quinta-feira, 14 de maio de 2020

Mãe de atleta de futebol nunca assistiu aos jogos da filha

Domingo passado foi o Dia das Mães. Em milhões de casas pelo Brasil, abraços e carinhos foram dados àquelas pessoas que nos deram a vida e nos ensinaram a viver. É a data especial das mães com muitos filhos, das mães solteiras, das mães donas de casa, das mães empresárias e, entre tantas personagens, das mães de atletas. Algumas, neste último caso, vão celebrar a data à distância. Entre tantas histórias, fomos conhecer a história da atleta do Avaí Kindermann, Tauane Sousa.

Quando Tauane completou dez anos, a mãe dela, Rosiane, teve um AVC, na época, ela estava com 36 anos. Ela ficou acamada, perdeu a visão, a memória e os movimentos do lado esquerdo do corpo. “Naquela época o meu sonho de ser jogadora de futebol estava só começando e precisou ser interrompido por um tempo. Adaptamos a casa da minha avó no começo, colocamos a cama na sala pra sempre ter alguém com ela”, disse Tauane.

Assim como toda a atleta, Tauane precisou sair cedo de casa em busca do sonho de ser jogadora profissional. Depois de idas e vindas, já está completando quatro anos em Caçador, vestindo as cores do Avaí Kindermann. Em 13 anos que ela dedica a vida ao futebol, a sua mãe nunca lhe assistiu em campo. “Lembro que chegava da escola sentava ao lado da cama dela e ela jurava ter 3 anos de idade. algumas cenas passam por minha cabeça com uma certa frequência, mas não por tristeza e sim para dar mais valor aos dias de hoje. Tudo foi um processo, tanto para ela quanto para nós. Eu sinto muito mais quando minha mãe está no estádio, torcendo e vibrando por mim”.

Apesar de não enxergar, dona Rosiane acompanha a carreira da filha pelo lugar mais lindo e sincero: o coração. “Eu não a vejo, mas a sinto o tempo inteiro com o coração. Quando o jogo é em São Paulo em quase nem consigo dormir na noite anterior. Fico muito anima. Todo mundo vai narrando o que está acontecendo no jogo pra mim”, disse a mãe.

Tauane acredita no milagre divino que foi aprender a grande lição que sua mãe lhe ensinou. Ela destaca que amor entre mãe e filha é sem barreiras. “Acredito muito que cada ser humano tem suas dores e suas histórias. Essa é a minha e Deus me deu a mãe mais incrível e forte desse mundo! Não ficamos um dia sequer sem nos falar. Para o amor não existe barreiras”, finaliza.

Fonte/Foto:
Andrielli Zambonin - Jornalista

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