COPA SÃO PAULO, DESPEDIDA MELANCÓLICA, by RC

Evidente que não tivemos uma participação memorável, sequer honrosa, nesta Copa São Paulo de Juniores, de 2019.  

A equipe atual, a contrário da de 2018, não apresentou de forma nítida um sentido de equipe. Fora os 7 a 0 do jogo inaugural contra a Inter de Limeira, os resultados positivos obtidos, em especial aquele frente ao Juventus, não decorreram de uma supremacia técnica indiscutível sobre o adversário, foram jogos disputados palmo a palmo, onde o equilíbrio colocava a derrota também como resultado justo.

No jogo de ontem, não sei a razão da saída do atacante Jô. Cansaço? Lesão? Vinha de dois gols e, portanto, de moral elevada. Fez a falta desnecessária e boba do gol do Água Santa, mas acho que fez falta no segundo tempo.

O jogador Gustavo mostrou despreparo, o adversário estava sufocando nossa retaguarda e reagir a uma falta com agressão é cavar a expulsão, o que aconteceu, e o momento era crítico. As cabeças precisam ser trabalhadas, se os garotos querem ser craques, ter futuro na profissão, desenvolver auto-controle é importante. Se o Clube pretende obter bons resultados na formação desses jovens, não pode descurar desses detalhes.

Para realçar nossa melancólica despedida da Copinha, tivemos ainda o caso da substituição do goleiro, visando a decisão por pênaltis. Sempre se viu, em diversos jogos, os goleiros serem trocados após os quarenta minutos. A troca, não por contusão, visava certamente colocar o mais apto na especialidade pênalti. E o Claudio Vitor,  muito indeciso no gol do Água Santa, mostrou deficiência também nos pênaltis, chegou a tocar a bola em duas das cobranças, e mesmo assim não impediu os gols. Convém um olhar muito atento no quesito goleiros, do sub-vinte.

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC