terça-feira, 5 de dezembro de 2017

CABEÇA DURA E ARBITRAGEM II, by Roberto Costa

Cada torcedor parece ter a sua versão para explicar o descenso. 

Há os que atribuem às arbitragens. Há os que, ao longo do campeonato, já vinham profetizando a queda com fundamento na política de saneamento financeiro do Clube e sua consequente falta de investimento na contratação de jogadores de maior qualidade. Esses recomendavam voltar-se as costas às dívidas e seus encargos, (sim, toda dívida em atraso gera encargos) e de forma imediatista tentar conquistar alguma coisa (o quê?) no renhido campeonato da série A.

Alguém já disse que se dinheiro fosse garantia no futebol, nenhum dos grandes cairia, e poucos deles podem se regozijar de não terem jogado a série B. Foi por falta de investimento que o Inter caiu? Foi por falta de grana que o São Paulo correu risco de cair?

Há um detalhe muito interessante que precisa ser levado em conta: Com nossa folha (dizem ser a menor do campeonato) e com esse time que dizemos ser fraco, conseguimos resultados positivos e inesperados exatamente contra os campeões de orçamento. Vencemos Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, empatamos com Corinthians, Atlético MG, Flamengo, Santos. Não vencemos duas vezes o Botafogo por causa de uma arbitragem parcial, o mesmo com relação ao Cruzeiro, lá em MG. Ora, pela teoria do investimento e, ou, endividamento como solução, tão a gosto do amigo Aguiar, deveríamos ter sido goleados por todos esses clubes. Quem sabe quantas folhas nossas cabem em cada um dos orçamentos deles?

Portanto, as razões da nossa queda resumem-se a duas causas, erros de arbitragem e dificuldades de nosso treinador em achar o time ideal e sua insistência num esquema de jogo que se tornou manjado e ineficaz. Critiquei por inúmeras vezes, ainda em tempo, esse mesmismo do Claudinei. Tivesse jogado em todos os jogos com a postura com que enfrentou os grandes, estaríamos há muito livres do rebaixamento. 

* Roberto Costa é associado do Avaí FC

10 Comentários:

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Olha, Roberto, com todo o respeito que você merece, e merece mesmo, mas falas merdas sem necessidade. Estás inventando uma bobagem sem sentido. Nunca disse que deveríamos nos endividar. Se tu lesses com olhos honestos as minhas postagens, não escreverias isto.
Queres ganhar aplausos para defender esta mediocridade, ótimo, beleza, tens direito a uma opinião. Agora, não coloques no papel coisas a teu bel trazer pra posar de bacana.
Comigo não, violão.

ManoelNilson disse...

Parabéns sr.Roberto Costa pela perfeita leitura. O sr. Entende.

Marcio disse...

Deixa ver se entendi:
Ano que vem teremos que formar um time melhor, com um orçamento menor pra poder subir novamente.
Certamente a dívida deverá aumentar...
Então em 2019, devolta à sêrie A, teremos a menor folha salarial, afinal, não poderemos novamente, aumentar a dívida...
Assim... teremos que torcer para que a arbitragem não nos prejudique.. e não sejamos rebaixados após inúmeros insucessos na Ressacada por falta de qualidade...
Tudo dando certo, teremos mais um ano de série A, em 2019, lutando pra chegar vivo na última rodada, e torcendo pela benevolência da arbitragem, em não prejudicar o sem ambição e menorzinho da competição!!!
Meu Deus! Me tirem os tubos...

Ivan Santos disse...

Sr. Roberto. Será que o propalado endividamento para reforçar o time não seria compensado com o aporte financeiro que seria auferido caso permanecesse na série A. Não entendo seu raciocínio. Economizamos, pagamos algumas dívidas (correto), porém, teremos uma redução drástica nas receitas por não termos sido ousados e investidos para permanecer na série A. Trocamos 6 por 1.

Roberto disse...

Pois é, Aguiar, não é bem assim como você diz.

Em 04 de abril, criticando um belo texto do Gustavo F. Niehues, "Responsabilidade financeira", aqui no Blog, onde ele defende a administração responsável, você, a contrário dele, defende literalmente a prática da aventura.

Você diz: "Bom, quem deseja um lugar ao sol tem que fazer aventuras."

E reforça mais à frente, de novo enfatizando a prática da aventura: "Tem que fazer aventuras, tem que desejar algo mais."

O nosso orçamento, em 2017, segundo o próprio Gustavo F. Niehues, foi de 46 milhões. Com uma aventura de mais 54, teríamos orçamento de 100 milhões, o mesmo do Coritiba, 100 milhões; ambos estarão na B em 2018. Sem lugar ao sol. - RC

Alexandre Carlos Aguiar disse...

Olha, Roberto, entenda como quiser, interprete à sua maneira. Por diversas vezes eu expliquei o que isto significa, mas estás sendo seletivo e descontextualizando.
Problema seu, não meu, não sou cabeça dura e nem irresponsável como afirmas.
Aliás, acho que o burro aqui sou eu, pois me prometi nunca mais entrar nessas discussões e volto feito uma anta, caindo nessa lenga-lenga. Eu já abandonei as redes sociais referentes ao Avaí, já abandonei o blog e estou deixando de ser sócio. Portanto, pra mim acabou essa história de Avaí e prometo não mais encher o saco. Não faço pacto de mediocridade.
É a última linha sobre isso.

Roberto disse...

Não Aguiar, o cabeça dura do meu texto refere-se ao Claudinei. - RC

Roberto disse...

Ivan Santos e Márcio, acho que a minha resposta ao Aguiar já responde em parte às dúvidas de vocês.

O Coritiba consumiu 100 milhões pra no fim ficar na série B, o que prova que maior orçamento não garante nada. Certamente vai ter sua crise aumentada. O Inter teve mais que 100 e caiu.

Em quanto o Avaí poderia aumentar o seu orçamento, em mais 40 milhões? E se com mais esse aporte de dívida, ainda assim caísse, como caiu? Como seria 2018? Com desembarque na série C? O Doladelá escapou disso, você sabe como.

Acho que o Avaí arriscou suas poucas fichas, e por detalhe não se manteve. Entre a cautela e a aventura, Batisttotti escolheu a cautela. Eu acho que acertou, mas não pretendo impor meu ponto de vista, concorda com ele quem quiser, não vou soltar meus cachorros contra ninguém. A discordância pode ser salutar.

Abraço a todos, inclusive Aguiar, e agradeço os comentários. - RC


Roberto disse...

Márcio, se a falta de qualidade fosse do tamanho que se apregoa, não teríamos os resultados expressivos que tivemos contra os grandes. Não se ganha do Grêmio, Campeão da Libertadores, na Arena deles, sem alguma qualidade.

É que Claudinei se perdeu, não enxergou o suficiente e algumas arbitragens fizeram o resto. A propósito, alguém aqui no Blog ressaltou o fato de a Chape não ter tido nenhuma queixa de arbitragem. Isto faz uma grande diferença. Pois é, a comoção do acidente deve ter mexido com o inconsciente coletivo dos árbitros e eles ficaram todos bonzinhos, inclusive o Héber, no Estadual, como sabemos. - RC

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