GENINHO RESPEITOU DEMAIS O CORITIBA, by RC

Concedendo os devidos descontos pelo fato de eu estar comentando após o jogo e Geninho ter de tomar suas decisões antes e durante, mas acho que ele respeitou demais o Coritiba, o que ficou flagrante na escalação do operário Luan. Com isso Geninho tentou suprir a ausência de Judson, mas só conseguiu foi diminuir a qualidade da nossa saída de bola. Judson consegue destruir, desarmar, mas também distribui o jogo, vai à frente e até arrisca chutes. Luan, é pau de dar em doido, está sempre em risco de ser expulso e depois que tomou o cartão encolheu, passou a produzir menos ainda do pouco que vinha produzindo.

O Coritiba atravessa um período de crise, vem produzindo muito pouco, é carente de gols e com  Pedro Castro, por exemplo, teríamos a proteção necessária à zaga e maior produção criativa na saída para o ataque, coisa que nos fez falta, a bola não chegava ao homens de frente, que recuavam para buscar jogo.

Acertado ter iniciado o jogo com cautelas defensivas, mas, ainda na linha do excessivo respeito pelo adversário, penso que depois de quinze ou vinte minutos, deveria ter soltado o time, pressionado a defesa adversária, mostrado porque vem se mantendo no G4, o que só foi feito depois que tomou o gol, foi quando jogou bola e assustou a defensiva do Coxa.

O gol que decidiu o jogo é dessas coisas que adoram fazer contra o Avaí. Faraco trouxe a lume a regra pertinente ao auxiliar: Ele deve agitar a bandeira chamando a atenção do  árbitro em caso de irregularidade, mas se o gol é perfeito, deve correr em direção ao meio do campo. No jogo o auxiliar agitou a bandeira, mas parece que, vendo o árbitro assumir o lance apontando para o centro, correu, validando o gol. A impressão é de que amarelou, como se diz na gíria do futebol, diante da decisão do árbitro, apesar de ser a pessoa melhor posicionada para esclarecer todas as dúvidas.

O pior é que Kozlinski mostrou que realmente a saída do gol é seu ponto fraco. Depois de uma defesa digna de Copa do Mundo saiu do gol completamente equivocado e não achou nada. Debaixo dos paus, recolheria a bola com toda facilidade. 

Airton esteve bem e Betão jogou como sempre. Yuri não decepcionou e pela movimentação Jones Carioca  tem tudo para fazer a frente com Rodrigão. 

As rodadas estão nos ajudando e não estamos sabendo aproveitar. Chegamos ao limite da sorte e a gordura acabou. Precisamos vencer. 

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC