HÁ MUITO MAIS QUE OS AVIÕES DE CARREIRA, by Roberto Costa

Deixa ver se eu entendo.

Marquinhos e Eduardo Costa são daqueles de quem se diz carregarem o DNA  avaiano, são torcedores, são apaixonados, suas vinculações com o Clube são também afetivas, devem ser daquelas que vêm da era dos bancos escolares do primeiro, ou segundo grau.

Tá bom. Então, esses dois, juntamente com Cleber Santana, também líder dentro do grupo e de bem com a torcida, tiveram algum entrevero com o treinador.

Então, nesse entrevero misterioso, nebuloso, hipotético, não definido, o leite em cima do fogão seguiu fervendo, a ponto de ir-se derramando, com tendência a perder-se total e irremediavelmente no período de seis jogos, e os três amantes do Clube se mantiveram inertes, sem atitude, sem tomarem providência alguma que salvasse o ano, o projeto? Que paixão é essa que eles nos fazem supor que têm? Em torno de qual importante interesse era o entrevero, que a paixão pelo Clube não se mostrou maior? Tornassem pública  a questão, ou a levassem em tempo ao conhecimento da direção, talvez salvassem o ano e estariam de bem com todos.

Esses três jogadores acima citados, pelo seu valor e pelo grau de liderança  e pela ligação afetiva que indubitavelmente possuíam, ficaram devendo em atitude, foram passivos ou coniventes com o que quer que tenha havido, e que custou muito caro ao Clube, e cujas consequências negativas serão sentidas ainda por muito tempo.

E como explicar a atitude grosseira do perna de pau Alex Lima, cavando a expulsão no clássico?

E a omissão de Hemerson Maria, do nome do Vice Presidente na relação que fez das pessoas a quem agradeceu, em sua despedida?

Há muito mais que os aviões de carreira, André.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC