quarta-feira, 21 de agosto de 2019

RUMO CERTO, by Lugo

Penso que o Avaí, com o tamanho que tem, ou seja, representado pelos seus ativos e passivos (tamanho de torcida, patrimônio, poder de negociação, capacidade de gerar retorno de mídia, dívidas, capacidade de investimento, expectativa de retorno... e tudo o mais do mundo dos negócios) está no rumo certo.

Caminhamos a passos largos para um patamar superior, onde os tão propalados 3 dígitos não mais serão uma vitrine de doces.

Futebol não é uma atividade barata, deixou, há muito, de ser atividade de desocupados abnegados: não é lugar para incautos e as paixões tem que ficar na arquibancada.

Olhando para as vacas magras, com bom senso, vemos que o ano passado não foi tão bom assim, em termos de futebol. Foi um estadual sofrível e um acesso conseguido na superação.

Penso que dentro de campo, técnico e jogadores, se assim o quiserem; desejarem; buscarem; idealizarem; conseguirão, porque só eles tem o poder para isso, mudar o estado de coisas e afastar a nuvem negra que paira sobre todos, incluída a apaixonada torcida.

O sucesso passa pelo engajamento das lideranças, nesse momento entra o poder de liderar e de se tornar protagonista. Técnico ganha jogo, mas precisa da superação, da entrega, da inteligência e da capacidade das lideranças em fazer todos jogarem para o grupo, inclusive quem não viaja.

Liderança não só dentro de campo, mas no vestiário, na concentração, no planejamento da estratégia para o jogo. As lideranças dos jogadores tem que ter a capacidade de sentar junto com o técnico, na concentração e discutir estratégias, formação do time que vai jogar e todas as coisas preparativas para uma partida. Não pode deixar para saber a escalação no vestiário e o técnico tem que ter sabedoria para dividir a empreitada. De outra forma, técnico não ganha jogo.

Talvez para o Clube, pensando a médio prazo, seja uma boa coisa ser rebaixado esse ano. Talvez seja a oportunidade de voltar em 2021 com o futebol mais forte financeiramente, em uma melhor condição de caixa. É lógico que queremos a Série A, mas precisamos nos perguntar, vamos ser sempre a bola da vez para o rebaixamento ou vamos nos capacitar para sermos o objetivo a ser alcançado? Ou alvejamos seguir o caminho do vizinho?

* Luiz "Lugo" Cordeiro é associado do Avaí FC

3 Comentários:

Roberto disse...

É uma forma de ver, Lugo.
Mas essa crise dentro de campo se explica não em função de algum planejamento, de algo intencional, "vamos fazer meia boca este ano, pra arrebentar a boca do balão em 2021."
Não foi isso.
A crise se explica por amadorismo na contratação dos atletas. Tinha que ter havido um gasto mais inteligente do dinheiro disponível, mais preocupação com a qualidade e menos com a quantidade. O dinheiro de cada treis ou dois atletas, poderia trazer um só, que acrescentasse.
Resultado, temos um batalhão de come-dorme. - RC

Pablo Antony disse...

Concordo com o texto em grande parte!
Só acho que com um pouco mais de capricho e competência técnica poderíamos sim representar melhor nossas cores na série A.
Sou um amante do futebol e do nosso Avaí mas não conheço o meio do futebol para falar. Só acho estranho lamentarmos não ter dinheiro para formar uma equipe boa e em contrapartida contratamos 15, 20 perebas, que poderiam ser facilmente trocados por 3 ou 4 bons jogadores com uma salário mais alto e assim aproveitar os bons valores da base.

SDS Avaianas!

Jean Carlos disse...

Eu não concordo que essa seja a explicação, com todo respeito. Nem com todo treino do mundo o Lourenço vai aprender a chutar a gol. Nem com toda a preparação do mundo o Julinho vai aprender a passar a bola. Nem com toda a concentração do planeta o Douglas vai perder peso. O nível técnico do elenco hoje é ridículo. Sinceramente tenho medo que façamos como o Joinville, que quando foi rebaixado da série A, emendou outros rebaixamentos em sequência.
Os balanços financeiros de outros anos mostram que o Avaí tinha certa folga no orçamento, basta ver o lucro operacional obtido.
O que quero dizer é que se o Avaí lucrou 5 milhões no ano, ele poderia ter gasto 3 milhões a mais, montado um time melhor tecnicamente e ainda assim ter lucrado 2 milhões.
E uma campanha horrível como essas não machuca apenas o torcedor. Mancha a imagem de um time, dificultando inclusive na obtenção de patrocinadores. Que empresa quer atrelar sua imagem a um clube que é chacota na série A.
Espero que com esse rebaixamento a diretoria aprenda a investir melhor suas receitas, comece desde o início do ano a montagem de um elenco equilibrado e com alguns jogadores que possam ser utilizados na série A de 2021, assim como foi em 2008. Saímos da série B com jogadores como Marquinhos, Wiliam, Emerson e Evando que jogaram a série B mas que tinham nível para disputar a série A.

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