quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Dirigentes de grandes clubes já se articulam. Sonham em diminuir o número de rebaixados no Brasileiro. De quatro para apenas dois. A Globo é contra. Problema enorme para Marin e Marco Polo resolver… by Cosme Rímoli

Vanderlei Luxemburgo deixou escapar.
Em mais um péssimo trabalho, desta vez no Fluminense, desabafou.
Acredita ser um exagero caírem quatro equipes no Brasileiro.
São 20% dos 20 times que disputam a Série A.
E ele não está sozinho.
Muito pelo contrário.
Nasce um movimento casuístico entre os dirigentes do País.
A vontade é de diminuir o número de rebaixados.
Este Brasileiro está sendo emblemático.
Vários e vários clubes estiveram e estão na zona da degola.
E dirigentes tiveram problemas sérios com torcedores.
Tiveram de trocar treinadores, contratar, gastar a mais.
Acreditam que se caíssem apenas dois tudo seria mais sossegado.
E trocam telefonemas para se unir e exigir mudanças da CBF.
Não para 2014.
Seriam necessárias muitas articulações.
Aprovação do Conselho Nacional dos Esportes na alteração das regras.
E, mais difícil, anuência da Globo.
Mas é possível tentar mudar o Brasileiro para 2015.
São Paulo, Corinthians, Inter, Fluminense, Vasco, Coritiba...
Estão ou estiveram ameaçados de rebaixamento neste campeonato.
O Palmeiras caiu pela segunda vez em dez anos.
Atlético Mineiro, Grêmio, Atlético Paraense, Corinthians...
Vasco, Botafogo, Fluminense e outros já caíram.
E sabem o quanto foi traumático para o clube.
Equipes tradicionais já começam com a se articular.
Dirigentes querem se aproveitar da eleição da CBF.
A candidatura de Marco Polo del Nero será anunciada no dia 25.
Em uma festa no caríssimo hotel Unique.
Foram convidados 27 presidentes das Federações do Brasil.
E mais 20 presidentes de clubes da Série A.
Neste encontro, há a possibilidade do pedido de mudança.
Mais radicais falam em descer apenas dois times.
Outros aceitariam três.
Ainda outros lembram de privilégios aos que foram campeões brasileiros.
E imitar a Argentina.
Somar e dividir os pontos das últimas três temporadas.
E só então rebaixar os piores.
O que favoreceria os clubes que jogam mal apenas um campeonato.
Como no caso do Fluminense, campeão em 2012 e perto do rebaixamento agora.
Marco Polo e Marin já estão ouvindo esses comentários há tempos.
Mas de forma individualizada.
Os dirigentes buscam em sigilo se unir e aproveitar a festa do dia 25.
E unidos exigir uma mudança nas regras do rebaixamento.
A situação é complicada.
Porque se Marin e Marco Polo não cederem podem perder apoio, votos.
E clubes desertarem para o candidato da oposição, Andrés Sanchez.
O ex-presidente corintiano tem arma secreta.
A proposta de formação de uma liga de clubes, independente da CBF.
Aí sim, organizariam o Brasileiro como desejassem.
Em compensação,se Marin e Marco Polo cederem há as outras divisões.
Apenas dois clubes da Série B, C e D subiriam.
Cortar pela metade o acesso seria caótico, desmotivante.
Caso isso se confirme pode haver um motim dos pequenos.
Além disso há o interesse da Globo.
A emissora viu a Band desistir da Série B de 2014.
Não há a perspectiva de um clube grande paulista ser rebaixado.
Para o principal mercado do país não há interesse.
Nem em Náutico, Ponte Preta, Criciúma, Vasco, Flu, Bahia, Portuguesa...
Nem mesmo a Globo vai mostrar para São Paulo jogos da Segunda Divisão em 2014.
Se o rebaixamento passar a dois clubes, será o caos comercial todos os anos.
A possibilidade de um grande cair diminuirá demais.
Clubes desinteressantes economicamente rebaixados serão uma constante.
Por isso para a Globo está ótimo a queda de quatro equipes.
Pelo interesse do torneio.
Como este ano, quando o Cruzeiro pode ser campeão domingo.
Com cinco rodadas de antecedência.
Se, por exemplo, Náutico e Criciúma já estivessem rebaixados...
E os quatro da Libertadores definidos, seria um vexame.
Cinco rodadas para nada.
Marin e Marco Polo estão amarrados.
Premiarem a incompetência e diminuir o número de rebaixados.
Ou manter quatro, agradar a Globo, e correr o risco de deserções.
Até da formação de uma liga independente.
A milionária festa no Unique do dia 25 não será tão animada.
Pode ser muito mais problemática do que os organizadores supunham.
Graças à vontade casuística de péssimos dirigentes.
Incapazes de formar times não para ser campeões.
Mas sem sequer potencial para fugir da ameaça de rebaixamento.
futebol brasileiro insiste em tentar andar para trás.
Marin e Marco Polo não irão se divertir no dia 25 como esperavam...
* Cosme Rímoli é jornalista, colunista do R7 e comentarista da Record

