SELEÇÃO, A RECEITA DE BOLO, by RC
Quem viu jogar Garrincha, Didi, Pelé, Tostão, Jairzinho, Rivelino, Romário, Zico, Ronaldo Fenômeno, e uns outros mais, que seria cansativo enumerar, não consegue, não pode se empolgar com os ditos "craques" de hoje.
Os verdadeiros craques resolviam as paradas. Se acontecia de o time como um todo não se desincumbir a contento em campo, alguém assumia a responsabilidade e numa jogada individual desequilibrava, fazia um gol, os demais se empolgavam, o adversário acusava o golpe, sucumbia e o jogo virava festa. Os atletas acima elencados sabiam como fazer, eram unanimidades, titulares, cativos da posição, donos de suas camisas.
Empatamos com o Panamá, o Panamá sem tradição de bola e podíamos ter perdido. Tiveram chances reais de ganhar. É claro que a seleção deles até que surpreendeu, apresentaram um esquema, não apanhavam da bola, boa troca de passes. Quanto a nós, insistimos os noventa minutos na receita de bolo, no esquema do treinador, quando o que se precisava era de alguém que driblasse dois ou três em sequência, que invadisse a área, rápido como o vento e desmoralizasse-lhes o sistema defensivo. Só Neymar hoje em dia parece capaz de cometer essa excentricidade, mas não estava em campo, estava na arquibancada, ausente de corpo e mente, aos gracejos com dois amigos.
Por que a insistência com jogadores que não deram certo no ataque da atual Seleção? Roberto Firmino já teve todas as chances e não aconteceu, que grande atuação teve com a camisa da Seleção? É o típico jogador de time, na Seleção encolhe. Gabriel de Jesus, esse até no clube já é reserva. Teve brilho nas primeiras convocações, aí contundiu-se e apagou. É preciso dar chances a outros. Dudu, do Palmeiras, parece-me que merecia uma convocação. Estariam obscuros interesses norteando as convocações? Quem pode dizer?
* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto acima: Lucas Figueiredo/CBF
Por volta de 42 minutos do segundo tempo de Brasil e Panamá, a câmera mostrou em close um sorriso gostoso, descontraído, do Gabriel de Jesus, certamente voltado para algum outro jogador brasileiro. Seleção? Ora, Seleção...
Isso jamais se veria em tempos idos, num jogo em que não se conseguisse dobrar uma equipe como a do Panamá, mesmo em amistoso.
Em tempos idos, todos os rostos mostrariam apreensão, e a tal vergonha na cara, de que tanto se fala.
Talvez falte preleção de parte do treinador, além de outras coisas mais. - RC
Realmente, só acho que foi exagero falar que os menos de 40 anos...
Tenho 35, e por baixo já faz uma década que não empolgo com "nossos malinhas" que tanto gostam de estarem na mídia, não pelo futebol jogado, mas para mostrar um carro de luxo, uma festa cheio de mulheres, uma roupa chamativa para o patrocínio... Duas supresas, tive agora nessa coluna
Primeiro: a seleção jogou por agora?
Segundo: empatamos com o Panamá ?
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