domingo, 3 de agosto de 2014

DOIS CARROS DE LUXO, by Roberto Costa

Estou chegando à conclusão de que temos mesmo dois carros de luxo bem rodados em nosso meio campo, de luxo, se considerarmos um contexto de série B. Cada um desses carros têm a função de fazer a bola chegar a algum destino de forma singular, com cuidados, pronta para o desfrute de quem joga na linha de frente. No fundo, trata-se de um desperdício, são dois carros de alto consumo fazendo a mesma função. 

Acontece, que times que competem, precisam muito de carros de combate, talvez mais que carros de luxo, porque há a necessária função defensora, de contenção das investidas do adversário, de retomada da bola. Assim, é muito provável que o luxo da disponibilidade e emprego desses dois carros refinados ao mesmo tempo seja a razão do desequilíbrio de nosso meio-campo. Não são adequados ao choque, deixam o campo permeável à passagem da bola.

Talvez não seja à toa que bons resultados tenham sido obtidos em ocasiões em que um desses veículos luxuosos estava em conserto, tendo a função criativa da equipe sido entregue a apenas um deles, caso recente do bom resultado obtido em Joinville. A máquina rendeu bem, jogou azeitada, ganhou em velocidade e objetividade, o resultado apareceu.

Com mais contenção no meio nossa defesa poderá falhar menos, render mais, a bola chegará menos em nossa área. 

Quem sou eu para ser professor de bola? Quem sou eu para ditar coisas a Geninho? Mas às vezes a voz de alguma sabedoria encontra saída pelos mais surpreendentes meios.

Fomos garfados por um árbitro de meia-tigela. Interessante que um árbitro do Estado em que o clube tem sede não pode apitar seu jogo. Mas um árbitro do Ceará, clube inteiramente interessado no resultado do jogo Avaí versus Luverdense foi indicado, e visivelmente freiou a atuação do Avaí, time que vem de uma crescente na tabela. O Ceará, primeiro colocado no certame, penhorado agradece. E ninguém se tocou da malandrage. E nenhuma menção fará o Avaí a respeito da arbitragem? Correrá tudo como normal? É um dos males do nosso Leão, não urrar quando a ocasião requer.

Ainda acho que com a contratação de algumas peças pontuais e um reequilíbrio no meio-campo tudo se ajeita.


* Roberto Costa é associado do Avaí FC

2 Comentários:

Anônimo disse...

Essa diretoria não consegue administrar o interno, quando aparece um juiz (ruim ou mal intencionado) acho que dão graças!!
Norton

Anônimo disse...

Ocorre-me uma coisa. Tivemos no jogo contra a Luverdense um pênalti não apitado, aos 44 do segundo tempo. Quem cobraria aquele pênalti, caso o árbitro tivesse apitado? Cleber Santana? Será que converteria?
Acho que Geninho deveria buscar entre os jogadores alguém com mais vocação pra essas cobranças e que treine regularmente. - Roberto Costa

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