Ser ou não ser associado, eis a questão

Quando estava conversando com o "Embaixador do Avaí no Norte do Brasil", Bruno Carvalho, do blog Resistência Avaiana, fiquei intrigado com aquela observação de que a Chapecoense chegou aos 10.000 associados e o Avaí segue patinando em uma campanha para trazer seus associados de volta...

Sim, nós também já tivemos um número superior ao do Verdão d'Oeste, mas uma política de preços equivocada, incompatível com a realidade do torcedor, bem como com a do Leão, fez com que o maior patrimônio do clube acabasse por ser afastar lentamente...

Some-se a isso tudo, o rebaixamento da elite para novamente estarmos na Série B, e para dificultar ainda mais as coisas, aquela campanha vexatória a partir daquele fatídico 25 de outubro de 2013...

Não vai ser nada fácil buscarmos o torcedor avaiano outra vez. Curiosamente, ainda que muito mal divulgado, atualmente é mais interessante para o torcedor avaiano ser associado do clube do que naquela época das vacas gordas, na Série A do Campeonato Brasileiro. Quem costuma fazer compras no supermercado Bistek sabe muito bem do que estou falando...

Creio que já passou da hora de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, no melhor estilo do consagrado samba. É hora que todos nós precisamos do grito do torcedor, que dá aquele recado da arquibancada para os nosso craques, nossos ídolos, nosso time. Para voltarmos a ter uma Ressacada cada vez mais cheia, mais vibrante, como um conhecido caldeirão em outrora, é preciso que todos façam a sua parte, principalmente aqueles artistas da bola que ostentam nosso manto sagrado.

Sem vitórias dentro de campo, daquelas que nos enchem de orgulho pela luta, pela garra, pela raça, daquelas que nos transmitem confiança, não há mago do marketing que faça o torcedor jogar junto, quer nas arquibancadas, quer nas mensalidades de associados...
Foto: Arquivo/Avaí FC