6 Comentários:

Anônimo disse...

SE SUBIRMOS ESSE ANO , NÃO SEREI CONTRA .RISOS
SERGIO BAYESTORFF

Anônimo disse...

O problema será, ainda, maior, se depois tivermos times considerados grandes entre os dois a serem rebaixados. Provavelmente serão eliminados os "subidores" e os "descedores".
Aí tudo fica uma maravilha e o nosso futebol dará mais um largo passo para trás, porque não será necessário fazer times pra serem campeões, bastará ficar, sossegadamente entre os vinte, porque o dinheirinho estará, sempre, no caixa.
Quer dizer, não há problema no fato de continuar incompetente.
Em contrapartida, os times que não estiverem entre os vinte estarão sem qualquer motivação, além de disputas caseiras e, condenados à mesmice e impossibilidade de crescimento.
Essa discriminação já é feita hoje, pela diferença de cotas disponibilizadas entre os times nacionais, que é um absurdo a criar disparidades enormes.
Em países onde se preza pela efetivação de bons campeonatos, com mais equilíbrio, garantindo bons espetáculos para quem paga a entrada, ou é sócio de clubes, já existem leis e normas que impedem esta disparidade.
O problema é que pra que isso aconteça tem que haver seriedade, honestidade, respeito pelo torcedor, pelo jogador e etc..
Aqui, infelizmente, não temos sequer o etc..
Bighal.

Unknown disse...

Nao sei oq pensar André, sobre diminuir de 04 para 02 o numero de rebaixados......só puramor di Deus, nao deixem o Fluminense cair, senao os gambás sobem !! rsss

Marcelo Alves

Anônimo disse...

1- Não pode haver monopólio de transmissão de TV, como tem a Rede Globo, pois a distribuição IRREAL de cotas de TV realizada por ela, aumenta o abismo entre o clube dos 13 e TODOS os demais times do país.

2- Pontos corridos premia a competencia de uma campanha, nao o susto de um mata-mata.

3- Queda de 4 clubes a subida de 4 clubes (INDEPENDENTE DA CAMISA) mantem o desejo aceso de TODOS os clubes das 4 divisões do Brasil. Estamos falando de mais de 100 clubes. O BRASIL NAO È O CLUBE DOS 13, nem pode ficar refem de péssimos cartolas e da bandidagem das organizadas.(aqui caba sim politicas publicas que tipificam criminalmente dirigentes gatunos, e torcedores BANDIDOS, mas os parlamentares e o governo, por medo da Globo e dos votos das grandes torcidas do brasil, se borram de medo de meter o dedo na ferida).

Subida e descenso DEVEM ser meritórios.

Ou, os outros 80 clube deste país se unem, ou seremos dominados mais uma vez pelos podres poderes do futebol brasileiro.

Silvio;

Unknown disse...

O LUXEMBURGO TA DECADENTE, TEM MERDA NA CABEÇA...

Anônimo disse...

Luxemburgo já foi mais ou menos, e faz tempo!! Quero ver ganhar com time sem recursos financeiros. Para contratar o Luxemburgo hoje o cara tem que ser muito burro ou ........... Edu

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