CABEÇA DURA E ARBITRAGEM, by Roberto Costa
Penso que detalhes cruéis de arbitragem e um pouco de cabeça dura de parte do treinador Claudinei foram responsáveis pelo retorno do Clube à segunda divisão.
Claudinei é ainda um treinador em formação e deve ter crescido, deve ter amealhado mais experiência nesta sua passagem no comando do Leão. Parece que sim, mas tardiamente colocou em prática as novas formas de encarar os adversários.
Só depois de vários resultados insatisfatórios nosso treinador rendeu-se à necessidade de mudar o sistema do seu jogo de retranca, de dar a bola ao adversário para vencê-lo no contra-ataque, mesmo em jogos contra equipes de médio porte. Claudinei respeitou até o Atlético Goianiense em plena Ressacada, e perdeu. Depois, com a chamada marcação alta, ou seja, exercida desde a saída de bola do adversário, conseguiu jogar de igual para igual com os grandes, Grêmio, Botafogo, Cruzeiro, Corinthians, Atlético Mineiro, Flamengo, Santos, donde se deduz que o time não era tão frágil quanto se pensava.
Especialmente se a postura de ontem fosse aplicada em todos os jogos, não tenho dúvidas de que o Leão teria garantido a permanência com algumas rodadas de antecedência.
Mas com toda a cabeça dura do Claudinei, o Leão poderia estar respirando livre leve e solto, o torcedor comemorando pelos bares a permanência, não tivéssemos sido vítimas uma vez mais da purulenta maldição do apito. Não caímos ontem, caímos em mais de uma oportunidade, por dois pontos. Caímos já na primeira rodada, quando um árbitro paranaense deixou de assinalar o pênalti mais caracterizado de todo o campeonato, tesoura sobre Júnior Dutra, contra esse mesmo Vitória, que nos tomou a vaga. Caímos contra o Botafogo, quando sofremos empate a 51 do segundo tempo, o tempo do jogo já esgotado. Caímos contra o Cruzeiro, com um pênalti inventado e um gol cuja bola foi ajeitada com a mão. Caímos contra o Flamengo, quando o árbitro voltou atrás em plena Ressacada e cancelou o pênalti que íamos cobrar. Correu uma versão de que um radialista teria, sem ter a devida competência para tal ato, "auxiliado" o mediador em sua decisão. Não se sabe bem ao certo para que servem esses auxiliares de fora de linha.
Já pairam no ar opiniões contrárias e a favor da manutenção do Claudinei para o próximo ano. Como sabemos, o torcedor deixa-se levar com facilidade pela emoção ao tomar decisões. Parece-me justo avaliarmos o treinador em razão do seu desempenho na série B do ano passado, quando conseguimos, sob seu comando, o acesso com folgas, conquistando o vice campeonato. Sou favorável, mas contando que seja esse Claudinei de ontem, o corajoso.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC. Foto acima: reprodução da TV
2 Comentários:
Caímos também contra o Atlético Mineiro, quando Fred apoiou-se sobre o ombro do Alemão, impedindo-o de subir para o cabeceio, e fazendo o gol da vitória do time de Minas. Os jornais mostraram.
Não tenhamos dúvidas, fosse o Alemão que fizesse o gol para o Avaí nessas mesmas circunstâncias, com falta sobre o Fred, a arbitragem anularia o gol. - RC
Só eu vi impedimento no gol do Santos ontem? A televisão em nenhum momento fez a linha imagínária, mas eu vi ...
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