzi, Saul, Zenon (que vestiu a amarelinha na sua passagem pelo Corinthians)), Adilson Heleno (que vestiu o pano de chão do estreito), Marquinhos é o verdadeiro ídolo. Foi o comandande de altas conquistas como o acesso e a melhor passagem do Melhor Time da Historia de SC na série A.

O galego fala muito e isto é sempre usado de forma negativa pela imprensa SUJA de Florianópolis. Basta comparar a diferença da manchete dada a uma declaração do avaiano e um pum dado pelo chinelinho mor, ídolo das barbies e que, apesar da imensa proteção do grupo gaúcho, sua fama nunca ultrapassou os muros do pulgueiro do Estreito.

Pelo perigo que representa no fortalecimento do AVAÍ, Marquinhos sempre foi perseguido pelos marrons que usam microfone, sempre colocando vírgulas nas suas conquistas. Claro que muitos avaianos podem discordar de minha opinião, mas deixo aqui a famosa pergunta do Miele: Se não ele, quem? VOLTA MARQUINHOS!

II

Muito já se falou sobre a última passagem do craque no clube ano passado, e como nada foi tratado muito às claras (triste sina desta diretoria), vamos a alguns fatos inegáveis: Marquinhos depois de 2009 deixou o AVAÍ como um Deus (merecidamente por ser o principal jogador e líder de dois anos seguidos de conquistas fantásticas).

Em 2010 foi campeao estadual e nacional pelo Santos e ao final do ano flagrado chorando copiosamente por seu time do coração nos camarotes da Ressacada (volto a perguntar: se não ele, quem?). Voltou triunfante de helicoptero, mas estava fora de forma. Ainda assim levou o time a uma inédita semifinal da Copa do Brasil com reais chances de chegar a uma final histórica.

Entretando, já naquele momento o Santos o usava como moeda de troca por Borges. Novamente a diretoria não segurou o craque (de fato, nunca segurou ninguém). A torcida, chateada com a eliminação, com a perda do craque e com uma displicente apresentacao contra o Galo no início do Brasileiro já com o jogador negociado com o Grêmio, frustrou-se. E parte dela (pequena é verdade) vaiou seu ídolo ao final do jogo, fato explorado pelos abutres da mídia, cujo veneno e a felicidade eram perceptíveis pelo enfraquecimento do clube .

Seguiu-se um jogo de cena desnecessário de todos os lados (diretoria e jogador) para fazer do isolado episódio fator para a saída do atleta. Ora senhores, ninguém foi inocente nesta negociação. Todo mundo ganhou, menos quem senta na arquibanca. Inclusive explorado por alguns que gostam de jogar sobre a torcida certas responsabilidades para esconder as cacas da diretoria.

Torcida é torcida, vai aplaudir quando ver entrega e vaiar quando ver displicência, seja Messi, Ronaldinho Gaúcho ou Marquinhos. Torço Muito para que a diretoria acerte sua volta. Marquinhos nao é infalível;  é humano como nós, é guerreiro como nós, é mané como nós, e avaiano como nós! Traduz mais do que a volta de um craque eterno, traduz a volta da esperança. Se não ele, quem? Volta Marquinhos!