MEDO DE PERDER CONTAMINOU O JOGO, by RC

Confesso que os últimos resultados obtidos pelo Marcílio, em especial a vitória sobre a Chape, fizeram-me esperar que tivesse uma atuação de vulto na noite de ontem, contra o time do Estreito. Não apenas isso, mas também que o jogo transcorresse repleto de lances de emoção, com jogadas de área de parte a parte. Mas tudo resultou insosso, sem sal, sem calor.

Ficou claro que o medo de perder contaminou o jogo, foi responsável pela sensaboria toda. 

No time do Estreito essa condição ficou mais visível. Antes de mais nada Hemersom Maria pretendia não perder, e por isso preferiu não arriscar. O Marcílio também temia perder, mas teve mais desprendimento, ousou um pouco mais, criou umas poucas chances de gol e se alguém merecia vencer esse alguém seria o Marcílio. 

Um gol que acontecesse, para qualquer lado,  poderia ter aquecido o jogo, no seu sentido de espetáculo.

Num dos lances mais emocionantes, quando uma bola arremessada pelo ataque do Marcílio chocou-se com o travessão barbie e sobrou dentro da pequena área para um jogador do Marcílio, pareceu-me ter visto ali um pênalti, o jogador é tocado por trás, sendo deslocado no ar no momento em que executava o arremate. O árbitro ignorou, a mídia preferiu não comentar.

Nota curiosa, jogadores barbies conversando com o árbitro no grande círculo, no retorno do intervalo, cobriam os lábios com a mão para evitar a leitura labial. Pediam cartões, para zerarem-se, e enfrentarem o Leão, ficou óbvio.

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto acima: Bruno Golembiewski / Marcílio Dias