PREDOMINAM PREOCUPAÇÕES, by Roberto Costa
Avaí e Marcílio foi nosso último jogo do Catarinense testemunhado ao vivo. Depois da farta vitória sobre o Naviraiense, o bem treinado e modesto Marcílio deixou-nos com um travo desagradável na língua e mantém nossas preocupações para o seguimento do ano.
No primeiro tempo a mobilidade do ataque marcilista envolveu seguidamente nossa defesa, com objetividade, onde as penetrações longe de serem gratuitas, mostravam senso de estratégia. Nossa cozinha bateu cabeça, e o resultado de dois a zero fez inteira justiça ao visitante.
Há insistências no Avaí que precisam ser repensadas, uma delas, a intenção de tabela curta à frente da área adversária, exatamente na região mais saturada de defensores. Inutilizamos quase todos os ataques no primeiro tempo por conta dessa opção. Felizmente mudaram na segunda etapa.
Outra insistência que pode ser revista é a bola parada do Marquinhos, seus escanteios fechados, quase sempre em cima do goleiro estão manjados pelos adversários. Alguma criatividade precisa ser ensaiada nas bolas paradas, inclusive com outros batedores.
De bom hoje, a presença vívida do garoto Wilker, ironicamente brilhando no dia em que seu homônimo famoso perdeu a vida. Nada se pode afirmar com segurança, mas, como se diz, a amostra foi interessante. Insinuante, Wilker procura jogo e sabe de cor e salteado a trivial mas importante lição de que pra fazer gols é importante chutar. Chutou e foi abençoado.
No entendimento da torcida, que se apurou dos comentários após o jogo, é que predominam preocupações, em especial sobre a defesa.
O árbitro Ronan não esteve numa tarde feliz. Mesmo considerando-se que os jogadores estavam imbuídos do jogo e não de aprontar, Ronan conseguiu complicar-se por sua conta em vários momentos. Talvez não se sinta ainda à vontade na Ressacada, reflexos de um jogo anterior em que perdeu-se emocionalmente. Parece que tinha propósito de levar o jogo até final sem aplicar cartões e com isso foi criando um clima nervoso. No primeiro gol do Avaí deixou de apitar falta num lance claro de mão na bola, diante da área do Marcílio, em favor do Leão. Os jogadores reclamaram, a torcida chiou, mas pra sorte do Ronan na sequência do lance, que mandou seguir, saiu o gol do Heber, que possibilitou o imediato alívio da pressão.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: Jamira Furlani
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