NÃO CAÍMOS ONTEM, by Fernando TS

Certamente não caímos pelo jogo de ontem. Se tivéssemos jogado como ontem durante todo o campeonato, estaríamos comemorando uma vaga em algum torneio internacional, e não amargando um rebaixamento. Aliás, rebaixados, uma vez mais. A nossa queda foi decretada nas quatro derrotas para os rebaixados Coritiba e Atlético-GO e, principalmente, no desempenho vexatório em nossos domínios.

Algumas observações:

- Esse ano aprendi que apenas raça não ganha nada. Não faltou vontade aos nossos atletas. Leandro Silva, Alemão, Capa, Jr. Dutra, Judson, Luan e Simião são exemplos de garra e força, mas faltou qualidade para a maioria deles. Digo isso porque sou um entusiasta do futebol de força em times que possuem orçamento baixo, que é o nosso caso.

- Outra coisa que destaco é que contratamos mal. Claudinei e Joceli fizeram opções ruins. É aquela história, eu sei que não tem dinheiro, todos nós sabemos, mas ainda assim temos que destacar que as contrações foram ruins e não surtiram efeitos. Quase todas foram insatisfatórias.

Finalizando, semana que vem boa parte dos que acompanham o blog do Tarnowsky vão à Ressacada para votar. Eu já me decidi faz tempo e votarei no Battistotti. O discurso da oposição não me agradou. De fato não creio que um executivo de futebol remunerado vá resolver alguma coisa. Outra coisa: o tal “abrir a caixa preta da base” também não encaro como a solução. Não é por nada, com ou sem empresário, não faltaram oportunidades para os garotos oriundos das categorias de base. Rômulo está há anos no time principal. Luanzinho, com todo o respeito às opiniões contrárias, não mostrou os recursos festejados por todos nós. Lourenço, Vitão (antigo Vítor), Maurício, Caio César etc., todos tiveram chances e não corresponderam. Como qualquer torcedor, eu gosto de ver os atletas da base em campo, mas os garotos precisam mostrar valor.

Em relação à chapa da situação, sou muito consciente em relação aos progressos financeiros da atual gestão (e por isso eu vou votar neles), mas aprendi também que “austeridade” apenas não ganha nada. Não sei como, mas precisamos de recursos e parcerias para formar um elenco decente e um clube que tenha vida longa na série A. O discurso do equilíbrio financeiro não vai perdurar por muito tempo. Precisamos de mais. 

Vida que segue.

Forte abraço aos avaianos e secadores!

Fernando TS

* Fernando Torquato Silveira é associado do Avaí FC