O pouco que não satisfaz, by Alexandre C. Aguiar
Eu estava lendo nos sites da mídia tradicional as declarações de jogadores do Avaí sobre o resultado do último jogo. Na média, admitem que fizeram uma boa partida e que o empate “até que não foi um mal resultado”. Eu discordo. Se tem uma competição onde se deve buscar as vitórias até o limite é na Série B. Comemorar empate na atual circunstância é para os fracos.
Série B é faca nos dentes e sangue nos olhos, para ser bem bonzinho. Se um time é montado “no que se pode fazer”, é uma coisa, está ali apenas por participar, pois não almeja mais nada. Contemporiza-se. Mas quando se investe e se dá o que a torcida quer, ele deve render. Não dá para haver complacência, não dá para se conformar com migalhas.
Na literatura que eu li e na História que conhecemos só o rei é lembrado, nunca o soldado. Alguém sabe o que fez o primeiro infante das tropas do cartaginês Anibal Barca, quando ele quase invadiu Roma? Quem conhece a forma de montar do cavaleiro que corria à esquerda de Napoleão? Ninguém sabe, pois não são protagonistas. Participaram, mas não decidiram. O time atual do Avaí, que ainda nem é time, apenas participa, faz número, é coadjuvante.
Eu sou uma das pessoas que mais cobra paciência para o Avaí. Sou seu defensor intransigente. Já me incomodei com uma porção de pessoas justamente por manter esta postura, de defender os eventos e episódios do Avaí acima de qualquer coisa. Mas tem hora que cansa.
Esse grupo de jogadores atuais do Avaí tem potencial, tem experiência e a tão propalada qualidade. Mas está mais do que na hora de pôr o que está escrito no papel em campo.
O leão, o bicho, está no topo da cadeia alimentar. O time que o usa como mascote, não. Ele se contenta com as sobras. Não, isso é muito pouco, isso já não nos satisfaz.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí Futebol Clube, proprietário do blog Força Azurra e um dos colaboradores do portal Todo Esporte SC
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