Avaí: bons negócio para os outros

Quando o Avaí viajou para sua pré-temporada em Bento Gonçalves, imaginei que o treinador Mauro Ovelha montaria a equipe do Avaí com Cleverson e mais 10. Todavia, o meia atacante se contundiu por lá e na estreia, contra a Chapecoense, mostrou que estava fora de sintonia.

O tempo passou, Cleverson foi se recuperando nos treinamentos, até que contra o Marcílio Dias, entrou no segundo tempo e arrasou com o jogo. Foram os únicos bons 30 minutos jogados por ele. Depois desapareceu com novas "lesões", muita noite e problemas pessoais, além do nascimento de sua filha. Nunca mais voltou a se integrar ao elenco avaiano, ao ponto e jamais ter sido relacionado pelo treinador Hemerson Maria nos últimos oito jogos do Catarinense.

Na calada da noite, enquanto o time comemorava o título do campeonato doméstico, Cleverson juntou seus paninhos e foi tentar brilhar no Náutico.

Esta semana, houve a transferência do lateral direito Rodinei para o Corinthians, jogador que havia sido emprestado ao Marcílio Dias para a disputa do Catarinense.

Ontem foi a vez da confirmação da saída de Robinho, um dos maiores salários do clube, para o Coritiba, mesmo destino que tiveram Emerson, Davi, Léo Gago, Eltinho, Leonardo, Júnior Urso e Lincoln.

A saída de Cleverson foi ao natural, já que o jogador deu demonstrações inequívocas de que não queria continuar na Ressacada, apesar da bajulação em torno de sua renovação de contrato. Sobre Rodinei, nunca atuou pela equipe principal, mas é uma promessa vinda da base, que poderá render bons frutos ao Avaí. Porém, Robinho, apesar de muito contestado pela torcida do Leão, sempre foi titular no time de Mauro Ovelha bem como na equipe formada por Hemerson Maria.

Pelo visto, além de conquistar a liderança da Série B, ainda que temporária, o Avaí continua sendo uma das equipes que mais negocia no futebol brasileiro, ainda que tais negócios não rendam muito ao cofre do clube...

Haja cláusula de confidencialidade!