#entãoéassimquesemudaojogo? by Antônio C. Salles
by Antônio Carlos Salles
Cerca de três semanas depois de sair da Copa do Mundo na Rússia, despachado pela Bélgica de Roberto Martínez, Courtois, Lukaku, Hazard e De Bruyne, Tite e seus craques sumiram das TV’s e outras mídias onde eram figuras assíduas antes e durante a Copa.
O competente treinador viu na prática a velha máxima popularesca do “perdeu, partiu”, retórica confirmada, em especial, pelo Banco Itaú, empresa que pagou a Tite para usar sua imagem à exaustão, do celular às telas de cinema, com enorme predominância na televisão aberta.
O discurso pautado pelo treinador, exaltado pelo banco e amplificado onde houvesse um singelo jornal de bairro, foi o de Tite das eliminatórias, onde o time brasileiro foi absoluto em suas conquistas depois do desastre de mais uma passagem de Dunga pela seleção.
Na Copa, porém, o mesmo discurso não colou, hesitações foram evidentes e a confiança não se sustentou. Nelson Rodrigues riu da unanimidade.
Nas Eliminatórias faz-se ajustes. Na Copa, manda a atitude.
O banco, que colou sua imagem à de Tite, foi saindo de fininho assim que o jogo com a Bélgica acabou.
Mas o tom pregador e pastoral das mensagens ficaram que nem grude na rotulagem do Itaú.
Se o que a campanha publicitária queria era o “resgate da confiança na Seleção Brasileira”, como reverberado pelo copy&paste do mídia-kit nos principais meios, não foi dessa vez.
Talvez aconteça dentro de pouco menos de um ano, em 7 de Julho do ano que vem, quando será disputada a final da Copa América, aqui no Brasil.
Mas até lá, #queremossaber, irá o Itaú se arriscar novamente nessa comunicação de linha muito tênue?
Menos mal que a imprensa esportiva fez logo um robusto cordão de isolamento sobre o treinador exigindo sua manutenção à frente do time, certamente porque conhece as raposas que cuidam do futebol brasileiro e sabe como são afeitas à vilania de ocasião.
E Tite, #seráqueaprendeucomofuncionaessejogodacomunicacao?
*Antonio Carlos Salles é jornalista e executivo em São Paulo
Fonte: Blog do Juca Kfouri
Cerca de três semanas depois de sair da Copa do Mundo na Rússia, despachado pela Bélgica de Roberto Martínez, Courtois, Lukaku, Hazard e De Bruyne, Tite e seus craques sumiram das TV’s e outras mídias onde eram figuras assíduas antes e durante a Copa.
O competente treinador viu na prática a velha máxima popularesca do “perdeu, partiu”, retórica confirmada, em especial, pelo Banco Itaú, empresa que pagou a Tite para usar sua imagem à exaustão, do celular às telas de cinema, com enorme predominância na televisão aberta.
O discurso pautado pelo treinador, exaltado pelo banco e amplificado onde houvesse um singelo jornal de bairro, foi o de Tite das eliminatórias, onde o time brasileiro foi absoluto em suas conquistas depois do desastre de mais uma passagem de Dunga pela seleção.
Na Copa, porém, o mesmo discurso não colou, hesitações foram evidentes e a confiança não se sustentou. Nelson Rodrigues riu da unanimidade.
Nas Eliminatórias faz-se ajustes. Na Copa, manda a atitude.
O banco, que colou sua imagem à de Tite, foi saindo de fininho assim que o jogo com a Bélgica acabou.
Mas o tom pregador e pastoral das mensagens ficaram que nem grude na rotulagem do Itaú.
Se o que a campanha publicitária queria era o “resgate da confiança na Seleção Brasileira”, como reverberado pelo copy&paste do mídia-kit nos principais meios, não foi dessa vez.
Talvez aconteça dentro de pouco menos de um ano, em 7 de Julho do ano que vem, quando será disputada a final da Copa América, aqui no Brasil.
Mas até lá, #queremossaber, irá o Itaú se arriscar novamente nessa comunicação de linha muito tênue?
Menos mal que a imprensa esportiva fez logo um robusto cordão de isolamento sobre o treinador exigindo sua manutenção à frente do time, certamente porque conhece as raposas que cuidam do futebol brasileiro e sabe como são afeitas à vilania de ocasião.
E Tite, #seráqueaprendeucomofuncionaessejogodacomunicacao?
*Antonio Carlos Salles é jornalista e executivo em São Paulo
Fonte: Blog do Juca Kfouri
1 Comentário:
Não vejo nenhum demérito no posicionamento do Itaú neste aspecto, pois de fato houve um crescimento no apreço pela seleção brasileira desde 2014.
A mídia esportiva no geral é que costuma fazer observações deletérias em relação aos clubes, bem como à seleção brasileira.
A maior parte dos torcedores são manipuláveis pelos meios de comunicação e não conseguem enxergar além daquilo que o "jornalista esportivo" fala.
Creio que esses termos, "pregador e pastoral" fora difundidos como uma defesa prévia dos comentaristas, pois se ganha confirma-se como uma espécie de previsão, do contrário utiliza-se como um deboche.
A Alemanha muito embora tenha feito uma campanha pífia a imprensa alemã não se ocupou de esmagar o futebol alemão como um todo e reconheceu falhas nas condutas do treinador.
Bom, essa pegada publicitária deve continuar com menos ímpeto, até que o senhor Tite comece a surpreender novamente.
Como se diz, "não há essa de publicidade negativa", afinal tanto se comentou sobre a "decadência" de Neymar e o que eu apenas vejo é ele ganhando mais espaço para mostrar as marcas que ele representa, afinal a tendência é ele manter os bons resultados dentro de campo.
Esse aproveitamento da "mídia negativa" é passageira e essa imagem ruim do Neymar durará até o final de agosto e após dezembro o Tite volta a retomar o seu espaço no coração da imprensa.
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