ZUNINO, by Roberto Costa

Já me empolguei com Zunino. Mas quem não se empolgou? Quem não se empolgou com esse presidente, sob cujo comando o Clube montou um belo time, competitivo, que chegou a um honroso sexto lugar no Campeonato Brasileiro da primeira divisão? Quem não se empolgou ao ver a Ressacada elevada em padrão de beleza e capacidade sem precedentes, desagradando apenas a um falastrão possuidor de um cérebro minúsculo, negativista e interesseiro?

Sinceramente, no ano da conquista do sexto lugar eu acreditei que o Avaí atingira a estatura dos grandes clubes brasileiros. Não cogitei mais sequer de retornar a uma qualificação de médio, o Avaí era grande. A contrário de alguns clubes de nomeada do Rio de Janeiro, o Avaí competia com eles ombro a ombro e possuía patrimônio, um belo estádio. Imaginei estar diante de um ano historicamente significativo, um ano de redirecionamento para a grandeza dos grandes, dimensão dos dois do Rio Grande do Sul.

Na vida, o melhor aprendizado é o que vem da prática, e Zunino, por certo, não iria desandar da experiência adquirida. A coisa esperada era a de que mantivesse a espinha dorsal daquele grupo vencedor, melhor, que o melhorasse com algumas contratações, para manter o padrão e até sobrepujá-lo. Mas não foi o que se viu, Zunino realmente desandou, ficou menos torcedor, alijou de seus atos a paixão, e a Ressacada de repente virou um mosqueiro, a atordoar a torcida com o zumbido de alguns milhares de moscas. E Zunino, cantado em prosa e verso, de repente perdeu o seu lugar no lado esquerdo do peito do torcedor.

Vamos encarar 2013 e o presidente em vias de se despedir. Esperemos que pretenda sair com astral elevado, com o nome em alta, que faça o possível para fechar o ano da despedida de bem com a torcida e com conquistas esportivas, e para isso terá que rememorar e repetir o zelo e os fundamentos do que deu certo num passado ainda próximo. 

* Roberto Costa é associado do Avaí Futebol Clube